Exposição sobre o Carnaval em shopping de Camaçari


Foto: Carolina Motta/ Divulgação

A história da festa de Momo, com destaque para o Camafolia, é tema da exposição “De Outros Carnavais”, aberta nesta quinta-feira, 9, no Boulevard Shopping Camaçari. A mostra, que tem curadoria e produção do artista plástico Deo Senna, com colaboração da agente cultural e artesã Selma Solange, exibe peças que propõem uma viagem no tempo, evidenciando elementos que transitam entre diferentes momentos dos Carnavais antigos. Dentre eles, itens de manifestações culturais de Camaçari, a exemplo do Boi Mirim de Parafuso e Bloco Sucuiu.

Para que os frequentadores entrem no clima da folia, o espaço da exposição, no L1, em frente à praça central, foi cuidadosamente ornamentado para uma imersão, com artigos como abadás, fantasias, fotografias e esculturas. Há, ainda, elementos instagramáveis para que os visitantes possam interagir e fazer fotos no local.

Outro destaque da mostra é a história do Camafolia, festa que teve início em 1997, em Camaçari. Nas oito edições em que foi realizada, a folia contou com a participação de grandes nomes da cena musical do Carnaval, como as bandas Chiclete com Banana, Harmonia do Samba, Asa de Águia e É o Tchan. O evento fazia a alegria do folião pipoca durante três dias e chegou a ser considerado a abertura do Carnaval de Salvador, atraindo público de toda a região metropolitana e da capital baiana.

“Para compor a exposição, mostrando a riqueza das manifestações populares, buscamos o acervo de produtores culturais de Camaçari e também de moradores da cidade. A ideia é evidenciar a grandeza da história das festas de Momo, como o Camafolia”, afirma Deo, dizendo que o evento foi responsável por movimentar a economia local e também projetar artistas locais.


“O Caminho dos Mascates” ocupa praças da Ribeira e Rio Vermelho


Fotos James Barretto/Divulgação

Temporada de 02 a 12 de fevereiro da montagem integra o projeto DUO 13 ANOS, do Coletivo DUO, que apresenta repertório em uma circulação por Salvador, Chapada Diamantina, Sertão e Sul do Estado

“Na hora vaga … a vagar / Que eu vou cantar com você / Tô com tempo pra perder e peleja pra ganhar”. Rima o Antônio das Velhas, personagem de “O Caminho dos Mascates”, espetáculo do Coletivo DUO em que música e dramaturgia se borram.

E é neste convocar que este e outros personagens, que também são Antônio – Massangano e Corrente, convidam ao público soteropolitano – principalmente, dos bairros da Ribeira e Rio Vermelho, a dançarem, se divertirem e refletirem a respeito da derrubada de uma muralha, repleta de ilusões – geográficas e racionalistas, que divide “ficcionalmente” o Brasil do Unidos Estados do Nordeste (UENE).

O Coletivo DUO, que está em circulação com o projeto DUO 13 anos, leva o musical O Caminho dos Mascates aos largos da Madragoa (Ribeira), de 02 a 05 de fevereiro, e Mariquita (Rio Vermelho), de 09 a 12 de fevereiro, sempre às 16h. Um total de oito apresentações, com sessão do dia 10 de fevereiro, no Largo da Mariquita, com acessibilidade em Libras.

O espetáculo tem dramaturgia de Denisson Palumbo e interpretação de Israel Barretto (Antônio Corrente), Marcos Lopes (Antônio das Velhas) e Saulus Castro, ator que dá vida ao mascate Antônio Massangano e assina a direção musical.

Uma muralha separa Brasil e Unidos Estados do Nordeste (UENE), em O Caminho dos Mascates. Um plebiscito questiona a população se a muralha deve ou não ser derrubada, muralha que limita movimentos, trânsitos de memórias.

No fluxo de ser e estar nesses territórios estão os mascates – vendedores viajantes constituídos de caminhos -, que carregam em suas malas ausências, histórias e desejos. Viajantes por profissão que vão questionar suas vivências e produzem repentes a partir de dúvidas territoriais.

