Espetáculo “A Vingança do Padre” em cartaz no Pelourinho


Foto: Fael Brito/Divulgação

Imagine se o padre para quem os fiéis se confessam resolvesse gravar as confissões escondido e depois jogasse tudo no Youtube? Pois isso acontece, e de um jeito bem baiano, no espetáculo “A Vingança do Padre” que entra em cartaz nos dias 18 e 25 de março, 01 e 08 de abril (sábados), às 19h, no Espaço Cultural Casa 14, na Rua Frei Vicente, 14, Pelourinho. Os ingressos custam R$30,00 (inteira) e 15,00 (meia) e podem ser adquiridos no local (nos dias de espetáculo), pelo whatsapp (71) 98631 3242 ou pelo Sympla.

A história, escrita pelo diretor, autor e ator que incorpora o padre Salomão Nescau, Adson de Brito, acontece em uma paróquia onde se dança ao som de atabaques e se joga pipocas nos fiéis. Apesar da missa festiva, a igreja é muito pouco frequentada o que enfurece o padre, que revoltado resolve se vingar expondo os segredos dos seus paroquianos.

Claro que isso gera uma enorme confusão…

O padre é denunciado ao Vaticano, que o proíbe de continuar exercendo suas funções sacerdotais.

E a confusão só piora.

Em cena com o padre Salomão estão um sedutor sacristão (o ator Alexandro Beltrão), que se apaixona pelo padre, e a Irmã Xaninha (a atriz Sofia Bonfim), uma freira nada convencional, que nas horas vagas faz rifa, joga capoeira e também é X9 (dedo-duro, fofoqueira, cagueta) e ainda por cima nutre uma queda pelo sacristão.

Aí tudo vira uma balbúrdia!

A peça que é ambientada em Salvador, faz muitas referências à nossa baianidade, como a capoeira, citações de músicas do axé music, dentre outras. A montagem também tem uma total interação com o público, do início ao fim do espetáculo.

“A Vingança do Padre” estreou em 2011 e JÁ passou por diversos espaços, como Teatro da Barra, Teatro Dias Gomes, Ong ACasa Sarajane, e fez uma longa temporada no Espaço Cultural Casa 14, no Pelourinho.

O elenco

O Padre

Apesar do comportamento antiético, ainda assim o padre Salomão é carismático e conquista a simpatia do público. Adson Brito do Velho, é professor, psicólogo, especialista em Neuropsicologia, ator e diretor teatral, com várias montagens teatrais, como “A Falecida”, de Nelson Rodrigues, na Escola de Teatro da UFBA, “Almas Acorrentadas”, “A Mulher de Roxo e Outras Histórias da Bahia”, dentre outras.

O Sacristão

O Sacristão almeja auxiliar o padre nas tarefas diárias da igreja, mas acaba desenvolvendo uma relação homoafetiva com o religioso. O personagem é interpretado pelo ator Alexandro Beltrão, que também é assistente social e já atuou em dois tributos musicais, que narravam a vida e carreira musical de Raul Seixas e Renato Russo, ambos sob a direção de Adson Brito do Velho. Seu último trabalho no teatro foi “A Mulher de Roxo e Outras Histórias da Bahia”, onde no quadro de Júlia Fetal/O Crime da Bala de Ouro, interpretou o professor assassino João Estanislau da Silva Lisboa. Recentemente, participou de campanhas publicitárias (tv) para o Carnaval de Salvador 2023, pelo governo do Estado da Bahia. Está gravando um filme, COE – Comando de Operações Especiais, onde interpreta o soldado Ricardo Mendes. O elenco conta com atrizes globais Neusa Borges e Narjara Turetta.

Irmã Xaninha

Interpretada pela atriz Sofia Bonfim, que também é professora e escritora, Irmã Xaninha é uma freira nada convencional. Como escritora participou de Antologia Mundo Infantil, com os textos “A Princesa e os Moradores da Floresta” e “Aventura Pelo Telefone”. Prepara agora um novo livro, “Amor e Carvão”. Como atriz, participou das montagens “Almas Acorrentadas”, “Como Não Amar Clarice Lispector?”, sob a direção de Adson Brito do Velho. Seu último trabalho no teatro foi “A Mulher de Roxo e Outras Histórias da Bahia”, onde interpretou Irmã Dulce.

