O Museu Nossa Senhora do Recolhimento dos Humildes, em Santo Amaro, na quarta-feira (24/05), às 10h, abrirá a exposição do artista visual Lucas Nascimento. A …
O espetáculo MAR, da Mimus Companhia de Teatro, realiza neste final de semana, nos dias 19, 20 e 21 de maio, às 20h, suas últimas apresentações desta temporada especial que, no Teatro Molière, celebra os 50 anos da Aliança Francesa na Bahia.
“A primeira semana foi ótima, especialmente sendo o nosso primeiro reencontro com o público presencial. Uma alegria grande pra gente reencontrar o público, olhar nos seus olhos, ouvir os comentários depois da peça, suas percepções e questões, muito bom! Temos ainda mais um fim de semana no teatro Molière e esperamos todos no nosso MAR”, revela a atriz Deborah Moreira.
MAR é um mergulho na poética desenvolvida pela Mimus – Companhia de Teatro, voltada para a exploração da expressividade corporal dos atores, a partir da investigação cênica dos princípios e procedimentos da Mímica Corporal Dramática de Etienne Decroux, em articulação com uma dramaturgia autoral. Com MAR, a Mimus brinca com a teatralidade, atraindo a imaginação do espectador para as situações que vão se delineando ao longo da peça.
Com criação e atuação de Deborah Moreira e George Mascarenhas, MAR, como livre inspiração imagens e histórias da Baía de Todos -os-Santos. Em cena, dois personagens encontram-se à beira-mar em um dia de sol. Em meio às subidas e descidas da maré e às mudanças do tempo, a relação entre eles vai se construindo, compondo-se uma rede de situações, emoções, sonhos e imaginação. O espetáculo debruça-se sobre o movimento, o estado das coisas e os vínculos estabelecidas no convívio com os mistérios do mar.
Criada em 2007, a Mimus realiza atividades de criação cênica, mantendo diversos espetáculos em seu repertório, dentre os quais Alegria de Viver, Jogo da Memória e os solos O tigre e Refazendo Salomé. Além disso, a companhia propõe a formação de artistas, através de cursos, oficinas e conferências e a difusão de pesquisas e modos de criação artística, através da Revista Mimus, publicação eletrônica de acesso gratuito. MAR tem iluminação de Luciano Reis, música de Luciano Salvador Bahia e consultoria de cenografia de RMota cenografia.
Serviço
Temporada do espetáculo teatral MAR
Quando: dias 19, 20 e 21 de maio (sexta a domingo), 20h
Onde: Teatro Molière – Aliança Francesa Salvador
Ingressos: R$40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia entrada)
O Museu de Arte Moderna (MAM Bahia) do Instituto do Patrimônio (IPAC) abre nesta quinta-feira (19.05) a exposição ‘Entreatos II – Frans Krajcberg Novas Aquisições’ que reúne 13 obras do artista, fotógrafo e ambientalista polonês, naturalizado brasileiro, Frans Krajcberg (1921-2017). A mostra está na Galeria 3 do MAM, é gratuita e tem 13 obras do artista. Ainda vivo Krajcberg recebeu os mais importantes prêmios internacionais, dentre os quais o de melhor escultor do mundo pelo conceituado Grande Prêmio de Enku (Japão, 2015).
“Essa exposição é apenas uma das ações de preservação, conservação, institucionalização e promoção das obras de Krajcberg que estaremos realizando neste ano”, explica a diretora geral do IPAC, Luciana Mandelli. A mostra integra a Semana de Museus (16 a 21.05), evento nacional organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), responsável pela política pública de museus no Brasil. A 21ª Semana tem como tema ‘Museus, Sustentabilidade e Bem-estar’. “Krajcberg foi um dos primeiros artistas a cunhar a expressão de sustentabilidade, ao tratar das emergências climáticas e das questões ambientais em geral e, por isso, é a nossa principal atração dessa Semana na Bahia”, completa Luciana.
