XI Festival Nossa Arte em Guanambi


Foto: Yuri Argolo/Divulgação

Tem início o XI Festival Nossa Arte, promovido pela Federação das Apaes do Estado da Bahia (Feapaes-BA) em parceria com a Apae de Guanambi, nesta quarta-feira (24). Artistas apaeanos, vindos de 23 unidades do estado, estarão reunidos no Centro Universitário UNIFG para exibir suas habilidades, que contemplam as mais variadas formas de expressão cultural, tais como dança, música, artes visuais, artes literárias e teatro.

O coordenador de Artes da Feapaes-BA, Antônio Marques, conta que o festival é uma oportunidade para elevar a autoestima das pessoas com deficiência e demonstrar o seu valor enquanto artista e cidadão. “Participar de atividades culturais contribui para que adquiram mais desenvoltura corporal e para criarem novos projetos de vida. A arte ensina, ainda, que é possível realizar mudanças, ser flexível, ter fluência, originalidade, ser capaz de elaborar, avaliar, criar e aprender. A partir desta iniciativa, a sociedade pode adquirir um novo olhar sobre a pessoa com deficiência”, conta Antônio.

Os artistas foram escolhidos durante as seletivas regionais que aconteceram no mês de março, nas cidades de Camaçari, Vitória da Conquista, Barreiras, Porto Seguro e Jacobina. Para Narciso Batista, presidente da Feapaes-BA, é recompensador ver a dedicação dos artistas em suas apresentações e a alegria estampada em seus rostos. “Acompanhar as seletivas já foi muito emocionante para nós. Nosso objetivo é, justamente, incentivar a prática artística entre as pessoas com deficiência e valorizar os talentos dos assistidos. É gratificante poder proporcionar um momento como esse, onde a inclusão e a arte se unem de forma tão especial”, comenta o presidente.


Mostra de cinema DiversÁfricas na Walter da Silveira


Filme “Avó Dezanove e o Segredo do Soviético”. Foto reproduzida do www.grafoaudiovisual.com

A Sala de Cinema Walter da Silveira, única sala de cinema pública do Estado da Bahia, gerida pela Diretoria de Audiovisual da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Dimas/Funceb), receberá, entre os dias 25 e 28 de maio, a Mostra DiversÁfricas, na qual serão exibidos filmes africanos contemporâneos em comemoração ao Dia da África.

Com curadoria do professor e pesquisador Lecco França, os filmes selecionados apresentam olhares diversos da cultura e da história de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, e refletem sobre o passado, o presente e o futuro do continente africano através do trabalho de cineastas inovadores e engajados, a exemplo do que vem desenvolvendo a produtora angolana Geração 80.

A mostra está dividida em quatro sessões, “Memórias (anti/pós/des)coloniais”, na qual será exibido o filme Independência (Angola, 2016, direção: Fradique), que revisita o 11 de novembro de 1975, dia em que Angola proclamou a independência, 14 anos depois do início da luta armada contra o domínio colonial português; “Trânsitos”, com o filme Avó Dezanove e o segredo do Soviético (Moçambique, Portugal, Brasil, 2002, direção: João Ribeiro), cuja trama Jaki e o seu melhor amigo engendram um plano mirabolante para retirar um monumento que ameaça seu bairro, um plano condenado ao fracasso, não fosse a inesperada intervenção de um soviético cheio de segredos.

“Movimentos”, com a exibição do filme Para lá dos meus passos (Angola, 2019, direção: Kamy Lara), que acompanha o processo de montagem do espetáculo (Des)construção, no qual sete bailarinos, da única Companhia de Dança Contemporânea de Angola, são levados a viajar sobre um conjunto de danças tradicionais de Angola e a transformá-las, dando-lhes novos significados; e “Outros Carnavais” apresenta os filmes Carnaval da Vitória (Angola, 1978, direção: António Ole), documentário que registra imagens do primeiro Carnaval em Angola após a sua independência, o “Carnaval da Vitória”, em 27 de março de 1976, nas ruas de Luanda, Lobito e Benguela; e Nturudu – Um carnaval sem máscara (Guiné-Bissau, Portugal , 2023, direção: Arlindo Camacho), que apresenta uma das mais fortes tradições guineenses, o carnaval Nturudu.