Serviço

“A Vingança do Padre”

Datas :  18 e 25 de março, 01 e 08 de abril (sábados)

Horário : 19h (duração: 60 min)

Local : Espaço Cultural Casa 14. Rua Frei Vicente, 14, Pelourinho.

Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)

Ingressos no local (nos dias de espetáculo), pelo whatsapp (71) 98631 3242 ou                                  pelo Sympla

Indicação: a partir de 14 anos


Sala de Cinema Walter da Silveira com programação especial no Mês da Mulher


Diários de Classe. Igor Souza/Divulgação

A Sala de Cinema Walter da Silveira, gerida pela Diretoria de Audiovisual da Fundação Cultural do Estado da Bahia, está com programação gratuita voltada para o mês da mulher. De 8 a 16 de março estarão em exibição os filmes Café com Canela, Sementes: Mulheres Pretas no Poder e  Diários de Classe.

Café com Canela, filme de Glenda Nicácio de Ary Rosa, de 2017, conta a história de duas mulheres: Margarida e Violeta. Margarida vive isolada da sociedade desde que perdeu o filho até Viola bater à sua porta e devolver um pouco de luz àquela pessoa que havia sido importante para ela na juventude.

Em Diários de Classe, de Maria Carolina e Igor de Souza, é acompanhado o cotidiano de três mulheres (uma jovem trans, uma mãe encarcerada e uma empregada doméstica) que, embora trilhem caminhos distintos, suas trajetórias coincidem nos preconceitos e injustiças sofridos cotidianamente.

Já em Sementes: Mulheres Pretas no Poder, Ethel Oliveira e Júlia Mariano destacam que as eleições de 2018 se transformaram no maior levante político produzido por mulheres negras que o Brasil já viu, com candidaturas em todos os estados. O documentário acompanha essas mulheres em suas campanhas, mostrando que é possível uma nova forma de se fazer política no Brasil, transformando o luto em luta.

A programação a única Sala de Cinema gratuita do estado ainda conta com o Cine Inclusão, com exibição de filmes com audiodescrição. Nesta programação a sessão acontecerá em 11 de março (sábado), às 10h, com a exibição de  Diários de Classe.

Ainda no sábado, haverá a tradicional exibição do Cine Horror, que em celebração ao Dia Internacional da Mulher, trará duas produções cult dos anos 1980: o slasher “O Massacre” (The Slumber Party Massacre), filme dirigido por Amy Holden Jones, que co-escreveu o roteiro ao lado de Rita Mae Brown; e “Criaturas das Profundezas” (Humanoids #OOPS# the Deep), dirigido por Barbara Peeters, uma das mulheres pioneiras do cinema exploitation. A exibição de “Diretoras do Cinema B” integra as atividades do VIII Cine Horror.

Confira a programação completa da Sala de Cinema Walter da Silveira abaixo:

8 de Março (quarta-feira)

16h45 – Diários de Classe
Direção: Maria Carolina e Igor Souza
Duração: 1h13
Encerramento da Sessão: 18h
Intervalo: 30min

18h30 – Sementes: Mulheres Pretas no Poder
Direção: Ethel Oliveira e Júlia Mariano
Duração: 1h40
Encerramento da Sessão: 19h40
Fechamento da Sala:20h

9 de Março (quinta-feira)

14h30 – Sementes: Mulheres Pretas no Poder
Direção: Ethel Oliveira e Júlia Mariano
Duração: 1h40
Encerramento da Sessão: 16h15
Intervalo: 30min

16h45 – Diários de Classe
Direção: Maria Carolina e Igor Souza
Duração: 1h13
Encerramento da Sessão: 18h
Intervalo: 30min