HISTÓRICO – Segundo a dirigente do IPAC, o acervo de obras de Krajcberg foi disputado historicamente por vários estados brasileiros e por outros países. “Mas tudo foi doado ao Estado da Bahia, pelo artista ainda em vida, doação depois referendada pela Justiça da Bahia em 2022”, detalha Mandelli. Ela informa que o IPAC abriu um Inventário Público para o cadastro e o registro de todo o Acervo Krajcberg e em obediência às legislações criou uma Comissão de acompanhamento.
Parte do acervo de Krajcberg está sendo guardado e tratado no Museu do Recôncavo (Caboto, Candeias) devido ao grande espaço e maquinário especializado disponíveis. “Essa é uma experiência inédita para o Governo da Bahia, já que o Estado é responsável por todas as obras de arte que o artista deixou”, completa Luciana. A diretora anuncia que além da conservação, institucionalização e criação de reserva técnica no Museu do Recôncavo, o IPAC fará a promoção dessas obras. “Estamos construindo parceria com o IBRAM para que algumas coleções do Acervo integrem exposições itinerantes nos museus federais para apresentar e disseminar a obra de Krajcberg em todo o Brasil”, finaliza Luciana.
DESCUPINIZAÇÃO e CINCO EXPOSIÇÕES – O diretor do MAM, Pola Ribeiro, que acompanhou os trabalhos de conservação das obras de Krajcberg no Museu do Recôncavo, informa que o local dispõe de espaços e condições adequadas para o tratamento e a guarda do Acervo de quase 500 peças. “O IPAC inscreveu um projeto na Lei Rouanet via Instituto Pedra, para usarmos tecnologia de ponta, ao montarmos uma bolha de descupinização, a maior da América do Sul, que abriga as obras de arte por 40 dias, tirando o oxigênio, colocando gás inerte, o que elimina isópteros (cupins) e qualquer outro tipo de praga e insetos do Acervo”, diz Ribeiro.
“É muito potente termos simultaneamente no MAM, integrando oficialmente a 21ª Semana de Museus, exposições de Krajcberg, Agnaldo dos Santos, J. Cunha, Rubem Valentim e a Coleção de Arte Popular Lina Bo Bardi, aliados a ações educativas permanentes, oficinas de arte, residências artísticas e outros eventos correlacionados”, finaliza o diretor.
Já o curador da mostra de Kracjcberg no MAM, Daniel Rangel, destaca que as 13 obras serão transferidas para o museu. “O MAM nunca teve obra de Krajcberg e agora recebendo 13 itens de diferentes suportes como esculturas, relevo de parede, pintura, desenho e fotos”, relata. Com a mostra de Krajcberg, o MAM fica com cinco exposições simultâneas, além de ações educativas e artístico-culturais. Informações: telefones (71) 31176132 e 31176139 (segunda a sexta, 9h às 12h e 13h às 15h). Acesse o instagram @bahiamam e site www.mam.ba.gov.br.
Uma viagem que parte da capital baiana, pega as rodovias da esquerda em direção às cidades da Chapada Diamantina no coração da Bahia, desce para a região sul do estado, e, por fim, ascende para o Sertão baiano. Este é o percurso do projeto comemorativo DUO 13 anos, que tem apresentado parte do repertório do Coletivo DUO em praças públicas e teatros da Bahia. Em maio e junho, o grupo pega as rodovias para apresentar os infanto-juvenis O Barão nas Árvores e Em Busca da Ilha Desconhecida.
A circulação se inicia em Maio, de 11 a 14, pela região da Chapada Diamantina – Rio de Contas, Andaraí, Morro de Chapéu e Lençóis. Ainda em Maio, de 25 a 28, o Sul da Bahia recebe o repertório DUO 13 ANOS – Itabuna, Camacan, Canavieiras e Ilhéus. Por fim, em Junho, de 08 a 11, o Sertão – berço inspirador de algumas obras do Coletivo – será palco para os espetáculos – Ribeira do Pombal, Tucano, Cícero Dantas e Euclides da Cunha.