Neste bailar, o espetáculo tem uma musicalidade que traz a pluralidade dos Nordestes. Baiões, Bois, Aboios, Sambas de roda, Maracatus, Cavalos Marinho, Frevos, Emboladas, Carimbós, Xotes, Xaxados, Serestas e tantas outras sonoridades do Brasil-Profundo. Diversidade de ritmos do Brasil-Profundo que fazem parte da poética musical e dramatúrgica do grupo.

Distópico, o Nordeste se fez e se reinventa, em O Caminho dos Mascates. É dessa necessidade de recriar-se e reerguer-se, que Palumbo cria os Unidos Estados do Nordeste (UENE) e questiona “Com quantos bordados se faz uma bandeira?”. Com direção cênica de Elisa Mendes, o espetáculo é permeado de referências coletivas do ser nordeste, de um povo imaginário que em trânsito construiu um Brasil.

Circulação

O Coletivo DUO, fundado em 2010 por Saulus Castro e Jonatan Amorim e, atualmente, composto pelos multiartistas Saulus Castro, Marcos Lopes, Israel Barretto e Denisson Palumbo, passará com o projeto Duo 13 anos por treze municípios baianos – Salvador, Itabuna, Camacan, Canavieiras, Ilhéus, Rio de Contas, Andaraí, Morro de Chapéu, Lençóis, Ribeira do Pombal, Tucano, Cícero Dantas e Euclides da Cunha – com  cinco espetáculos do seu repertório – O Barão das Árvores, Em busca da Ilha Desconhecida, Jonas: dentro do grande peixe, Memórias do Fogo e a mais recente montagem O Caminho dos Mascates.

Em janeiro, já apresentou os infanto-juvenis O Barão nas Árvores e Em Busca da Ilha Desconhecida, em praças de Salvador – Paripe, Cajazeiras, Itapuã e Ribeira, respectivamente. Depois de passar pelos largos Madragoa (Ribeira) e Mariquita (Rio Vermelho), o DUO volta aos palcos teatrais de Salvador em março e abril com montagens adultas Jonas: dentro do grande peixe (16 a 31 de Março, – quinta a sábado, 19h, no Teatro Sesc Senac Pelourinho) e Memórias do Fogo (06 a 20 de Abril – quinta a sábado, 19h, no Teatro Sesc Senac Pelourinho).

Após quatro meses apresentando os cinco espetáculos na capital baiana, o DUO parte para o interior da Bahia, com os infantis O Barão nas Árvores e Em Busca da Ilha Desconhecida, em Maio, de 11 a 14, pela região da Chapada Diamantina – Rio de Contas, Andaraí, Morro de Chapéu e Lençóis. Ainda em Maio, de 25 a 28, é a vez das terras brasilis do Sul da Bahia receberem o repertório DUO 13 ANOS – Itabuna, Camacan, Canavieiras e Ilhéus.

Por fim, em Junho, de 08 a 11, o Sertão – berço inspirador de algumas obras do Coletivo – será palco para os espetáculos – Ribeira do Pombal, Tucano, Cícero Dantas e Euclides da Cunha.

Além dos espetáculos, o Coletivo DUO realizará atividades formativas por meio de oficinas teatrais, coordenadas e ministradas pelo ator e diretor Antônio Fábio, e a mediação teatral com escolas públicas da Bahia, coordenada por Poliana Bicalho, para aproximar jovens e adolescentes da multilinguagem que forma o grupo – teatro, literatura, poesia, cordel e música

A criação

Quando criado em 2010, o Coletivo DUO se iniciou com o objetivo de  aprimorar a prática teatral dos seus integrantes e o local de encontro foram salas cedidas pelo Colégio Central da Bahia. Depois da entrada de Saulus Castro na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, o trabalho passa a focar o treinamento/vivência do(a) atuante.

Foi quando surgiu a primeira obra, ‘deriva’ (2014 – com Saulus e Uerla Cardoso). A partir de então, foram produzidos 10 espetáculos – somam-se as cinco montagens da circulação o solo O Avô e O Rio (2019, com Israel Barretto), Arraial (2018), Arturo Ui: uma parábola (2017), A Flor da Pele (2016) e Deriva (2014). O projeto DUO 13 anos foi contemplado pelo Edital Setorial de Teatro em 2019 e tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia.