18h30 – Café com Canela
Direção: Glenda Nicácio e Ary Rosa
Duração: 1h45
Encerramento da Sessão: 19h40
Fechamento da Sala: 20h

10 de Março (sexta-feira)

14h30 – Café com Canela
Direção: Glenda Nicácio e Ary Rosa
Duração: 1h45
Encerramento da Sessão: 16h15
Intervalo: 30min

16h45 – Diários de Classe
Direção: Maria Carolina e Igor Souza
Duração: 1h13
Encerramento da Sessão: 18h
Intervalo: 30min

18h30 – Sementes: Mulheres Pretas no Poder
Direção: Ethel Oliveira e Júlia Mariano
Duração: 1h40
Encerramento da Sessão: 19h40
Fechamento da Sala: 20h

11 de Março (sábado)

CINE INCLUSÃO – Filmes com Audiodescrição
10h – Diários de Classe
Direção: Maria Carolina e Igor Souza
Duração: 1h13
Encerramento: 11h20

15h – 19h – Cine Horror

O Massacre (The Slumber Party Massacre, EUA, 1982)
Direção: Amy Holden Jones
Roteiro: Rita Mae Brown, Amy Holden Jones.
Elenco: Michelle Michaels, Robin Stille, Michael Villella. Debra De Liso, Andree Honore, Gina Smika Hunter, Jennifer Meyers, Joseph Alan Johnson, David Millbern, Pamela Roylance.
Duração: 78 minutos
Classificação: 16 anos

Criaturas das Profundezas (Humanoids #OOPS# the Deep, EUA, 1980)
Direção: Barbara Peeters
Roteiro: William Martin
Elenco: Doug McClure, Ann Turkel, Vic Morrow, Cindy Weintraub, Anthony Pena, Denise Galik, Lynn Theel, Meegan King, Breck Costin, Hoke Howell, Don Maxwell, David Strassman, Greg Travis, Linda Shayne, Lisa Glaser, Bruce Monette, Shawn Erler, Frank Arnold, Amy Barrett, Jo Williams, Henry T. Williams, Lyle Isom, Jonathan Lehan.
Duração: 80 minutos
Classificação: 16 anos

12 de Março (domingo)

SESSÃO MATINÊ (Especial para Mulheres)
10h30 – Café com Canela
Direção: Glenda Nicácio e Ary Rosa
Duração: 1h45
Encerramento da Sessão: 12h15

14h – Diários de Classe
Direção: Maria Carolina e Igor Souza
Duração: 1h13
Encerramento da Sessão: 15h15
Intervalo: 30min

15h45 – Sementes: Mulheres Pretas no Poder
Direção: Ethel Oliveira e Júlia Mariano
Duração: 1h40
Encerramento da Sessão: 17h25
Fechamento da Sala:17h40

14 de Março (terça-feira)

14h30 – Sementes: Mulheres Pretas no Poder
Direção: Ethel Oliveira e Júlia Mariano
Duração: 1h40
Encerramento da Sessão: 16h15
Intervalo: 30min

16h45 – Diários de Classe
Direção: Maria Carolina e Igor Souza
Duração: 1h13
Encerramento da Sessão: 18h
Intervalo: 30min

18h30 – Café com Canela
Direção: Glenda Nicácio e Ary Rosa
Duração: 1h45
Encerramento da Sessão: 19h40
Fechamento da Sala: 20h

15 de Março (quarta-feira)

14h30 – Diários de Classe
Direção: Maria Carolina e Igor Souza
Duração: 1h13
Encerramento da Sessão: 15h45

16h20 – Sementes: Mulheres Pretas no Poder
Direção: Ethel Oliveira e Júlia Mariano
Duração: 1h40
Encerramento da Sessão: 18h

16 de Março (quinta-feira)

16h30 – Sementes: Mulheres Pretas no Poder
Direção: Ethel Oliveira e Júlia Mariano
Duração: 1h40
Encerramento da Sessão: 18h10
Intervalo: 20min

