Celebrações da Semana Santa incrementam turismo religioso no interior


Procissão do Fogaréu Serrinha. Foto/ Divulgação

Um dos segmentos turísticos mais importantes da Bahia é o religioso católico, pelo número de igrejas históricas espalhadas por todo o estado e roteiros que incluem santuários e celebrações da fé do povo baiano. As tradições ganham um significado especial na Semana Santa, que atrai muitos visitantes a municípios do interior.

Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia, a Procissão do Fogaréu é realizada, na quinta-feira santa, em Serrinha, na zona turística Caminhos do Sertão, e completa 90 anos. A comemoração tem o apoio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA). Fiéis fazem o trajeto de cinco quilômetros, da Catedral de Serrinha até a Colina de Nossa Senhora de Santana, levando tochas e velas acesas, para reviver o sofrimento de Jesus. São esperados 35 mil visitantes, a maioria dos 20 municípios da região sisaleira.

“Pessoas saem de casa e buscam a direção de algum lugar que represente o sagrado, a chamada fé peregrina. Por isso, idealizamos a criação de um espaço de acolhimento para esse tipo de turista, e esperamos contar com a ajuda do Estado”, sinalizou o pároco da Catedral de Serrinha, George Roberto.

Em Bom Jesus da Lapa, nos Caminhos do Oeste, cerca de 15 mil visitantes são esperados, nesta semana, para as celebrações da Igreja Católica, em parceria com a Setur-BA. O ponto alto acontece na Sexta-feira da Paixão, quando romeiros da Bahia e de outros estados e moradores da cidade sobem a gruta do Bom Jesus, com 90 metros de altura, reproduzindo a via sacra.

“Temos uma tradição muito bonita, que começa às 5h da manhã, com os fiéis subindo a gruta. As manifestações seguem durante todo o dia, inclusive com  a encenação da Paixão e Morte de Cristo, realizada pelo grupo de teatro da igreja”, relatou o reitor do Santuário da Lapa, padre João Batista.

No município de Monte Santo, nos Caminhos do Sertão, os atos de fé são marcados pela procissão que percorre dois quilômetros até o Santuário de Santa Cruz, na Serra do Araçá, na sexta-feira também. A estimativa é que 10 mil pessoas participem da celebração.

Já em Esplanada, na Costa dos Coqueiros, o destaque é o espetáculo da Paixão de Cristo, realizado há 26 anos em pontos do município. Considerada a maior encenação teatral a céu aberto do litoral norte baiano, ela deve atrair quatro mil visitantes de cidades da região. A apresentação tem o patrocínio da Setur-BA.

“A Semana Santa faz parte da origem do nosso município, que é muito ligado à fé católica. Entramos para o roteiro do turismo religioso da Bahia, em parceria com o Governo do Estado, para incrementar o segmento, atraindo um número maior de turistas”, destacou o prefeito de Esplanada, Nandinho da Serraria.


Tradicional Feira de Caxixis em Nazaré das Farinhas


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Após três anos, o evento mais tradicional de Nazaré, na Bahia, ocorrerá durante a Semana Santa.

A tradicional Feira de Caxixis, organizada pela prefeitura de Nazaré, município da Bahia, será o palco para a exibição de diversos artesanatos fabricados pelos oleiros de Maragogipinho. As peças serão expostas em mais de 250 barracas espalhadas no centro de Nazaré, nas praças Alexandre Bittencourt e dos Táxis, entre os dias 06 a 09 de abril.

A prefeitura da cidade divulgou a programação musical completa da feira, que inclui os artistas Oh Polêmico, Silvanno Salles, Amado Batista, Anna Catarina e La Fúria. Em uma mistura de ritmos, Vitor Fernandes, Nadson O Ferinha, Filhos de Jorge, Kart Love, Mambolada, Danniel Vieira e Marcynho Sensação também estão entre as atrações confirmadas para animar a população e os turistas durante o evento.