De acordo com idealizador e integrante do DUO, Saulus Castro, a escolha das regiões se deu primeiramente por uma poética territorial e identitária. “Além do nosso desejo de capilarizar nossas produções. A troca de vivências e atividades de formação com outros públicos que, muitas vezes, têm pouco acesso a espetáculos profissionais de teatro. E, sendo eu mesmo do interior do Estado, retornar com este projeto é um imergir naquilo que sou e oferto”, realça Castro.
Além dos espetáculos, o Coletivo DUO realizará a ação Construindo Personas : Oficina para Atuantes Cênicos, a ser ministrada pelo ator e diretor Antônio Fábio, que visa compartilhar técnicas teatrais para a estruturação de um sistema psicofísico para a/o atuante, no que diz respeito a criação de um estado pré-cênico necessário para a construção de personas dramáticas e suas performances.
“Com o DUO 13 ANOS poderemos compartilhar um pouco de nossa arte com diversas regiões da Bahia, mobilizando diretamente o trabalho de cerca de 30 profissionais da Cultura, difundindo nosso repertório”, pontua Saulus Castro, que integra o DUO ao lado dos intérpretes Israel Barreto e Marcos Lopes, e o dramaturgo e poeta Denisson Palumbo.
Circulação
Inspirado no realismo fantástico de Ítalo Calvino, o espetáculo infanto-juvenil O Barão nas Árvores, que tem direção de Guilherme Hunder, traz para o palco a história do menino Cosme Chuvasco de Rondó – filho primogênito do barão de Rondó -, que decide subir às árvores e nunca mais descer. O espetáculo é primeiro solo do ator, palhaço, circense, músico e produtor Marcos Lopes. Preenchidas de poesia e singeleza, as aventuras de Cosme são subterfugio para falar sobre família, temas como sustentabilidade e meio ambiente, valores e cidadania, poder e amor.
“Cosminho é um cidadão do mundo e faz de tudo para preservá-lo. Vira um militante do meio ambiente. E ainda se apaixona por sua vizinha”, explica o ator, ao acrescentar que o multiartista Antônio Fábio assume a assistência de direção e o ator Lineu Gabriel Guaraldo a preparação corporal, que tem como alicerce a manifestação popular do Cavalo Marinho, folguedo da Zona da Mata de Pernambuco, com sua musicalidade, suas figuras, motes e passos.
O Barão nas Árvores – que recebeu duas indicações ao prêmio Braskem de Teatro, em sua estreia em 2018, melhor ator para Marcos Lopes e melhor espetáculo infanto-juvenil – vai circular pelas cidades: Rio de Contas (11), Lençóis (13), Camacan (25), Itabuna (27), e em junho vai para Euclides da Cunha (08) e Ribeira do Pombal (10). “É uma felicidade colocar Cosme para circular entre as árvores da nossa Bahia, principalmente por ser uma obra que dialoga com a realidade de algumas cidades, em que há a preservação da natureza, a brincadeira de escalar árvores”, declara Lopes.
Militar, é alicerçar caminhos para a criação de sonhos e horizontes. Sonhar. Ato de render-se à ilusão, à imaginação, aos desejos. Neste caminho do sonhar, o DUO criou em 2016 o seu primeiro espetáculo infanto-juvenil “Em Busca da Ilha Desconhecida, que traz o conto de dois jovens que desejam encontrar um território nunca habitado. A montagem será apresentada nas cidades de Andaraí (12), Morro do Chapéu (14), Canavieiras (26), Ilhéus (28); e em junho nos municípios de Cícero Dantas (09) e Tucano (11).
Em Busca da Ilha Desconhecida estimula as crianças de todas as idades a perseguirem seus sonhos e resgata referências do imaginário e da musicalidade popular ibérico-nordestinas, notadamente as que se conectam com o mar. Inspirado em “O Conto da Ilha Desconhecida”, de José Saramago, a montagem do DUO tem dramaturgia e encenação de Saulus Castro, que também atua ao lado de Israel Barretto e Marcos Lopes.