18h30 – Diários de Classe
Direção: Maria Carolina e Igor Souza
Duração: 1h13
Encerramento da Sessão: 19h40
Fechamento da Sala: 20h

Confira as sinopses:

Diários de Classe
Diários de Classe” acompanha o cotidiano de três mulheres – uma jovem trans, uma mãe encarcerada e uma empregada doméstica –, estudantes de centros de alfabetização para adultos em Salvador. Embora trilhem caminhos distintos, suas trajetórias coincidem nos preconceitos e injustiças sofridos cotidianamente. O documentário em estilo direto aposta no recorte espacial da sala de aula a fim de se aprofundar no dia a dia dessas personagens, revelando suas tentativas diárias de contornar o apagamento sistemático de suas existências.

Sementes: Mulheres Pretas no Poder
Em resposta à execução de Marielle Franco, as eleições de 2018 se transformaram no maior levante político conduzido por mulheres negras que o Brasil já viu, com candidaturas em todos os estados. No Rio de Janeiro, Mônica Francisco, Rose Cipriano, Renata Souza, Jaqueline de Jesus, Tainá de Paula e Talíria Petrone se candidataram aos cargos de deputada estadual ou federal. O documentário acompanha essas mulheres, em suas campanhas, mostrando que é possível uma nova forma de se fazer política no Brasil, transformando o luto em luta.

Café com Canela
Após perder o filho, Margarida vive isolada da sociedade. Ela se separa do marido Paulo e perde o contato com os amigos e pessoas próximas, até Violeta bater na sua porta. Trata-se de uma ex-aluna de Margarida, que assume a missão de devolver um pouco de luz àquela pessoa que havia sido importante para ela na juventude.

O Massacre
Festa do pijama de um estudante do ensino médio torna-se aterrorizante como um paciente mental de fuga com uma broca que decide bater a noite.

Criaturas das Profundezas
Em uma cidade pesqueira, que já não tem mais o mesmo potencial de pesca, uma indústria pesqueira se prepara para inaugurar sua fábrica de conservas no local prometendo melhores rendimentos e com uma cientista que utilizará uma fórmula para aumentar o tamanho e melhorar a vida dos peixes. Tudo vai indo bem, até que do fundo do mar, aparecem os terríveis peixes-humanos das profundezas.


Premiado “A Cor Púrpura – O Musical” inicia sua turnê 2023


“A Cor Púrpura – O Musical”, apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Bradesco Seguros, iniciou sua temporada em setembro de 2019, fazendo um extremo sucesso de público e crítica, recebendo mais de 100 prêmios.

O espetáculo, com direção de Tadeu Aguiar e versão brasileira de Artur Xexéo, inicia sua turnê 2023 rumando aos palcos do Nordeste para, em seguida, retornar a São Paulo e Rio de Janeiro, e se apresenta em Salvador nos dias 3 e 4 de março na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. Em cena, 17 atores, 90 figurinos, um palco giratório de 6 metros de diâmetro e uma escada curva com sistema de traveling em volta do cenário.

Alice Walker foi a primeira escritora negra a ganhar o Pulitzer pelo seu livro “A Cor Púrpura”, que continua contemporâneo ao retratar relações humanas, de amor, poder, ódio, em um mundo pontuado por estruturais diferenças econômicas, sociais, étnicas e de gênero. O livro foi lançado em 1982. Com direção de Steven Spielberg, a obra foi adaptada para o cinema em 1985, recebendo 11 indicações ao Oscar.

Escrito há mais de 40 anos e vencedor dos Prêmios Pulitzer, Grammy e Tony, “A Cor Púrpura” é um musical baseado em uma história passada na primeira metade do século XX, na zona rural do sul dos Estados Unidos, com personagens típicos dessa região.

O musical apresenta a trajetória e luta de Celie (Amanda Vicente) contra as adversidades impostas pela vida a uma mulher negra, na Geórgia, no decorrer da primeira metade do século XX. Na adolescência, a personagem tem dois filhos de seu suposto pai (Jorge Maya), que a oferece a um fazendeiro local para criar seus herdeiros (entre eles, Harpho – Caio Giovani), lavar, passar e trabalhar sem remuneração.