Programação dos filmes:

25 de maio de 2023 – 18h30

Sessão “Memórias (anti/pós/des)coloniais”

Independência (Angola, 2016, direção: Fradique)

Sinopse: A 11 de novembro de 1975 Angola proclamou a independência, 14 anos depois do início da luta armada contra o domínio colonial português. O regime de Salazar recusava qualquer negociação com os independentistas, aos quais restava a clandestinidade, a prisão ou o exílio. Quando quase toda a África celebrava o fim dos impérios coloniais, Angola e as outras colônias portuguesas seguiam um destino bem diferente. Só após o golpe militar de 25 de Abril de 1974 ter derrubado o regime, Portugal reconheceu o direito dos povos das colônias à autodeterminação.

Duração: 105 min

26 de maio de 2023 – 18h30

Sessão “Trânsitos”

Avó dezanove e o segredo do soviético (Moçambique, Portugal, Brasil, 2002, direção: João Ribeiro)

Sinopse: “Avó Dezanove e o Segredo do Soviético” é uma adaptação do romance de Ondjaki, no qual o autor se inspira nas suas memórias de infância para construir uma fantasia onde realidade e magia se misturam, e a História é reescrita por suas estórias. Tudo se passa numa cidade para além do tempo e da geografia, num bairro não identificado, que ganha assim contornos quase mitológicos. É aí que vive Jaki, numa casa cheia de primos regida com mão férrea pela avó, Agnette e assombrada pela figura misteriosa da avó Catarina. Jaki e o seu melhor amigo engendram um plano mirabolante para retirar um monumento que ameaça seu bairro, um plano condenado ao fracasso, não fosse a inesperada intervenção de um soviético cheio de segredos

Duração: 94 min

27 de maio de 2023 – 18h30

Sessão “Movimentos”

Mudança (Guiné Bissau, Portugal, Brasil)

Sinopse: Essencial é gerar vida, discurso, compreensão e celebrar a humanidade. Em tempos de pandemia generalizada, originando questões em torno da preservação da democracia, da integridade da saúde pública e das nossas próprias noções de individualidade , vemo-nos arrastados num processo de mudança. Neste encontro entre um artista (Welket Bungué) e uma deputada (Joacine Katar Moreira), questiona-se qual a essência dos seus ofícios, fazendo ressoar um inesperado paradigma de revolução iminente.

Duração: 27min

Cartaz do filme. Divulgação

Para lá dos meus passos (Angola, 2019, direção: Kamy Lara)

Sinopse: Para Lá dos Meus Passos acompanha o processo de montagem do mais recente espetáculo da única Companhia de Dança Contemporânea de Angola. Durante a criação da peça “(Des)construção”, os sete bailarinos são levados a viajar sobre um conjunto de danças tradicionais de Angola e a transformá-las, dando-lhes novos significados.

Duração: 72 min

28 de maio de 2023 – 17h

Sessão “Outros Carnavais”

Carnaval da Vitória (Angola, 1978, direção: António Ole)

Sinopse: O documentário registra imagens do primeiro Carnaval na Angola após a sua independência, em 27 de março de 1976, nas ruas de Luanda, Lobito e Benguela. Com a independência, os angolanos encontraram nas manifestações populares motivos de reencontro com tradições e identidades das populações. É neste período que o primeiro presidente do país, o médico e poeta Agostinho Neto, anunciou que seria realizada a primeira grande festa da Angola Independente: o “Carnaval da Vitória”. Desta forma, o

filme tenta demonstrar a união, a alegria e a confiança do povo angolano na nova nação recém-libertada.

Duração: 40 min

Nturudu – Um carnaval sem máscara (Guiné-Bissau, Portugal, 2023, direção: Arlindo Camacho)

Sinopse: Intenso, festivo, único, mas sobretudo genuíno, sem qualquer disfarce a camuflar o orgulho dos guineenses na sua diversidade cultural, assim é o Nturudu da Guiné-Bissau. Das colheitas ao fanado, do casamento ao funeral, a vida inteira cabe neste encontro, onde as muitas etnias revelam a sua herança ancestral.