Os caxixis, louças confeccionadas a partir do barro, são o destaque do evento. A produção desses artesanatos é típica das olarias da Vila de Maragogipinho, em Aratuípe (BA). A história narra que a feira foi idealizada por um oleiro chamado Patrício, que, há mais de 300 anos, viajou de Maragogipinho até Nazaré para comercializar os caxixis produzidos. Com o sucesso das vendas, outros oleiros se juntaram a ele, originando o evento. Desde então, anualmente, vários artesãos vão para Nazaré expor e vender as suas peças na famosa Feira de Caxixis.

A produção artesanal é uma tradição passada entre as gerações dos oleiros. “Eu aprendi a produzir caxixis com meus pais. Os dois são artesãos há anos e o trabalho de artesanato vai passando de pai para filhos”, revela Davi Lima, presidente da Associação de Auxílio Mútuo dos Oleiros de Maragogipinho (AAMOM).

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Após três anos sem nenhuma edição da festa, os artesãos estão animados com a volta do evento. Davi conta que a preparação dos oleiros está a todo vapor e que há boas expectativas para a venda dos artesanatos. “Estamos muito empolgados pelo retorno da Feira de Caxixis. A pandemia nos afastou dessa belíssima tradição e agora, graças a Deus, estamos de volta”, relata o presidente da AAMOM.

Para além dos tradicionais artesanatos, a feira ainda reúne e celebra outros importantes aspectos da cultura nazarena. Através do “Espaço Tradição”, o evento dará destaque a elementos típicos da gastronomia de Nazaré: a farinha de copioba, a cachaça, os derivados de dendê e os defumados. Neste espaço, os visitantes irão entender o processo de produção desses itens e ainda poderão ver uma demonstração, ao vivo, da fabricação da farinha e dos caxixis.

Os turistas estarão bem servidos com a culinária local. O circuito gastronômico da feira conta com 30 restaurantes e lanchonetes, além de uma praça de alimentação, com diversas barracas e foodtrucks, que será instalada na festa.

A prefeitura de Nazaré está entusiasmada com o retorno do evento e estima que cerca de 100 mil visitantes participem desta edição. Com entrada gratuita, a exposição artesanal mais tradicional do Recôncavo Baiano volta a cativar turistas de todo Brasil, depois de 3 anos.


Festival de Música Salvador Canta acontece domingo


Foto-Montagem: Ascom/FGM

O Teatro do Espaço Boca de Brasa de Cajazeiras, situado no Mercado Municipal do bairro, em Cajazeiras X, recebe a primeira edição do Festival de Música Salvador Canta no próximo domingo, às 19h. O projeto foi contemplado no edital Arte Todo Dia – Ano VI, da Fundação Gregório de Mattos (FGM), e idealizado pelos produtores culturais Marcos Dias e Danilo Stael, com o objetivo de dar visibilidade para talentos musicais.

Com apresentações de 12 intérpretes, que foram selecionados pela curadoria do festival em meio a cerca de 70 inscritos, o evento trará uma diversidade de estilos de músicas brasileiras, MPB, sertanejo, gospel, romântica e outros gêneros. Entre os cantores selecionados estão músicos experientes e novos talentos da área musical do cenário soteropolitano: Umburana, Cristal Azevedo, Sue Moscoso, Madah Gomes, Dan Alves, Kauã Victor, Jully Mota, Alex Pê, Silvia Dias, Emerson Alves, Diego Carmo e Italo Sanches.

Os artistas se apresentarão num palco montado com a banda do festival. Os 12 cantores serão avaliados pelo júri técnico do evento, que decidirá pelo Melhor Intérprete, a ser premiado com o troféu Salvador Canta de Melhor Intérprete pelo Júri Técnico, formado por Luciano Salvador Bahia, Savannah Lima e Jad Ventura. No mesmo dia, haverá também uma votação presencial e on-line, através do site salvadorcanta. com. br e página @festivalsalvadorcanta no Instagram, onde o público decidirá o Melhor Intérprete pelo Júri Popular, que será agraciado com o troféu Salvador Canta e prêmios.