Ela é tirada à força do convívio de sua irmã caçula Nettie (Lola Borges) e passa a morar com o marido Mister (Wladimir Pinheiro). Enquanto Celie resigna-se ao sofrimento, Sofia (Érika Afonso) e Shug (Flávia Santana) entram em cena, mostrando que há possibilidade de mudanças e novas perspectivas, esperança e até prazer.

A saga de Celie é permeada por questões sociais de extrema relevância até os dias atuais como a desigualdade, abuso de poder, racismo, machismo, sexismo e a violência contra a mulher. Completam o elenco: Majú Tabajiba (Squeak); Suzana Santana (Jarene); Hannah Lima (Doris); Cláudia Noemi (Darlene); André Sigom (Grady – Soldado – Ensemble); Leandro Vieira (Chefe da Tribo Olinka Ensemble); Renato Caetano (Bobby- Ensemble); Thór Junior (Pastor Ensemble); Rodrigo Fernando (Ensemble); Nadjane Pierre (Solista da Igreja Ensemble).

“Quando estava em pré-produção de ‘Love Story, o musical’, um amigo me ligou e perguntou se tinha personagem para ator negro. Ator é ator, negro, branco, japonês, gordo… Encenei a peça somente com atores negros. Comprei os direitos de ‘A Cor Púrpura – O Musical’ em 2018, quando procurava, mais uma vez, algo que me provocasse como artista.

Pra mim, como cidadão e como artista, o espetáculo é uma grande oportunidade, acho importante falar sobre uma mulher que vence; sobre amor; representatividade negra e feminina. A peça tem muito humor e é emotiva.

É um texto de emoção”, detalha Tadeu Aguiar, que atualmente também está em cartaz com “O Incidente – American Son”, que também esteve em cena na Broadway e que levanta uma discussão sobre racismo estrutural; e “Quando eu for mãe quero amar desse jeito”, texto original brasileiro, que, sob o viés de um amor exacerbado, aborda seus desdobramentos nas relações familiares, protagonizado por Vera Fischer.

SERVIÇO
A Cor Púrpura – O Musical
Quando: 3 e 4 de março de 2023 (sexta e sábado), 18h30
Onde: Concha Acústica do Teatro Castro Alves
Quanto:
Arquibancada:
1º lote: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)
2º lote: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia)
3º lote: R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia)
Camarote:
1º lote: R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia)
2º lote: R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia)
Duração: 180 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

VENDAS
Os ingressos para o espetáculo podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Castro Alves (clique aqui para informações de funcionamento) ou no site e aplicativo da Sympla (www.sympla.com.br).

MEIA-ENTRADA
– A concessão da meia-entrada é assegurada em 40% do total dos ingressos disponíveis para o evento.
– O Teatro Castro Alves cumpre a Lei Federal 12.933 de 29/12/2013, que determina que a comprovação do benefício de meia-entrada é obrigatória para aqueles que gozam deste direito.
Clique aqui para mais informações e lista de documentos comprobatórios válidos

Data: 03/03/2023 a 04/03/2023


Exposição sobre o Carnaval em shopping de Camaçari


Foto: Carolina Motta/ Divulgação

A história da festa de Momo, com destaque para o Camafolia, é tema da exposição “De Outros Carnavais”, aberta nesta quinta-feira, 9, no Boulevard Shopping Camaçari. A mostra, que tem curadoria e produção do artista plástico Deo Senna, com colaboração da agente cultural e artesã Selma Solange, exibe peças que propõem uma viagem no tempo, evidenciando elementos que transitam entre diferentes momentos dos Carnavais antigos. Dentre eles, itens de manifestações culturais de Camaçari, a exemplo do Boi Mirim de Parafuso e Bloco Sucuiu.

