XI Festival Nossa Arte em Guanambi

Tem início o XI Festival Nossa Arte, promovido pela Federação das Apaes do Estado da Bahia (Feapaes-BA) em parceria com a Apae de Guanambi, nesta …


Mostra de cinema DiversÁfricas na Walter da Silveira


Filme “Avó Dezanove e o Segredo do Soviético”. Foto reproduzida do www.grafoaudiovisual.com

A Sala de Cinema Walter da Silveira, única sala de cinema pública do Estado da Bahia, gerida pela Diretoria de Audiovisual da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Dimas/Funceb), receberá, entre os dias 25 e 28 de maio, a Mostra DiversÁfricas, na qual serão exibidos filmes africanos contemporâneos em comemoração ao Dia da África.

Com curadoria do professor e pesquisador Lecco França, os filmes selecionados apresentam olhares diversos da cultura e da história de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, e refletem sobre o passado, o presente e o futuro do continente africano através do trabalho de cineastas inovadores e engajados, a exemplo do que vem desenvolvendo a produtora angolana Geração 80.

A mostra está dividida em quatro sessões, “Memórias (anti/pós/des)coloniais”, na qual será exibido o filme Independência (Angola, 2016, direção: Fradique), que revisita o 11 de novembro de 1975, dia em que Angola proclamou a independência, 14 anos depois do início da luta armada contra o domínio colonial português; “Trânsitos”, com o filme Avó Dezanove e o segredo do Soviético (Moçambique, Portugal, Brasil, 2002, direção: João Ribeiro), cuja trama Jaki e o seu melhor amigo engendram um plano mirabolante para retirar um monumento que ameaça seu bairro, um plano condenado ao fracasso, não fosse a inesperada intervenção de um soviético cheio de segredos.

“Movimentos”, com a exibição do filme Para lá dos meus passos (Angola, 2019, direção: Kamy Lara), que acompanha o processo de montagem do espetáculo (Des)construção, no qual sete bailarinos, da única Companhia de Dança Contemporânea de Angola, são levados a viajar sobre um conjunto de danças tradicionais de Angola e a transformá-las, dando-lhes novos significados; e “Outros Carnavais” apresenta os filmes Carnaval da Vitória (Angola, 1978, direção: António Ole), documentário que registra imagens do primeiro Carnaval em Angola após a sua independência, o “Carnaval da Vitória”, em 27 de março de 1976, nas ruas de Luanda, Lobito e Benguela; e Nturudu – Um carnaval sem máscara (Guiné-Bissau, Portugal , 2023, direção: Arlindo Camacho), que apresenta uma das mais fortes tradições guineenses, o carnaval Nturudu.

Programação dos filmes:

25 de maio de 2023 – 18h30

Sessão “Memórias (anti/pós/des)coloniais”

Independência (Angola, 2016, direção: Fradique)

Sinopse: A 11 de novembro de 1975 Angola proclamou a independência, 14 anos depois do início da luta armada contra o domínio colonial português. O regime de Salazar recusava qualquer negociação com os independentistas, aos quais restava a clandestinidade, a prisão ou o exílio. Quando quase toda a África celebrava o fim dos impérios coloniais, Angola e as outras colônias portuguesas seguiam um destino bem diferente. Só após o golpe militar de 25 de Abril de 1974 ter derrubado o regime, Portugal reconheceu o direito dos povos das colônias à autodeterminação.

Duração: 105 min

26 de maio de 2023 – 18h30

Sessão “Trânsitos”

Avó dezanove e o segredo do soviético (Moçambique, Portugal, Brasil, 2002, direção: João Ribeiro)

Sinopse: “Avó Dezanove e o Segredo do Soviético” é uma adaptação do romance de Ondjaki, no qual o autor se inspira nas suas memórias de infância para construir uma fantasia onde realidade e magia se misturam, e a História é reescrita por suas estórias. Tudo se passa numa cidade para além do tempo e da geografia, num bairro não identificado, que ganha assim contornos quase mitológicos. É aí que vive Jaki, numa casa cheia de primos regida com mão férrea pela avó, Agnette e assombrada pela figura misteriosa da avó Catarina. Jaki e o seu melhor amigo engendram um plano mirabolante para retirar um monumento que ameaça seu bairro, um plano condenado ao fracasso, não fosse a inesperada intervenção de um soviético cheio de segredos