Serviço

O quê: Coletivo DUO 13 anos – temporada espetáculo O Caminho dos Mascates

Quando e onde:

02 a 05/02, às 16h – Largo da Madragoa, Ribeira

09 a 12/02, às 16h – Largo da Mariquita, Rio Vermelho

Perfis do Coletivo DUO

Instagram – @coletivoduoteatro

YouTube – https://youtube.com/c/ColetivoDuo


“O Balé que Você Não Vê” retorna ao palco do TCA


Coreografia Okan. Foto: Célia Santos/Divulgação

A volta por cima. Depois de mais de dois anos sem se apresentar e de quase encerrar definitivamente suas atividades, o Balé Folclórico da Bahia realizou durante o ano de 2022 o Festival Balé Folclórico da Bahia com grande sucesso.

As apresentações no Teatro Castro Alves tiveram as cinco sessões com lotação esgotada. Devido a este enorme sucesso, a pedido do público e a convite do TCA, a companhia retorna com o espetáculo “O Balé que Você Não Vê” para apenas duas apresentações, nos dias 3 e 4 de fevereiro, às 21h.

Considerado um dos principais embaixadores culturais do Brasil no mundo, o grupo de dança afro-brasileira, que já se apresentou em mais de vinte países, quase encerrou suas atividades durante a pandemia. A companhia contou com a ajuda de artistas, admiradores e da população através de uma vaquinha virtual, para se manter nos dois últimos anos.

“Agora, graças à Lei de Incentivo, ao patrocínio da iniciativa privada e a inúmeros apoios, o Balé Folclórico da Bahia voltou com uma programação extensa, robusta, que contempla da formação do seu novo corpo de baile a uma estreia mundial apresentada em novembro, no TCA”, declara Walson Botelho, mais conhecido como Vavá Botelho, fundador e diretor geral da companhia.

“O espetáculo ‘O Balé que Você Não Vê’ é inspirado na luta diária de uma companhia profissional para se manter, tanto financeira como tecnicamente. Além de toda preparação técnica para dança, música, capoeira, canto e teatro, os bailarinos da companhia não aprendem apenas dança afro-brasileira, eles recebem preparação para dança clássica, dança moderna e contemporânea.

É um trabalho árduo e permanente”, conta Vavá. “Poucas companhias de dança privadas sem patrocinador regular conseguem existir por tanto tempo, mantendo um nível de excelência técnica tão elevado e respeito do público e da crítica”, afirma o diretor geral do Balé.

Reconhecimento – Além do reconhecimento do público e da crítica especializada, o Balé coleciona inúmeros prêmios e conquistas importantes. Em novembro de 2013, durante sua 12ª turnê pela América do Norte, o BFB foi homenageado em Atlanta, capital da Geórgia (EUA).

A prefeitura de Atlanta declarou o dia 1º de novembro como o Dia do Balé Folclórico da Bahia no calendário oficial da cidade. Em dezembro do mesmo ano, a companhia ganhou nome de rua na cidade de Aného, no sudeste do Togo, perto da fronteira com o Benim, durante curta temporada na África.

O Balé ganhou inúmeras matérias de página inteira no The New York Times e foi notícia de destaque em vários outros jornais do mundo. Já foi também capa do The Village Voice, uma das mais importantes publicações culturais em Nova York.

O grupo arrebatou a admiração da poderosa Anna Kisselgoff, crítica de dança do The New York Times. “O prazer dos dançarinos, músicos e cantoras em fazer o que eles fazem sobre o palco é tão obviamente parte da vida deles que contagia todo o teatro”, escreveu Kisselgoff.

“Eu já assisti seus maravilhosos bailarinos em diferentes países, sempre se comunicando com o público. Crianças e adultos são tomados de imediato pelos ritmos e encantos de sua arte”, declarou a jornalista numa das suas criticas para o jornal norte-americano.

