Ruas animadas por bandas e blocos no Carnaval do Pelô


Foto Lucas Rosário/ Divulgação

O Carnaval do Pelô tradicionalmente traz um misto de alegria, fantasias, fanfarras, bandinhas e marchinhas. Em meio a tanta gente e a tanto colorido, representado por pessoas de todas as idades e nacionalidades, os desfiles, que acontecem entre sábado e terça-feira de folia, convidam os foliões para relembrarem o clima dos antigos carnavais.

Neste sábado (22), a partir das 16h, estarão nas ruas a Escola de Samba Unidos de Itapuã, a Banda Percussiva Som do Timbal, Batida no Pelô, Folia Mamulengo, Banda Recordar, Koru Cia de Dança, Bandão Aurora e Folia de Erê .

Na sequência, tem ainda, a partir das 19h, o Bandão do Farias, a Cia de Danças e Folguedos, a Turma do Bassa e o grupo de performance Filó Brincante. Já a partir das 20h tem a bandinha de corda e percussão Paroano Sai Milhó.

Os diversos bandões, bandinhas e grupos de performances continuam realizando os desfiles nos demais dias do carnaval, com primeiro turno iniciando às 16h, e segundo turno sempre a partir das 19h.

Foto Almir Santos/ Divulgação

Carnaval do Pelô – Realizado pelo Governo do Estado, o Carnaval do Pelô traz cinco dias de folia para o Centro Histórico de Salvador, com atrações que contemplam os diversos ritmos e tribos. O Largo do Pelourinho será palco dos principais shows da festa, promovendo encontros musicais variados para marcar a memória de cada folião. Nos largos Pedro Archanjo, Tereza Batista e Quincas Berro D’Água a mistura traz axé, samba, orquestra, antigos carnavais, rap, afro, guitarra baiana, arrocha e reggae, além de bailes infantis para unir toda a família. As ruas do Pelô mantêm a tradição dos desfiles dos grupos e bandas, sempre em clima de animação e muita paz. Tudo isso torna o Pelourinho o circuito mais diversificado e democrático da folia.


Três circuitos de Carnaval em Canavieiras


Foto: Reprodução do Facebook/Prefeitura de Canavieiras

O Carnaval Ser Humano, em Canavieiras, acontece entre os dias 20 a 25 de fevereiro, em três circuitos, com palco na Praia da Costa, no Sítio Histórico, dois trios na Avenida Otávio Mangabeira e uma Tenda com djs. Nos 5 dias de festa mais de 30 artistas passarão pelos pontos e é esperado um público de mais de 10 mil pessoas.

O ponta pé inicial foi ontem,  20 de fevereiro, com a saída do Bloco das Almas, o mais tradicional da cidade. Com mais de 100 anos de existência todos os participantes saem vestidos de branco e máscaras e segue pela Avenida Otávio Mangabeira ao som de marchinhas antigas.

No Sítio Histórico acontecerá o circuito cultural com resgates das músicas tradicionais com marchinhas e charangas a partir das 18h. Já o agito na avenida começa as 22h horas com apresentações de nomes como Boysinho, Sinho Ferrary, Acsão e Kauã Araujo.

No sábado, dia 22 de fevereiro, o palco localizado na Praia da Costa começa as 10h com interatividade, carro de som e shows a partir das 16h. A Tenda Mix receberá 3 djs por dia a partir das 22h animando a galera. Ainda terão desfile de blocos, blocos infantis e apresentações culturais.


Palco do Rock, em Piatã, terá 38 bandas


O tradicional  Festival Palco do Rock , em sua 26ª edição no período de 22 a 25 de fevereiro, terá 38 bandas que vão se apresentar na Praça de Piatã, um local aprazível e gratuito para a galera que não curte o carnaval e quer fugir dos ritmos da festa momesca.

A festa roqueira deste ano fará homenagem ao cantor e compositor Andre Matos, vocalista de bandas ícones do heavy metal brasileiro, como Viper, Angra e Shaman, que morreu de infarto em junho do ano passado, aos 47 anos.