“Muito além de trazer para o teatro a obra de um escritor de indiscutível relevância para a história das artes, este projeto traz à tona a construção dos sonhos, de seus alicerces, o que se conecta perfeitamente com a vida de crianças e jovens que estão caminhando seus primeiros passos na relação social. Assim como nós enquanto coletivo artístico”, afirma Saulus Castro, que fundou o DUO em 2010 ao lado do ator Jonatan Amorim, não mais integrante.
Antes de circular pelo interior da Bahia, o Coletivo DUO ocupou praças públicas e teatros de Salvador com estas duas obras – O Barão da Árvores, Em busca da Ilha Desconhecida – e mais três espetáculos do seu repertório, os solos Jonas: dentro do grande peixe, Memórias do Fogo, com Saulus Castro, e a mais recente montagem O Caminho dos Mascates.
“Esta primeira etapa do projeto DUO 13 anos em Salvador foi muito especial. É um revisitar ao nosso repertório, à nossa história e percurso, muito potente pelas ações de Mediação com escolas públicas e outras instituições que realizamos, mas também desafiador devido a diversas circunstâncias inerentes ao próprio projeto”, pontua Saulus Castro.
A criação
Criado em 2010, o Coletivo DUO se inicia com o objetivo de aprimorar a prática teatral dos seus integrantes e o local de encontro foram salas cedidas pelo Colégio Central da Bahia. Depois da entrada de Saulus Castro na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, o trabalho passa a focar o treinamento/vivência do(a) atuante. Foi quando surgiu a primeira obra, ‘deriva’ (2014 – com Saulus e Uerla Cardoso). Compõem ainda o repertório do grupo, os espetáculos À flor da pele, da dramaturga Consuelo de Castro (2017); Arturo Ui – uma parábola, obra baseada no texto de Bertold Brecht no qual a chantagem, a corrupção e a violência dão o tom (2017); Arraial, adaptado da obra Antônio Conselheiro, de Joaquim Cardozo (2018); e o solo de Israel Barretto, O Avô e o Rio (2019).
Projeto
O DUO 13 anos foi contemplado pelo Edital Setorial de Teatro em 2019 e tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia.
Coletivo DUO – 13 anos – circulação Chapada Diamantina, Sul da Bahia e Sertão Baiano
Quando e Onde:
11/05: Rio de Contas – O barão nas árvores, 17h
12/05: Andaraí – Em busca da ilha desconhecida, 17h
13/05: Lençóis – O barão nas árvores, 17h
14/05: Moro do chapéu – Em busca da ilha desconhecida, 17h
OFICINA ANTONIO FÁBIO: Morro do chapéu de 11 a 14/05
25/05: Camacan – O barão nas árvores, 17h
26/05: Canavieiras – Em busca da ilha desconhecida, 17h
27/05: Itabuna – O barão nas árvores, 17h
28/05: Ilhéus – Em busca da ilha desconhecida, 17h
OFICINA ANTONIO FÁBIO: Ilhéus de 25 a 28/05
JUNHO
08/06: Euclides as Cunha – O barão nas árvores, 17h
09/06: Cícero Dantas – Em busca da ilha desconhecida, 17h
10/06: Ribeira do Pombal – O barão nas árvores, 17h
11/06: Tucano – Em busca da ilha desconhecida, 17h
OFICINA ANTONIO FÁBIO: Euclides da Cunha de 08 a 11/06
No Dia Internacional da Dança, 29 de abril, o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) estará na cidade de Alagoinhas, encenando o espetáculo “Viramundo” – outra apresentação da mais nova montagem da companhia oficial de dança da Bahia no interior do estado.