Em 1994, a Associação Mundial de Críticos reconheceu o BFB como a melhor companhia de dança folclórica do mundo. Ao longo da sua trajetória, o Balé conquistou vários prêmios e reconhecimento. Dentre eles: o Prêmio Fiat (oferecido pela Fiat do Brasil como a melhor companhia de dança do país em 1990); o Prêmio Estímulo (oferecido pelo Ministério da Cultura como a melhor companhia de dança do país e melhor espetáculo de dança do país em 1993).

O Prêmio Mambembão (oferecido pelo Ministério da Cultura como a melhor pesquisa em cultura popular e melhor preparação técnica de elenco em 1996); o Prêmio Bom do Brasil (oferecido pela Varig como um dos cinco mais importantes projetos sócio-culturais existentes no país em 2004); e o Prêmio Mérito ao Turismo (oferecido pela ABRAJET – Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo pelos serviços prestados ao turismo no estado).

Desde 1993, sob a direção artística de José Carlos Arandiba (Zebrinha), a companhia atingiu um nível de aprimoramento técnico-interpretativo, que despertou a atenção dos mais exigentes profissionais e críticos da área de dança. A Bahia, celeiro das manifestações populares no país, tem sido a maior inspiração para as pesquisas do Balé, que, através da dança, música e de outras expressões que compõem o espetáculo, consegue legitimar o folclore baiano em suas coreografias.

“O nosso grande objetivo é a educação. Meu princípio é que cada pessoa faz seu caminho. No Balé, há pessoas de todas as faixas etárias e de todas as classes sociais. A partir do momento que alguém entra por nossa porta, deixa fora um monte de estigma”, afirma o diretor artístico.

Em 2018, quando completou 30 anos, o Balé Folclórico da Bahia foi homenageado pela Assembleia Legislativa da Bahia e pela Câmara Municipal de Salvador. A companhia foi homenageada pela Comissão Especial de Promoção da Igualdade. Na Câmara Municipal de Salvador, por iniciativa do vereador, jurista e professor Edvaldo Brito, a Fundação Balé Folclórico da Bahia também foi homenageada em sessão solene e recebeu da Câmara o título de Utilidade Pública Municipal.

Sobre o Balé Folclórico da Bahia – O premiado Balé, que completou 34 anos em agosto de 2022, já se apresentou em mais de trezentas cidades e 27 países, incluindo Estados Unidos, Itália, Inglaterra, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Nova Zelândia, Austrália, Alemanha, França, Holanda, Suíça, México, Chile, Colômbia, Finlândia, Suécia, África do Sul, dentre outros. “Seguramente, somos um dos principais embaixadores da cultura popular brasileira e afro-baiana para o mundo”, destaca Vavá.

Com sede no Pelourinho, em Salvador, o BFB é a única companhia de dança folclórica profissional do país. Os integrantes da companhia – dançarinos, músicos e cantores – recebem preparação técnica para dança, música, capoeira, canto e teatro. Para preservar e divulgar as principais manifestações folclóricas da Bahia, o Balé desenvolveu uma linguagem cênica que parte dos aspectos populares e atinge questões contemporâneas.

O Balé também possui um segundo corpo de baile, que, durante 27 anos, realizava apresentações diariamente, no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho, tendo como público, principalmente, turistas estrangeiros e de outros estados do Brasil. Com a pandemia, essas apresentações foram suspensas e e serão agora retomadas.

SERVIÇO
Balé Folclórico da Bahia – “O Balé Que Você Não Vê”
Quando: 3 e 4 de fevereiro de 2023 (sexta e sábado), 21h
Onde: Sala Principal do Teatro Castro Alves
Quanto:
R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia), filas A a P
R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia), filas Q a Z11
Classificação indicativa: Livre
É terminantemente proibida a entrada após o início da sessão

VENDAS
Os ingressos para o espetáculo podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Castro Alves (clique aqui para informações de funcionamento) ou no site e aplicativo da Sympla (www.sympla.com.br).


Marcos Machado encena “Fernando Pessoa – O Espetáculo!”