Duração: 56 min

Serviço
Mostra DiversÁfricas (em Tela)

Onde: Sala de Cinema Walter da Silveira (Rua General Labatut, 27 – Barris, Salvador/BA)

Quando: 25 a 28 de maio de 2023

Entrada gratuita


Exposição O Evangelho segundo Lucas em Santo Amaro


“Fragmento de homem-Genesis”. Divulgação

O Museu Nossa Senhora do Recolhimento dos Humildes, em Santo Amaro, na quarta-feira (24/05), às 10h, abrirá a exposição do artista visual Lucas Nascimento. A mostra, intitulada O Evangelho segundo Lucas, é a materialização do trabalho de conclusão de curso do artista para a Licenciatura Interdisciplinar em Artes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. O Museu Nossa Senhora do Recolhimento dos Humildes é administrado pela Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia.

Na exposição, o visitante encontrará seis processos criativos que resultaram em 15 obras. Entre elas estão: h – Gênesis (2021), a série 7º dia (2022), a pintura em tela Nossa Senhora Oxum (2021), os Instrumentos para encantaria (2019-2022), O batismo (2023) e Imagem & Semelhança (2023).

Erradicado artista em Santo Amaro, o ireceense produziu todas as suas obras no período da graduação. Um dos principais objetivos da exposição é tencionar o sagrado com a experiência subjetiva. O artista apresenta a busca por uma compreensão de si e de sua construção identitária como um homem negro em conjunção à dimensão do sagrado em descoberta.

A mostra desse processo artístico-pedagógico articula a formação da identidade do artista por meio de um trabalho interdisciplinar nas visualidades composto por pintura em tela, escultura em barro, fotografia e objetos nomeados como Instrumentos de encantaria. Propondo repensar e refazer a imagem de Deus, do divino e do sagrado por meio da manipulação de imagens sacras católicas e sua interlocução com os sagrados da diáspora africana no Brasil.

Exposição O Evangelho segundo Lucas

Quando: Abertura – 24 de maio, 10h

Visitação: terça a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 16h

Onde: Museu do Recolhimento dos Humildes, Praça Frei Bento, s/n, Centro, Santo Amaro.


Espetáculo MAR na a Aliança Francesa


Fotos Sora Maia/Divulgação

O espetáculo MAR, da Mimus Companhia de Teatro, realiza neste final de semana, nos dias 19, 20 e 21 de maio, às 20h, suas últimas apresentações desta temporada especial que, no Teatro Molière, celebra os 50 anos da Aliança Francesa na Bahia.

“A primeira semana foi ótima, especialmente sendo o nosso primeiro reencontro com o público presencial. Uma alegria grande pra gente reencontrar o público, olhar nos seus olhos, ouvir os comentários depois da peça, suas percepções e questões, muito bom! Temos ainda mais um fim de semana no teatro Molière e esperamos todos no nosso MAR”, revela a atriz Deborah Moreira.

MAR é um mergulho na poética desenvolvida pela Mimus – Companhia de Teatro, voltada para a exploração da expressividade corporal dos atores, a partir da investigação cênica dos princípios e procedimentos da Mímica Corporal Dramática de Etienne Decroux, em articulação com uma dramaturgia autoral.  Com MAR, a Mimus brinca com a teatralidade, atraindo a imaginação do espectador para as situações que vão se delineando ao longo da peça.

Com criação e  atuação de Deborah Moreira e George Mascarenhas, MAR, como livre inspiração imagens e histórias da Baía de Todos -os-Santos. Em cena, dois personagens encontram-se à beira-mar em um dia de sol.  Em meio às subidas e descidas da maré e às mudanças do tempo, a relação entre eles vai se construindo, compondo-se uma rede de situações, emoções, sonhos e imaginação. O espetáculo debruça-se sobre o movimento, o estado das coisas e os vínculos estabelecidas no convívio com os mistérios do mar.

Criada em 2007, a Mimus realiza atividades de criação cênica, mantendo diversos espetáculos em seu repertório, dentre os quais Alegria de Viver, Jogo da Memória e os solos O tigre e Refazendo Salomé. Além disso, a companhia propõe a formação de artistas, através de cursos, oficinas e conferências e a difusão de pesquisas e modos de criação artística, através da Revista Mimus, publicação eletrônica de acesso gratuito.  MAR tem iluminação de Luciano Reis, música de Luciano Salvador Bahia e consultoria de cenografia de RMota cenografia.