A sessão é acolhida pelo no SESC Alagoinhas, às 19h, com ingresso trocado por 1kg de alimento não perecível. Estreado em julho do ano passado, “Viramundo” celebra os 80 anos de Gilberto Gil e é inspirado pela riqueza da obra deste imortal baiano, sob direção e criação coreográfica de Duda Maia e música original do maestro Ubiratan Marques, executada pela Orquestra Afrosinfônica.
Todo o elenco do BTCA está em cena, ressoando as danças que Gilberto Gil, em sua figura e em sua produção, desperta em seus corpos. Um roteiro musical dançado – ou um roteiro de dança musicada – nasce do acordo criativo entre Duda e Ubiratan. Na conexão entre ancestralidade e futuro, raízes e profecias, sertão e litoral, ecologias e tecnologias, despontam a diversidade, a atemporalidade, a generosidade.
Com e na diferença, evidenciando os potenciais de artistas da dança de gerações, formações e experiências variadas, um olhar democrático de criação evoca a autenticidade e a espontaneidade do movimento. Acolhimento que se reflete em pertencimento, beleza, abraços, muitos abraços. Gilberto Gil é vida e festejo num palco onde todos e todas se divertem. Dança que quer ser Gil. Música que não existe sem Gil. “Perseguimos uma obra essencialmente brasileira, e a textura, a qualidade de movimento, quer trazer o espectador para dentro da cena. Diminuímos a distância entre quem vê e quem está no palco”, descreve a diretora Duda Maia.
Para a criação da trilha sonora original, nascida dos embriões que Gil inventa e ecoa, Ubiratan Marques se baseou em três movimentos de percepção da obra do homenageado: o 1º movimento, Sertão; o 2º, Tropicália; e o 3º, Expresso 2222. São sonoridades que representam sua leitura e remetem às características próprias de Gilberto Gil, misturadas a trechos de suas canções em novos arranjos. A Orquestra Afrosinfônica executa a música, gravada para a circulação fora de Salvador.
No elenco de intérpretes-criadores, estão Adriana Bamberg, Agnaldo Fonsêca, Ângela Bandeira, Cristian Rebouças, Dayana Brito, Dina Tourinho, Douglas Amaral, Evandro Macedo, Fátima Berenguer, Fernanda Santana, Gilmar Sampaio, Jai Bispo, Joely Pereira, Konstanze Mello, Lílian Pereira, Luís Molina, Luíza Meireles, Maria Ângela Tochilovsky, Mirela França, Mônica Nascimento, Paullo Fonseca, Renivaldo Nascimento (Flexa II), Rosa Barreto, Ruan Wills e Solange Lucatelli.
Completando a ficha técnica deste projeto idealizado por Ana Paula Bouzas, ex-diretora artística do BTCA, Renata Mota assina a cenografia, Adriana Ortiz está na iluminação, Hisan Silva e Pedro Batalha, dupla dirigente da marca Dendezeiro, criaram o figurino e o Centro Técnico do TCA assumiu as soluções de cenotecnia. Anna Paula Drehmer e Ticiana Garrido, membros do BTCA, são assistentes de coreografia e Marcelo Jardim é preparador vocal convidado.
Foto Samara-Said-Labfoto/Divulgação
BTCA – Companhia pública de dança contemporânea fundada em 1981, o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) tem direção artística de Daniela Guimarães e é um corpo artístico estável do Teatro Castro Alves (TCA), vinculado à Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e à Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia (SecultBA). Conta no seu repertório com mais de 100 montagens de importantes coreógrafos.
Em sua história recente, destacam-se “Lub Dub” (2017), “Urbis in Motus” (2017), “Tamanho Único” (2018), “CHAMA: Coreografia para artistas incendiárixs” (2018), “A História do Soldado” (2019), em parceria com a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), e “Viramundo” (2022), junto à Orquestra Afrosinfônica. Em 2020, em meio à pandemia da Covid-19, BTCA e OSBA mais uma vez se conectaram para promover colaborações artísticas em parceria, estreando seis criações inéditas encenadas e transmitidas ao vivo pela internet e TVE Bahia, dentro do projeto “Voltando aos Palcos”. Também neste período, BTCA e OSBA estrelaram os filmes “Um Concerto para o Guarda-Roupa” e “Abraço no Tempo”. Em 2021, celebrando seus 40 anos, o BTCA lançou o longa-metragem “A Cidade que Habita em Mim”.