Duração: 94 min

27 de maio de 2023 – 18h30

Sessão “Movimentos”

Mudança (Guiné Bissau, Portugal, Brasil)

Sinopse: Essencial é gerar vida, discurso, compreensão e celebrar a humanidade. Em tempos de pandemia generalizada, originando questões em torno da preservação da democracia, da integridade da saúde pública e das nossas próprias noções de individualidade , vemo-nos arrastados num processo de mudança. Neste encontro entre um artista (Welket Bungué) e uma deputada (Joacine Katar Moreira), questiona-se qual a essência dos seus ofícios, fazendo ressoar um inesperado paradigma de revolução iminente.

Duração: 27min

Cartaz do filme. Divulgação

Para lá dos meus passos (Angola, 2019, direção: Kamy Lara)

Sinopse: Para Lá dos Meus Passos acompanha o processo de montagem do mais recente espetáculo da única Companhia de Dança Contemporânea de Angola. Durante a criação da peça “(Des)construção”, os sete bailarinos são levados a viajar sobre um conjunto de danças tradicionais de Angola e a transformá-las, dando-lhes novos significados.

Duração: 72 min

28 de maio de 2023 – 17h

Sessão “Outros Carnavais”

Carnaval da Vitória (Angola, 1978, direção: António Ole)

Sinopse: O documentário registra imagens do primeiro Carnaval na Angola após a sua independência, em 27 de março de 1976, nas ruas de Luanda, Lobito e Benguela. Com a independência, os angolanos encontraram nas manifestações populares motivos de reencontro com tradições e identidades das populações. É neste período que o primeiro presidente do país, o médico e poeta Agostinho Neto, anunciou que seria realizada a primeira grande festa da Angola Independente: o “Carnaval da Vitória”. Desta forma, o

filme tenta demonstrar a união, a alegria e a confiança do povo angolano na nova nação recém-libertada.

Duração: 40 min

Nturudu – Um carnaval sem máscara (Guiné-Bissau, Portugal, 2023, direção: Arlindo Camacho)

Sinopse: Intenso, festivo, único, mas sobretudo genuíno, sem qualquer disfarce a camuflar o orgulho dos guineenses na sua diversidade cultural, assim é o Nturudu da Guiné-Bissau. Das colheitas ao fanado, do casamento ao funeral, a vida inteira cabe neste encontro, onde as muitas etnias revelam a sua herança ancestral.

Duração: 56 min

Serviço
Mostra DiversÁfricas (em Tela)

Onde: Sala de Cinema Walter da Silveira (Rua General Labatut, 27 – Barris, Salvador/BA)

Quando: 25 a 28 de maio de 2023

Entrada gratuita


Exposição O Evangelho segundo Lucas em Santo Amaro


“Fragmento de homem-Genesis”. Divulgação

O Museu Nossa Senhora do Recolhimento dos Humildes, em Santo Amaro, na quarta-feira (24/05), às 10h, abrirá a exposição do artista visual Lucas Nascimento. A mostra, intitulada O Evangelho segundo Lucas, é a materialização do trabalho de conclusão de curso do artista para a Licenciatura Interdisciplinar em Artes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. O Museu Nossa Senhora do Recolhimento dos Humildes é administrado pela Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia.

Na exposição, o visitante encontrará seis processos criativos que resultaram em 15 obras. Entre elas estão: h – Gênesis (2021), a série 7º dia (2022), a pintura em tela Nossa Senhora Oxum (2021), os Instrumentos para encantaria (2019-2022), O batismo (2023) e Imagem & Semelhança (2023).

Erradicado artista em Santo Amaro, o ireceense produziu todas as suas obras no período da graduação. Um dos principais objetivos da exposição é tencionar o sagrado com a experiência subjetiva. O artista apresenta a busca por uma compreensão de si e de sua construção identitária como um homem negro em conjunção à dimensão do sagrado em descoberta.