O Festival também conta com dois workshops gratuitos, sendo um de Violão, com Tiago Pinto, ocorrido na segunda-feira (20), e outro de Canto, com Kekedy Almeida, na próxima quinta-feira (24), das 9h30 às 12h. O projeto tem produção da Rede Ubuntu e Aworan e apoio da TVE Bahia, Rádio Educadora FM e Livraria LDM.


Carnaval Ouro Negro lançado no Pelourinho


O tradicional carnaval dos blocos afro de Salvador, contemplado pela 14ª edição do edital Ouro Negro, foi lançado, no Pelourinho, com apresentação das 63 instituições e blocos que estarão na festa esse ano, no dia 15.

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, esteve no evento de lançamento junto ao vice-governador, Geraldo Júnior, ao secretário da Secult, Bruno Monteiro, à secretária da Sepromi, Ângela Guimarães, e outras autoridades.

No palco do Largo Tereza Batista, no Pelourinho, a banda Didá abriu a celebração de lançamento do Ouro Negro, com apresentação do tema do carnaval que marca os 30 anos do grupo de samba reggae, e terá como tema ‘Afrofuturismo: os algoritmos dos búzios’.

A secretária da Sepromi, Ângela Guimarães, responsável por uma das pastas que apoia o edital, destacou que o Ouro Negro é uma política pública fundamental para as ações que as entidades realizam o ano inteiro com seus trabalhos de base na formação de costureiras, musicistas e outros profissionais nas comunidades de Salvador.

“Sem esse apoio, sem esse suporte financeiro de política pública do governo estadual, eles não conseguiriam estar presentes nessa que é a maior festa popular do planeta. Então, é uma ação consolidada, é uma política pública importante de fomento para que essa presença negra no carnaval seja apresentada, porque isso é a própria matriz da cultura baiana”, frisou a gestora.

Durante a cerimônia, o coordenador do carnaval, o vice-governador Geraldo Júnior, lembrou que com o edital, o estado faz um trabalho de reparação à cultura de matriz africana. “É resgatar, por dever de justiça, a história e a cultura desse povo que sempre celebrou o carnaval, viveu o carnaval, criou o carnaval! É o maior investimento da história da Bahia no Ouro Negro, resgatando a cultura e o simbolismo”, declarou.

O secretário da Cultura, Bruno Monteiro, também destacou que esse foi um investimento histórico do Governo do Estado no edital. Foram destinados R$ 7,6 milhões no Carnaval Ouro Negro, por meio das secretarias estaduais da Cultura (Secult) da Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi). Esse ano também foi o que teve maior número de inscritos – foram 199 propostas de 123 instituições.

“Quando o Governo do Estado se dispõe a apoiar, a fazer uma busca ativa, a estar junto, valorizando esse momento, é por entender a importância dessas manifestações para a nossa riqueza cultural, para a nossa melhor tradição cultural da Bahia e para a força que essas entidades dão ao nosso carnaval. Sem essas entidades, o nosso carnaval não seria tão grande, tão belo e tão democrático”, disse.

Para o governador Jerônimo Rodrigues, o carnaval é um momento de celebrar o trabalho realizado pelos blocos e entidades, mas também pelo Governo do Estado, que trabalha em políticas públicas de combate ao racismo e de preservação da memória da população negra e dos povos tradicionais.

“A minha expectativa é que na experiência de 2023 a gente possa aprender mais com esse edital para que em 2024 a gente possa fazer desenhos que possam aperfeiçoar ainda mais o edital, que foi criado para fortalecer esses grupos”, afirmou.

Na ocasião, também estiveram presentes o presidente da Embratur, Marcelo Freixo; o senador Jacques Wagner; o diretor geral do Irdeb, Flávio Gonçalves; o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner; o secretário de turismo, Maurício Barcellar; além da deusa do Ébano, Dalila Oliveira; e outros representantes das instituições que vão compor o carnaval Ouro Negro em 2023.

Sobre o edital

O edital é destinado às organizações de matriz africana dos segmentos afro, afoxé, samba e reggae, que desfilam no Carnaval de Salvador. Durante a folia, o trabalho das entidades e blocos se expressa nas confecções de indumentárias, na música percussiva, nas danças e performances que vão para a avenida.