Serviço

Temporada do espetáculo teatral MAR

Quando: dias 19, 20 e 21 de maio (sexta a domingo), 20h

Onde: Teatro Molière – Aliança Francesa Salvador

Ingressos: R$40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia entrada)


MAM abre mostra de Frans Krajcberg


Fotos: Geraldo Moniz /Divulgação

O Museu de Arte Moderna (MAM Bahia) do Instituto do Patrimônio (IPAC) abre nesta quinta-feira (19.05) a exposição ‘Entreatos II – Frans Krajcberg Novas Aquisições’ que reúne 13 obras do artista, fotógrafo e ambientalista polonês, naturalizado brasileiro, Frans Krajcberg (1921-2017). A mostra está na Galeria 3 do MAM, é gratuita e tem 13 obras do artista. Ainda vivo Krajcberg recebeu os mais importantes prêmios internacionais, dentre os quais o de melhor escultor do mundo pelo conceituado Grande Prêmio de Enku (Japão, 2015).

“Essa exposição é apenas uma das ações de preservação, conservação, institucionalização e promoção das obras de Krajcberg que estaremos realizando neste ano”, explica a diretora geral do IPAC, Luciana Mandelli. A mostra integra a Semana de Museus (16 a 21.05), evento nacional organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), responsável pela política pública de museus no Brasil. A 21ª Semana tem como tema ‘Museus, Sustentabilidade e Bem-estar’. “Krajcberg foi um dos primeiros artistas a cunhar a expressão de sustentabilidade, ao tratar das emergências climáticas e das questões ambientais em geral e, por isso, é a nossa principal atração dessa Semana na Bahia”, completa Luciana.

HISTÓRICO – Segundo a dirigente do IPAC, o acervo de obras de Krajcberg foi disputado historicamente por vários estados brasileiros e por outros países. “Mas tudo foi doado ao Estado da Bahia, pelo artista ainda em vida, doação depois referendada pela Justiça da Bahia em 2022”, detalha Mandelli. Ela informa que o IPAC abriu um Inventário Público para o cadastro e o registro de todo o Acervo Krajcberg e em obediência às legislações criou uma Comissão de acompanhamento.

Parte do acervo de Krajcberg está sendo guardado e tratado no Museu do Recôncavo (Caboto, Candeias) devido ao grande espaço e maquinário especializado disponíveis. “Essa é uma experiência inédita para o Governo da Bahia, já que o Estado é responsável por todas as obras de arte que o artista deixou”, completa Luciana. A diretora anuncia que além da conservação, institucionalização e criação de reserva técnica no Museu do Recôncavo, o IPAC fará a promoção dessas obras. “Estamos construindo parceria com o IBRAM para que algumas coleções do Acervo integrem exposições itinerantes nos museus federais para apresentar e disseminar a obra de Krajcberg em todo o Brasil”, finaliza Luciana.

DESCUPINIZAÇÃO e CINCO EXPOSIÇÕES – O diretor do MAM, Pola Ribeiro, que acompanhou os trabalhos de conservação das obras de Krajcberg no Museu do Recôncavo, informa que o local dispõe de espaços e condições adequadas para o tratamento e a guarda do Acervo de quase 500 peças. “O IPAC inscreveu um projeto na Lei Rouanet via Instituto Pedra, para usarmos tecnologia de ponta, ao montarmos uma bolha de descupinização, a maior da América do Sul, que abriga as obras de arte por 40 dias, tirando o oxigênio, colocando gás inerte, o que elimina isópteros (cupins) e qualquer outro tipo de praga e insetos do Acervo”, diz Ribeiro.

“É muito potente termos simultaneamente no MAM, integrando oficialmente a 21ª Semana de Museus, exposições de Krajcberg, Agnaldo dos Santos, J. Cunha, Rubem Valentim e a Coleção de Arte Popular Lina Bo Bardi, aliados a ações educativas permanentes, oficinas de arte, residências artísticas e outros eventos correlacionados”, finaliza o diretor.

Já o curador da mostra de Kracjcberg no MAM, Daniel Rangel, destaca que as 13 obras serão transferidas para o museu. “O MAM nunca teve obra de Krajcberg e agora recebendo 13 itens de diferentes suportes como esculturas, relevo de parede, pintura, desenho e fotos”, relata. Com a mostra de Krajcberg, o MAM fica com cinco exposições simultâneas, além de ações educativas e artístico-culturais. Informações: telefones (71) 31176132 e 31176139 (segunda a sexta, 9h às 12h e 13h às 15h). Acesse o instagram @bahiamam e site www.mam.ba.gov.br.