A mostra desse processo artístico-pedagógico articula a formação da identidade do artista por meio de um trabalho interdisciplinar nas visualidades composto por pintura em tela, escultura em barro, fotografia e objetos nomeados como Instrumentos de encantaria. Propondo repensar e refazer a imagem de Deus, do divino e do sagrado por meio da manipulação de imagens sacras católicas e sua interlocução com os sagrados da diáspora africana no Brasil.

Exposição O Evangelho segundo Lucas

Quando: Abertura – 24 de maio, 10h

Visitação: terça a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 16h

Onde: Museu do Recolhimento dos Humildes, Praça Frei Bento, s/n, Centro, Santo Amaro.


Espetáculo MAR na a Aliança Francesa


Fotos Sora Maia/Divulgação

O espetáculo MAR, da Mimus Companhia de Teatro, realiza neste final de semana, nos dias 19, 20 e 21 de maio, às 20h, suas últimas apresentações desta temporada especial que, no Teatro Molière, celebra os 50 anos da Aliança Francesa na Bahia.

“A primeira semana foi ótima, especialmente sendo o nosso primeiro reencontro com o público presencial. Uma alegria grande pra gente reencontrar o público, olhar nos seus olhos, ouvir os comentários depois da peça, suas percepções e questões, muito bom! Temos ainda mais um fim de semana no teatro Molière e esperamos todos no nosso MAR”, revela a atriz Deborah Moreira.

MAR é um mergulho na poética desenvolvida pela Mimus – Companhia de Teatro, voltada para a exploração da expressividade corporal dos atores, a partir da investigação cênica dos princípios e procedimentos da Mímica Corporal Dramática de Etienne Decroux, em articulação com uma dramaturgia autoral.  Com MAR, a Mimus brinca com a teatralidade, atraindo a imaginação do espectador para as situações que vão se delineando ao longo da peça.

Com criação e  atuação de Deborah Moreira e George Mascarenhas, MAR, como livre inspiração imagens e histórias da Baía de Todos -os-Santos. Em cena, dois personagens encontram-se à beira-mar em um dia de sol.  Em meio às subidas e descidas da maré e às mudanças do tempo, a relação entre eles vai se construindo, compondo-se uma rede de situações, emoções, sonhos e imaginação. O espetáculo debruça-se sobre o movimento, o estado das coisas e os vínculos estabelecidas no convívio com os mistérios do mar.

Criada em 2007, a Mimus realiza atividades de criação cênica, mantendo diversos espetáculos em seu repertório, dentre os quais Alegria de Viver, Jogo da Memória e os solos O tigre e Refazendo Salomé. Além disso, a companhia propõe a formação de artistas, através de cursos, oficinas e conferências e a difusão de pesquisas e modos de criação artística, através da Revista Mimus, publicação eletrônica de acesso gratuito.  MAR tem iluminação de Luciano Reis, música de Luciano Salvador Bahia e consultoria de cenografia de RMota cenografia.

Serviço

Temporada do espetáculo teatral MAR

Quando: dias 19, 20 e 21 de maio (sexta a domingo), 20h

Onde: Teatro Molière – Aliança Francesa Salvador

Ingressos: R$40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia entrada)


MAM abre mostra de Frans Krajcberg


Fotos: Geraldo Moniz /Divulgação

O Museu de Arte Moderna (MAM Bahia) do Instituto do Patrimônio (IPAC) abre nesta quinta-feira (19.05) a exposição ‘Entreatos II – Frans Krajcberg Novas Aquisições’ que reúne 13 obras do artista, fotógrafo e ambientalista polonês, naturalizado brasileiro, Frans Krajcberg (1921-2017). A mostra está na Galeria 3 do MAM, é gratuita e tem 13 obras do artista. Ainda vivo Krajcberg recebeu os mais importantes prêmios internacionais, dentre os quais o de melhor escultor do mundo pelo conceituado Grande Prêmio de Enku (Japão, 2015).