Divulgação

“Fernando Pessoa – O Espetáculo!” aborda a obra do mais famoso poeta português, Fernando Pessoa, e estará em cartaz nos dias 08 e 09 de fevereiro, sempre às 20h, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves (TCA).

A peça teatral traz em cena o poeta e seus heterônimos: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos, interpretado pelo ator e diretor baiano Marcos Machado, que também assina a direção e fez a adaptação dos textos. A grandeza de Pessoa será apresentada ao público em versos, prosa e música.

São 27 anos de existência do espetáculo, um dos mais longevos do teatro baiano, acumulando aplausos em vários palcos e cidades por onde já passou. Segundo Marcos Machado, interpretar o multifacetado poeta português é uma experiência de catarse, porque os textos o transportam ao universo de Pessoa, de uma maneira intensa e sempre como se fosse a primeira vez.

Além de Marcos, o espetáculo conta com a participação especial da grande atriz portuguesa Rita Ferraz, que fará sua estreia em Salvador. A trilha sonora é assinada por Amadeu Alves, que empresta seu talento e experiência e dá ao espetáculo a sonoridade ao vivo e necessária ao entendimento do público, tanto para aqueles que já conhecem a obra do poeta, tanto para aqueles que não conhecem Fernando Pessoa.

SERVIÇO
Fernando Pessoa – O Espetáculo!
Quando: 08 e 09 de fevereiro de 2023 (quarta e quinta), às 20h
Onde: Sala do Coro do Teatro Castro Alves
Quanto: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Classificação indicativa: Livre
É terminantemente proibida a entrada após o início da sessão

VENDAS
Os ingressos para o espetáculo podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Castro Alves (clique aqui para informações de funcionamento) ou no site e aplicativo da Sympla (www.sympla.com.br).


Espetáculo Corpo Presente ocupa o palco da Sala do Coro


Foto Jaitai Ribeiro/Divulgação

Após consagrada temporada por diferentes espaços culturais da cidade, o espetáculo teatral Corpo Presente abre seu novo ano na Sala do Coro do Teatro Castro Alves (TCA). A peça do Grupo de Teatro Finos Trapos traz um relato autobiográfico da atriz Carla Lucena, que busca ressignificar uma tradição do catolicismo e repensar seu luto ao perder a mãe.

O espetáculo fica em cartaz aos sábados e domingos de janeiro, nos dias 14, 15, 21 e 22, sempre às 20h. A entrada custa R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), com venda na bilheteria do TCA ou através do Sympla (https : // bileto. sympla. com. br/ event/ 79412).

Em cena, uma mulher busca através de cartas sem respostas o sentido de sua vida após a perda de sua mãe, em um processo de construção e reconstrução de fios de memórias que a guiam pelo luto. As gavetas de seu íntimo se abrem para revelar segredos e lembranças através de roupas, fotos, histórias, esconderijos e resquícios do que já foi presente. A filha deseja apenas um mergulho cheio de coragem e força ao encarar a ausência e mudança radical de sua vida.

A história tem relação muito íntima com a atriz Carla Lucena. Para ela, perceber que a peça está ocupando outros espaços e se conectando com mais pessoas lhe traz um sentimento de satisfação. “Poder homenagear a minha mãe no maior complexo cultural da Bahia é uma satisfação pessoal e profissional. Ela estaria muito orgulhosa de me ver no placo do TCA. Tenho a certeza de que o público irá se conectar com a minha história, pois ela não é sobre mim, mas sobre os processos da vida”, comenta a atriz.

Para o diretor Thiago Carvalho, Corpo Presente é sobre uma experiência de luto, mas que se conecta a tantas outras. “Este corpo, do qual falamos, é também o corpo de tantas Marias, Lúcias, Jandiras, de mulheres outras que são atravessadas pela despedida, e aqui, nós estamos nos despedindo, mas também, se encontrando com a própria vida. A personagem funde- se com as lembranças e, sobretudo, no desejo do que não foi vivido”, explica.