Como tinha sido noticiado anteriormente que a cantora baiana Pitty iria estar presente no festival, no entanto a vinda da roqueira não foi possível. Mas há atrações que já fizeram parte da programação do Palco do Rock como Contrapartida, The Cross, Lo Han, Madness Factory, Muqueta na Oreia, Unconscious Disturbance, Louder, Metacros, Alquimea, Arcantis, Guga Canibal, entre outros.

Programação Palco do Rock 2020 Carnaval de Salvador

 


Carnaval do Rio Vermelho com programação infantil


Foto G1

Uma das novidades do Carnaval 2020 é o Espaço Mix, que vai contar com um palco montado no bairro do Rio Vermelho. O espaço vai abrigar a mistura de ritmos na festa, levando diariamente uma variedade de estilos musicais para os foliões, sendo que no domingo a partir das 10 horas tem festa para a criançada. O evento faz parte dos espaços ecléticos que a Empresa Salvador Turismo (Saltur) programou para a folia deste ano. Os shows começam nesta sexta-feira (21) e seguem até a terça de Carnaval (25), sempre a partir das 16h.

O bairro do Rio Vermelho ganha, a cada ano, mais espaço durante a folia momesca. Em 2019, o local contou com o Espaço das Orquestras. Este ano, as orquestras também estarão presentes, fazendo a abertura dos shows. Em seguida, o palco recebe artistas que primam pela diversidade de ritmos alternativos.

Uma das atrações do Mix, o cantor Márcio Mello ressalta a importância do espaço para o Carnaval: “Hoje em dia você ter um palco alternativo no bairro mais boêmio de Salvador, que é o Rio Vermelho, é meio que um requinte. Eu acho que Salvador precisava disso. A tendência desse palco é crescer a cada ano e ter mais artistas alternativos da terra”, afirma.

Para a folia 2020, Mello segue com o show chamado Solitário Punk. “Viajo o brasil todo com ele. Vamos trazer duas musicas inéditas que ainda não foram gravadas, que é Punk Solitário e Inimigo de Mim Mesmo, canções que estão sendo bem aceitas pelo publico. Também vou cantar musicas de parceiros como Evandro Mesquita, Chorão, Titãs, Raul Seixas, que são ídolos e amigos meus e sempre renovo a homenagem para eles”, revela.

Programação – Nesta sexta-feira (21), a folia do Mix terá a Orquestra Fred Dantas, Rumpilez, Samba Maria, Mr Armeng e Marcio Mello. No sábado, a festa contará com a Orquestra Paulo Primo, Dj Leandro Vitrola, Diamba, Alexandre Leão, Skanibais e Clariana. No domingo, a Orquestra Zeca Freitas abre a folia, seguida de Quabales, Bailinho de Quinta, Larissa Luz, Nara Couto e Marcia Castro. Na segunda-feira, a Orquestra Sanbone leva seu suingue, sendo seguida por DJ Telefunksoul, Hiran, Maglore, Brena e Xênia França. Na terça-feira, último dia de evento, será a vez da Orquestra Sergio Benutti, Tabuleiro Musiquim, Madina, Nêssa, Pedro Pondé e O Quadro.

O Espaço Mix também contará com uma programação infantil, de domingo (23) a terça-feira (25), a partir das 10h. No domingo, se apresentam Canela Fina e Stripulia. Na segunda, a festa fica por conta da Cadeira de Brin e, logo depois, vem o Espaço Musical. Terça-feira a animação fica por conta da Casinha de Brinquedo e do Show da Lore.

Gastronomia – O bairro do Rio Vermelho se destaca pela vida noturna, charme, localização, segurança e opção diversificada de pratos e bebidas. Lá se encontra a Vila Caramuru, inaugurada em 2016, juntamente com a nova orla do bairro. A vila abriga 11 restaurantes, bares, sorveteria e lanchonetes, com opções diversas como hambúrguer gourmet, mix de frutos do mar, camarão encapotado, risoto de camarão, moqueca, sarapatel, feijoada e picanha na chapa.

O horário de funcionamento varia para cada estabelecimento, mas, em geral, as sextas, sábados, domingos e feriados o atendimento inicia por volta das 11h e vai até a madrugada. Lá é possível encontrar estabelecimentos tradicionais como o Caminho de Casa e a sorveteria A Cubana, além de Jam Burguer, Country Grill, Auge da Baiana, Pai Inácio, RV Lounge e Maria da Vila.