“Essa exposição é apenas uma das ações de preservação, conservação, institucionalização e promoção das obras de Krajcberg que estaremos realizando neste ano”, explica a diretora geral do IPAC, Luciana Mandelli. A mostra integra a Semana de Museus (16 a 21.05), evento nacional organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), responsável pela política pública de museus no Brasil. A 21ª Semana tem como tema ‘Museus, Sustentabilidade e Bem-estar’. “Krajcberg foi um dos primeiros artistas a cunhar a expressão de sustentabilidade, ao tratar das emergências climáticas e das questões ambientais em geral e, por isso, é a nossa principal atração dessa Semana na Bahia”, completa Luciana.

HISTÓRICO – Segundo a dirigente do IPAC, o acervo de obras de Krajcberg foi disputado historicamente por vários estados brasileiros e por outros países. “Mas tudo foi doado ao Estado da Bahia, pelo artista ainda em vida, doação depois referendada pela Justiça da Bahia em 2022”, detalha Mandelli. Ela informa que o IPAC abriu um Inventário Público para o cadastro e o registro de todo o Acervo Krajcberg e em obediência às legislações criou uma Comissão de acompanhamento.

Parte do acervo de Krajcberg está sendo guardado e tratado no Museu do Recôncavo (Caboto, Candeias) devido ao grande espaço e maquinário especializado disponíveis. “Essa é uma experiência inédita para o Governo da Bahia, já que o Estado é responsável por todas as obras de arte que o artista deixou”, completa Luciana. A diretora anuncia que além da conservação, institucionalização e criação de reserva técnica no Museu do Recôncavo, o IPAC fará a promoção dessas obras. “Estamos construindo parceria com o IBRAM para que algumas coleções do Acervo integrem exposições itinerantes nos museus federais para apresentar e disseminar a obra de Krajcberg em todo o Brasil”, finaliza Luciana.

DESCUPINIZAÇÃO e CINCO EXPOSIÇÕES – O diretor do MAM, Pola Ribeiro, que acompanhou os trabalhos de conservação das obras de Krajcberg no Museu do Recôncavo, informa que o local dispõe de espaços e condições adequadas para o tratamento e a guarda do Acervo de quase 500 peças. “O IPAC inscreveu um projeto na Lei Rouanet via Instituto Pedra, para usarmos tecnologia de ponta, ao montarmos uma bolha de descupinização, a maior da América do Sul, que abriga as obras de arte por 40 dias, tirando o oxigênio, colocando gás inerte, o que elimina isópteros (cupins) e qualquer outro tipo de praga e insetos do Acervo”, diz Ribeiro.

“É muito potente termos simultaneamente no MAM, integrando oficialmente a 21ª Semana de Museus, exposições de Krajcberg, Agnaldo dos Santos, J. Cunha, Rubem Valentim e a Coleção de Arte Popular Lina Bo Bardi, aliados a ações educativas permanentes, oficinas de arte, residências artísticas e outros eventos correlacionados”, finaliza o diretor.

Já o curador da mostra de Kracjcberg no MAM, Daniel Rangel, destaca que as 13 obras serão transferidas para o museu. “O MAM nunca teve obra de Krajcberg e agora recebendo 13 itens de diferentes suportes como esculturas, relevo de parede, pintura, desenho e fotos”, relata. Com a mostra de Krajcberg, o MAM fica com cinco exposições simultâneas, além de ações educativas e artístico-culturais. Informações: telefones (71) 31176132 e 31176139 (segunda a sexta, 9h às 12h e 13h às 15h). Acesse o instagram @bahiamam e site www.mam.ba.gov.br.


Coletivo DUO leva espetáculos para cidades da Chapada, Sul e Sertão


Fotos: Divulgação

Uma viagem que parte da capital baiana, pega as rodovias da esquerda em direção às cidades da Chapada Diamantina no coração da Bahia, desce para a região sul do estado, e, por fim, ascende para o Sertão baiano. Este é o percurso do projeto comemorativo DUO 13 anos, que tem apresentado parte do repertório do Coletivo DUO em praças públicas e teatros da Bahia. Em maio e junho, o grupo pega as rodovias para apresentar os infanto-juvenis O Barão nas Árvores e Em Busca da Ilha Desconhecida.