Para que os frequentadores entrem no clima da folia, o espaço da exposição, no L1, em frente à praça central, foi cuidadosamente ornamentado para uma imersão, com artigos como abadás, fantasias, fotografias e esculturas. Há, ainda, elementos instagramáveis para que os visitantes possam interagir e fazer fotos no local.

Outro destaque da mostra é a história do Camafolia, festa que teve início em 1997, em Camaçari. Nas oito edições em que foi realizada, a folia contou com a participação de grandes nomes da cena musical do Carnaval, como as bandas Chiclete com Banana, Harmonia do Samba, Asa de Águia e É o Tchan. O evento fazia a alegria do folião pipoca durante três dias e chegou a ser considerado a abertura do Carnaval de Salvador, atraindo público de toda a região metropolitana e da capital baiana.

“Para compor a exposição, mostrando a riqueza das manifestações populares, buscamos o acervo de produtores culturais de Camaçari e também de moradores da cidade. A ideia é evidenciar a grandeza da história das festas de Momo, como o Camafolia”, afirma Deo, dizendo que o evento foi responsável por movimentar a economia local e também projetar artistas locais.


“O Caminho dos Mascates” ocupa praças da Ribeira e Rio Vermelho


Fotos James Barretto/Divulgação

Temporada de 02 a 12 de fevereiro da montagem integra o projeto DUO 13 ANOS, do Coletivo DUO, que apresenta repertório em uma circulação por Salvador, Chapada Diamantina, Sertão e Sul do Estado

“Na hora vaga … a vagar / Que eu vou cantar com você / Tô com tempo pra perder e peleja pra ganhar”. Rima o Antônio das Velhas, personagem de “O Caminho dos Mascates”, espetáculo do Coletivo DUO em que música e dramaturgia se borram.

E é neste convocar que este e outros personagens, que também são Antônio – Massangano e Corrente, convidam ao público soteropolitano – principalmente, dos bairros da Ribeira e Rio Vermelho, a dançarem, se divertirem e refletirem a respeito da derrubada de uma muralha, repleta de ilusões – geográficas e racionalistas, que divide “ficcionalmente” o Brasil do Unidos Estados do Nordeste (UENE).

O Coletivo DUO, que está em circulação com o projeto DUO 13 anos, leva o musical O Caminho dos Mascates aos largos da Madragoa (Ribeira), de 02 a 05 de fevereiro, e Mariquita (Rio Vermelho), de 09 a 12 de fevereiro, sempre às 16h. Um total de oito apresentações, com sessão do dia 10 de fevereiro, no Largo da Mariquita, com acessibilidade em Libras.

O espetáculo tem dramaturgia de Denisson Palumbo e interpretação de Israel Barretto (Antônio Corrente), Marcos Lopes (Antônio das Velhas) e Saulus Castro, ator que dá vida ao mascate Antônio Massangano e assina a direção musical.

Uma muralha separa Brasil e Unidos Estados do Nordeste (UENE), em O Caminho dos Mascates. Um plebiscito questiona a população se a muralha deve ou não ser derrubada, muralha que limita movimentos, trânsitos de memórias.

No fluxo de ser e estar nesses territórios estão os mascates – vendedores viajantes constituídos de caminhos -, que carregam em suas malas ausências, histórias e desejos. Viajantes por profissão que vão questionar suas vivências e produzem repentes a partir de dúvidas territoriais.

Neste bailar, o espetáculo tem uma musicalidade que traz a pluralidade dos Nordestes. Baiões, Bois, Aboios, Sambas de roda, Maracatus, Cavalos Marinho, Frevos, Emboladas, Carimbós, Xotes, Xaxados, Serestas e tantas outras sonoridades do Brasil-Profundo. Diversidade de ritmos do Brasil-Profundo que fazem parte da poética musical e dramatúrgica do grupo.

Distópico, o Nordeste se fez e se reinventa, em O Caminho dos Mascates. É dessa necessidade de recriar-se e reerguer-se, que Palumbo cria os Unidos Estados do Nordeste (UENE) e questiona “Com quantos bordados se faz uma bandeira?”. Com direção cênica de Elisa Mendes, o espetáculo é permeado de referências coletivas do ser nordeste, de um povo imaginário que em trânsito construiu um Brasil.