Com intuito de promover a interlocução entre o Circo Novo, artistas circenses que não vivem sob a lona e geralmente possuem residência fixa, e o Circo Tradicional, artistas circenses itinerantes, possibilitando uma troca de conhecimento, estão abertas as inscrições para a Qualificação no Circo, da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
A ação já aconteceu antes, nos anos de 2012, 2013 e 2014, e é um dos projetos estruturantes da Coordenação de Artes Circenses da Funceb. A inscrição está aberta até 14 de maio no site da Funceb e é gratuita.
Podem concorrer projetos de trabalhos artísticos inéditos ou não da linguagem, nas categorias Circo de Lona – grupos de artistas circenses organizados que atuam de forma itinerante; e Formação em Circo – artistas com formação e/ou experiência em transmissão de saberes circenses e que não atuem de forma itinerante.
Serão selecionados três Circos e três artistas formadores. Os prêmios serão de R$ 20 mil para a categoria Circo de Lona e R$ 5 mil para a categoria Formação em Circo, perfazendo o total de R$75 mil de recursos investidos no edital.
“É de fundamental importância que tenhamos em vista a urgência que esta linguagem exige do Estado. É uma linguagem que precisa ser fortalecida, visibilizada, e este edital é um começo deste novo fôlego que os circos itinerantes e profissionais circenses precisam”, afirma a diretora geral da Funceb, PitiCanella.
Poderão participar desta premiação em ambas as categorias: pessoas físicas: com idade igual ou superior a 18 anos, brasileiros natos ou naturalizados domiciliados na Bahia há pelo menos 24 meses e pessoas jurídicas de direito privado com atuação na área cultural há pelo menos 24 meses no estado.
Será formada uma Comissão de Seleção, que trabalhará de modo remoto, composta por cinco membros, sendo três representantes do poder público e dois membros da sociedade, designados pela Diretora Geral da FUNCEB, fruto de consulta pública. A execução das propostas ocorrerá na cidade baiana onde os circos estiverem instalados.
Premiação
Para a categoria Circo de Lona, serão premiados três apresentações de espetáculos de circos de lona itinerantes já existentes e que estejam sendo apresentados nas cidades em que estão instalados. Também serão responsáveis pela realização de Roda de Conversa com o tema Saberes da Itinerância, ambos realizados de forma presencial. O diálogo será gravado e distribuído nas plataformas de Podcasts.
Já na categoria Formação em Circo, serão premiados artistas que tenham projetos de oficinas e/ou capacitações relativas à qualificação do espetáculo circense (ex. dramaturgia, direção, figurino, maquiagem), a serem desenvolvidos presencialmente sob as lonas dos circos itinerantes selecionados neste edital.
Cada Circo de Lona selecionado receberá o artista também selecionado sob sua lona, para recebimento da oficina por sua equipe e apresentação do espetáculo no último dia de realização da oficina. As propostas estão previstas para serem realizadas em julho de 2023.
“Este edital é resultado da determinação do Governo do Estado em reconhecer, valorizar e apoiar a atividade circense na Bahia. Entendemos a importância desse segmento para a cultura baiana e, por isso, esperamos que esse edital, bem como os demais setoriais que serão lançados, possibilite a troca de saberes entre os artistas, ampliando o acesso do público e também potencializando essa importante tradição cultural em todo o estado”, afirma o secretário de Cultura, Bruno Monteiro.
Edital de Qualificação no Circo Quando: Inscrições de 27/3 a 14/5/2023 Onde: site da Funceb – www.fundacaocultural.ba.gov.br Quanto: Inscrições gratuitas