O espetáculo estreou em junho de 2021 na Casa Preta Espaço de Cultura e foi escolhido para celebrar os 19 anos do Grupo de Teatro Finos Trapos, em um momento que marca o seu retorno aos palcos da cidade. Toda sua montagem é baseada na performance virtual de mesmo nome, indicada ao Prêmio Braskem de Teatro 2021. Em novembro de 2022, o espetáculo entrou em cartaz no Teatro Sesi Rio Vermelho.

A temporada 2023 se inicia por meio da Convocatória para Ocupação Sala do Coro do TCA, que visa a o preenchimento de pautas artísticas do espaço cultural, que é destinado a produções intimistas, experimentais ou de pequeno porte.

Grupo de Teatro Finos Trapos – Composto por uma equipe diversa de músicos, atores, diretores de teatro, figurinistas, o grupo desenvolve um trabalho contínuo de repertório de espetáculos e realização de atividades de pesquisa, produção de eventos culturais e fomento das Artes Cênicas na Bahia. Durante seus 19 anos de atuação, o Finos Trapos trabalhou através do teatro contemporâneo com sotaque regional fundamentado na filosofia do trabalho em grupo e no imaginário da cultura de tradição popular nordestina já possui reconhecimento de público e crítica registrado nas indicações a Prêmios e aprovações em Editais Públicos Estaduais e Nacionais. Além de “Corpo Presente”, fazem parte do seu repertório os espetáculos: “Sussurros…” (2004), “Sagrada Folia” (2005), “Sagrada Partida” (2007), “Auto da Gamela” (2007), “Gennésius – Histriônica Epopéia de um Martírio em Flor” (2009), “Berlindo” (2011), “O Vento da Cruviana” (2014), “Mós Aì Quê” (2018), “Ponta D´areia Pedaço do Céu” (2019) e “Beira de Estrada” (2019).

Sobre a atriz – Carla Lucena é da cidade de Euclides da Cunha, sertão da Bahia. Atriz, fez parte do grupo de teatro Farinha Seca, de Euclides da Cunha, durante 12 anos, tendo como destaque a atuação nos espetáculos A Máquina(2007), Senhora dos Afogados (2008/2012) e no projeto Famulus, com o espetáculo Erva Daninha(2015). Ganhou prêmios de melhor atriz nos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010 no Fórum Intermunicipal de Teatro Amador da Bahia (FITA) e foi indicada como atriz coadjuvante no Festival Ipitanga de Teatro (2012). Sua performance foi indicada a categoria Performance do Prêmio Braskem de Teatro em 2022. Atualmente faz parte de Os Disponíveis de Teatro e da Cia de Revista da Bahia. Atuou mais recentemente nos espetáculos infantojuvenis Pinho ou Fannie (2019), Jackie – A do mal (2020), Dois Cafés (2020), do Grupo Os Disponíveis de Teatro. E, por fim, nos espetáculos adultos, Quem tem Joga (2021), da Cia de Revista da Bahia, e Corpo Presente (2021/2022), em parceria com o Grupo de Teatro Finos Trapos.

SERVIÇO

O quê? Espetáculo Corpo Presente

Quando? 14, 15, 21 e 22 de janeiro, às 20h

Onde? Sala do Coro do TCA

Quanto? R$ 30,00(inteira) e R$ 15,00(meia). Ingressos à venda na bilheteria do Teatro Castro Alves e no Sympla (https : // bileto. sympla. com. br/ event/ 79412)

FICHA TÉCNICA

Direção e texto: Thiago Carvalho

Intérprete-criadora e texto: Carla Lucena

Co-direção e contribuições textuais: Joadson Do Prado

Iluminação: Frank Magalhães

Figurino e adereços: Shirley Ferreira

Cenografia: Yoshi Aguiar

Fotografia(divulgação): Jaitai Ribeiro

Operação de luz: Otávio Correia

Operação de som: Maria Carla

Coordenação de produção: Nathalia Leal

Produção executiva: Bruno Chagas

Mediação cultural: Jones Mota

Assessoria de imprensa: Caio Cruz e Ítalo Cerqueira

Designer gráfico: Lucas Paixão

Fotografia: Amanda Tropicana

Produção audiovisual: Bruno Bittencourt

Assessoria de Imprensa