A circulação se inicia em Maio, de 11 a 14, pela região da Chapada Diamantina – Rio de Contas, Andaraí, Morro de Chapéu e Lençóis. Ainda em Maio, de 25 a 28, o Sul da Bahia recebe o repertório DUO 13 ANOS – Itabuna, Camacan, Canavieiras e Ilhéus. Por fim, em Junho, de 08 a 11, o Sertão – berço inspirador de algumas obras do Coletivo – será palco para os espetáculos – Ribeira do Pombal, Tucano, Cícero Dantas e Euclides da Cunha.

De acordo com idealizador e integrante do DUO, Saulus Castro, a escolha das regiões se deu primeiramente por uma poética territorial e identitária. “Além do nosso desejo de capilarizar nossas produções. A troca de vivências e atividades de formação com outros públicos que, muitas vezes, têm pouco acesso a espetáculos profissionais de teatro. E, sendo eu mesmo do interior do Estado, retornar com este projeto é um imergir naquilo que sou e oferto”, realça Castro.

Além dos espetáculos, o Coletivo DUO realizará a ação Construindo Personas : Oficina para Atuantes Cênicos, a ser ministrada pelo ator e diretor Antônio Fábio, que visa compartilhar técnicas teatrais para a estruturação de um sistema psicofísico para a/o atuante, no que diz respeito a criação de um estado pré-cênico necessário para a construção de personas dramáticas e suas performances.

“Com o DUO 13 ANOS poderemos compartilhar um pouco de nossa arte com diversas regiões da Bahia, mobilizando diretamente o trabalho de cerca de 30 profissionais da Cultura, difundindo nosso repertório”, pontua Saulus Castro, que integra o DUO ao lado dos intérpretes Israel Barreto e Marcos Lopes, e o dramaturgo e poeta Denisson Palumbo.

Circulação

Inspirado no realismo fantástico de Ítalo Calvino, o espetáculo infanto-juvenil O Barão nas Árvores, que tem direção de Guilherme Hunder, traz para o palco a história do menino Cosme Chuvasco de Rondó – filho primogênito do barão de Rondó -, que decide subir às árvores e nunca mais descer. O espetáculo é primeiro solo do ator, palhaço, circense, músico e produtor Marcos Lopes. Preenchidas de poesia e singeleza, as aventuras de Cosme são subterfugio para falar sobre família, temas como sustentabilidade e meio ambiente, valores e cidadania, poder e amor.

“Cosminho é um cidadão do mundo e faz de tudo para preservá-lo. Vira um militante do meio ambiente. E ainda se apaixona por sua vizinha”, explica o ator, ao acrescentar que o multiartista Antônio Fábio assume a assistência de direção e o ator Lineu Gabriel Guaraldo a preparação corporal, que tem como alicerce a manifestação popular do Cavalo Marinho, folguedo da Zona da Mata de Pernambuco, com sua musicalidade, suas figuras, motes e passos.

O Barão nas Árvores – que recebeu duas indicações ao prêmio Braskem de Teatro, em sua estreia em 2018, melhor ator para Marcos Lopes e melhor espetáculo infanto-juvenil – vai circular pelas cidades: Rio de Contas (11), Lençóis (13), Camacan (25), Itabuna (27), e em junho vai para Euclides da Cunha (08) e Ribeira do Pombal (10). “É uma felicidade colocar Cosme para circular entre as árvores da nossa Bahia, principalmente por ser uma obra que dialoga com a realidade de algumas cidades, em que há a preservação da natureza, a brincadeira de escalar árvores”, declara Lopes.

Militar, é alicerçar caminhos para a criação de sonhos e horizontes. Sonhar. Ato de render-se à ilusão, à imaginação, aos desejos. Neste caminho do sonhar, o DUO criou em 2016 o seu primeiro espetáculo infanto-juvenil “Em Busca da Ilha Desconhecida, que traz o conto de dois jovens que desejam encontrar um território nunca habitado. A montagem será apresentada  nas cidades de Andaraí (12), Morro do Chapéu (14), Canavieiras (26), Ilhéus (28); e em junho nos municípios de Cícero Dantas (09) e Tucano (11).