A seleção se deu por meio de edital público, com análise das propostas e da documentação apresentadas pelas entidades por uma comissão de avaliação de mérito. A relação dos aprovados pode ser conferida no site: http://www.cultura.ba.gov.br/


MUDEIdeNOME anuncia agenda para Carnaval 2023


Foto Fernando Rosa/Divulgação

Após o sucesso do desfile do *Movimento Musical MUDEIdeNOME*, no Furdunço de domingo (12), o grupo anuncia a sua agenda de apresentações do Carnaval 2023. Na quinta-feira, dia 16/02, os músicos Ricardo Chaves, Jonga Cunha, Ramon Cruz e Magary Lord, farão a Abertura Oficial do Carnaval do Circuito Osmar (Campo Grande) no comando da já tradicional Pipoca do MUDEI, às 17h45, Circuito Osmar.

No sábado(18), se apresentam no Carnavalito – folia indoor realizada na Arena Fonte Nova. Para concluir a maratona momesca, o Movimento Musical encerra suas participações no Carnaval 2023 com mais duas edições da PIPOCA, nos dias 19 e 21 (domingo e terça respectivamente), a partir das 12h45, no Circuito Osmar (Campo Grande). Tudo isso em cima do Pranchão, palco móvel criados pelo MUDEI, que permite ao público acompanhar os músicos bem de perto, proporcionando a experiência de brincar lado a lado.

No repertório,  um passeio pela memória afetiva musical dos foliões, valorizando sempre a história do Carnaval de Salvador. São clássicos da música baiana, composições autorais e sucessos que fazem parte da trajetória de cada artista, apresentadas com novos arranjos. Músicas que exaltam a alegria e refletem o espírito de coletividade e espontaneidade dos integrantes.

Feliz com o retorno triunfante da maior festa popular do planeta, Ricardo Chaves fala sobre a expectativa de voltar à avenida: “Depois de dois anos sem a gente poder tocar no carnaval, sem dúvidas nenhuma é uma sensação completamente diferente de tudo que já vivemos. Eu, com 40 anos de carnaval então, nem se fala. Nada se compara a um  retorno como esse. E, para nós do Mudei, vai ser muito bom poder fazer de novo a pipoca na Avenida. A PIPOCA DO MUDEI já é uma tradição do carnaval com o pranchão, e vamos arrastar nossos foliões com a mesma alegria de sempre. Será um reecontro muito especial e vamos continuar fazendo o que a gente faz, levar música com muita energia e descontração”.

CONFIRA A AGENDA DO CARNAVAL 2023

QUINTA, 16/02, ÀS 17h45: PIPOCA DO MUDEI  – Abertura Oficial do Carnaval do Circuito Osmar

SÁBADO, 18/02:  CARNAVALITO (Arena Fonte Nova)

DOMINGO, 19/02, às 12h30: PIPOCA DO MUDEI (Circuito Osmar – Campo Grande)

TERÇA, 21/02, às 12h30: PIPOCA DO MUDEI (Circuito Osmar – Campo Grande)

SOBRE O MUDEIde NOME

O “MUDEIdeNOME” é uma reunião de artistas, cantores, compositores, poetas e pensadores que fazem música com alegria e descontração. Formado por Ricardo Chaves, Magary Lord, Jonga Cunha e Ramon Cruz, o grupo,  que até junho de 2018 reunia-se como Alavontê, traz a proposta de diversão no palco, sem amarras mercadológicas, levando alegria, promovendo convívio e festas temáticas na cidade.  A primeira formação se deu em 2013, e desde então o projeto é considerado um manifesto de grandes histórias, que  exalta a Bahia, a música e valorização da cultura baiana. Juntos, criaram eventos bem sucedidos de marca e público, que se tornaram parte do calendário dos soteropolitanos. Nos últimos cinco anos, conquistaram um público fiel, que comparece sempre em todas as festas temáticas e no carnaval.

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