Circulação

O Coletivo DUO, fundado em 2010 por Saulus Castro e Jonatan Amorim e, atualmente, composto pelos multiartistas Saulus Castro, Marcos Lopes, Israel Barretto e Denisson Palumbo, passará com o projeto Duo 13 anos por treze municípios baianos – Salvador, Itabuna, Camacan, Canavieiras, Ilhéus, Rio de Contas, Andaraí, Morro de Chapéu, Lençóis, Ribeira do Pombal, Tucano, Cícero Dantas e Euclides da Cunha – com  cinco espetáculos do seu repertório – O Barão das Árvores, Em busca da Ilha Desconhecida, Jonas: dentro do grande peixe, Memórias do Fogo e a mais recente montagem O Caminho dos Mascates.

Em janeiro, já apresentou os infanto-juvenis O Barão nas Árvores e Em Busca da Ilha Desconhecida, em praças de Salvador – Paripe, Cajazeiras, Itapuã e Ribeira, respectivamente. Depois de passar pelos largos Madragoa (Ribeira) e Mariquita (Rio Vermelho), o DUO volta aos palcos teatrais de Salvador em março e abril com montagens adultas Jonas: dentro do grande peixe (16 a 31 de Março, – quinta a sábado, 19h, no Teatro Sesc Senac Pelourinho) e Memórias do Fogo (06 a 20 de Abril – quinta a sábado, 19h, no Teatro Sesc Senac Pelourinho).

Após quatro meses apresentando os cinco espetáculos na capital baiana, o DUO parte para o interior da Bahia, com os infantis O Barão nas Árvores e Em Busca da Ilha Desconhecida, em Maio, de 11 a 14, pela região da Chapada Diamantina – Rio de Contas, Andaraí, Morro de Chapéu e Lençóis. Ainda em Maio, de 25 a 28, é a vez das terras brasilis do Sul da Bahia receberem o repertório DUO 13 ANOS – Itabuna, Camacan, Canavieiras e Ilhéus.

Por fim, em Junho, de 08 a 11, o Sertão – berço inspirador de algumas obras do Coletivo – será palco para os espetáculos – Ribeira do Pombal, Tucano, Cícero Dantas e Euclides da Cunha.

Além dos espetáculos, o Coletivo DUO realizará atividades formativas por meio de oficinas teatrais, coordenadas e ministradas pelo ator e diretor Antônio Fábio, e a mediação teatral com escolas públicas da Bahia, coordenada por Poliana Bicalho, para aproximar jovens e adolescentes da multilinguagem que forma o grupo – teatro, literatura, poesia, cordel e música

A criação

Quando criado em 2010, o Coletivo DUO se iniciou com o objetivo de  aprimorar a prática teatral dos seus integrantes e o local de encontro foram salas cedidas pelo Colégio Central da Bahia. Depois da entrada de Saulus Castro na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, o trabalho passa a focar o treinamento/vivência do(a) atuante.

Foi quando surgiu a primeira obra, ‘deriva’ (2014 – com Saulus e Uerla Cardoso). A partir de então, foram produzidos 10 espetáculos – somam-se as cinco montagens da circulação o solo O Avô e O Rio (2019, com Israel Barretto), Arraial (2018), Arturo Ui: uma parábola (2017), A Flor da Pele (2016) e Deriva (2014). O projeto DUO 13 anos foi contemplado pelo Edital Setorial de Teatro em 2019 e tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia.

Serviço

O quê: Coletivo DUO 13 anos – temporada espetáculo O Caminho dos Mascates

Quando e onde:

02 a 05/02, às 16h – Largo da Madragoa, Ribeira

09 a 12/02, às 16h – Largo da Mariquita, Rio Vermelho

Perfis do Coletivo DUO

Instagram – @coletivoduoteatro

YouTube – https://youtube.com/c/ColetivoDuo