Em Busca da Ilha Desconhecida estimula as crianças de todas as idades a perseguirem seus sonhos e resgata referências do imaginário e da musicalidade popular ibérico-nordestinas, notadamente as que se conectam com o mar. Inspirado em “O Conto da Ilha Desconhecida”, de José Saramago, a montagem do DUO tem dramaturgia e encenação de Saulus Castro, que também atua ao lado de Israel Barretto e Marcos Lopes.

“Muito além de trazer para o teatro a obra de um escritor de indiscutível relevância para a história das artes, este projeto traz à tona a construção dos sonhos, de seus alicerces, o que se conecta perfeitamente com a vida de crianças e jovens que estão caminhando seus primeiros passos na relação social. Assim como nós enquanto coletivo artístico”, afirma Saulus Castro, que fundou o DUO em 2010 ao lado do ator Jonatan Amorim, não mais integrante.

Antes de circular pelo interior da Bahia, o Coletivo DUO ocupou praças públicas e teatros de Salvador com estas duas obras – O Barão da Árvores, Em busca da Ilha Desconhecida – e mais três espetáculos do seu repertório, os solos Jonas: dentro do grande peixe, Memórias do Fogo, com Saulus Castro, e a mais recente montagem O Caminho dos Mascates.

“Esta primeira etapa do projeto DUO 13 anos em Salvador foi muito especial. É um revisitar ao nosso repertório, à nossa história e percurso, muito potente pelas ações de Mediação com escolas públicas e outras instituições que realizamos, mas também desafiador devido a diversas circunstâncias inerentes ao próprio projeto”, pontua Saulus Castro.

A criação

Criado em 2010, o Coletivo DUO se inicia com o objetivo de  aprimorar a prática teatral dos seus integrantes e o local de encontro foram salas cedidas pelo Colégio Central da Bahia. Depois da entrada de Saulus Castro na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, o trabalho passa a focar o treinamento/vivência do(a) atuante. Foi quando surgiu a primeira obra, ‘deriva’ (2014 – com Saulus e Uerla Cardoso). Compõem ainda o repertório do grupo, os espetáculos À flor da pele, da dramaturga Consuelo de Castro (2017);  Arturo Ui – uma parábola, obra baseada no texto de Bertold Brecht no qual a chantagem, a corrupção e a violência dão o tom (2017); Arraial, adaptado da obra Antônio Conselheiro, de Joaquim Cardozo (2018); e o solo de Israel Barretto, O Avô e o Rio (2019).

Projeto

O DUO 13 anos foi contemplado pelo Edital Setorial de Teatro em 2019 e tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia.

Coletivo DUO – 13 anos – circulação Chapada Diamantina, Sul da Bahia e Sertão Baiano

Quando e Onde:

11/05: Rio de Contas – O barão nas árvores, 17h

12/05: Andaraí – Em busca da ilha desconhecida, 17h

13/05: Lençóis – O barão nas árvores, 17h

14/05: Moro do chapéu – Em busca da ilha desconhecida, 17h

OFICINA ANTONIO FÁBIO: Morro do chapéu de 11 a 14/05

25/05: Camacan – O barão nas árvores, 17h

26/05: Canavieiras – Em busca da ilha desconhecida, 17h

27/05: Itabuna – O barão nas árvores, 17h

28/05: Ilhéus – Em busca da ilha desconhecida, 17h

OFICINA ANTONIO FÁBIO: Ilhéus de 25 a 28/05

JUNHO

08/06: Euclides as Cunha – O barão nas árvores, 17h

09/06: Cícero Dantas – Em busca da ilha desconhecida, 17h

10/06: Ribeira do Pombal – O barão nas árvores, 17h

11/06: Tucano – Em busca da ilha desconhecida, 17h

OFICINA ANTONIO FÁBIO: Euclides da Cunha de 08 a 11/06