Riqueza cultural dos blocos afro no Carnaval Ouro Negro


Filhos de Gandhy. Foto André Frutuôso/Divulgação

Fundamentado nas matrizes que construíram a nossa história, expressadas através das danças e musicalidade dos blocos afro e dos afoxés, na alegria e no gingado do samba, na força e balanço do reggae, que integram o Carnaval Ouro Negro em 2020. Com a diversidade de gerações e de ritmos que ocupam os palcos do Carnaval do Pelô, e que ainda toma conta das ruas mantendo a tradição que une os foliões no Centro Histórico. Por meio destes projetos de grande participação comunitária e popular, o Carnaval da Cultura, que integra o Carnaval da Bahia, do Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura, dá continuidade às políticas de preservação e democratização na maior folia do mundo, que segue colorida, diversa e com o espírito folião que contagia todo baiano.

Pelô – Com o tema 70 Anos do Trio Elétrico, o Carnaval da Bahia traz uma justa homenagem à revolução que Dodô e Osmar provocaram na folia. No palco do Carnaval do Pelô, em noite de abertura, os Irmãos Macêdo – Armandinho, Betinho, Aroldo e André – herdeiros de Osmar e mantenedores desta história, vão trazer um repertório que se mescla a fatos históricos da folia baiana. A abertura será sexta-feira (21), às 20h, no Largo do Pelourinho, palco principal da festa no Centro Histórico. A festa terá continuidade com mais um grande mestre da música brasileira, a história do carnaval da Bahia está ligada à dele, Moraes Moreira. A apresentação está marcada para 22h30. Finalizando a primeira noite de folia, sobe ao palco a cantora Amanda Santiago, levando a sua “batucada brasilady” para o carnaval.

Durante cinco dias de folia, o Carnaval do Pelô promove encontros no palco principal, reunindo gerações e nomes que à primeira vista podem parecer contrastar, porém no palco demonstram integração e sintonia. Os largos Pedro Archanjo, Tereza Batista e Quincas Berro D’Água unem as diferentes tribos, com uma grande diversidade de ritmos e atrações. Pelas ruas o clima é de carnaval das antigas, subindo e descendo na companhia das bandas e performances. E para completar a festa, vibrando com as comemorações dos 70 Anos do Trio Elétrico, o folião pipoca vai atrás dos microtrios e nanotrios, que encantam com criatividade e os sons dos diversos carnavais.

Juliana Ribeiro. Divulgação

Os shows selecionados pelo Projeto Três Artistas começam no sábado (22) de folia, e começa com um encontro potente entre expoentes da música brasileira contemporânea, a carioca Ava Rocha, o paulista Leo Cavalcanti e o maranhense Negro Leo. Dando continuidade, o soteropolitano Raul Seixas, que se ainda estivesse vivo completaria 75 anos no ano de 2020, é homenageado por Bruna Barreto, Irmão Carlos Psicofunk e Orí, no show Raul 75, que mergulha na sua obra. O domingo (23) convida a uma viagem no tempo pelos carnavais da Bahia, de Pernambuco e outros da região, com o show Pelô Nordeste, Janaína Carvalho, Lala Carvalho e Pedro de Rosa Morais. A história do carnaval, passando pelas marchas carnavalescas, os sambas-enredo, a guitarra baiana e o samba reggae, caracteriza o show De Chiquinha a Moraes – A História Cantada do Carnaval, com Juliana Ribeiro, Morotó Slim e Peu Meurray.

Dando continuidade aos projetos selecionados, a força e a ancestralidade das grandes Iyalorixás e Alabês inspiraram “Pradarrum – Saudação às matriarcas”, que abre a noite segunda-feira (24) no Carnaval do Pelô, reunindo as potências do percussionista e alabê baiano Gabi Guedes, do griô senegalês Doudou Rose Thiorne e da cantora e compositora brasiliense Rose Thiorne. Movidos pela paixão ao samba, os cantores Simone Mota, Mazzo Guimarães e Luciano Salvador Bahia trazem o show “Eu Sambo Mesmo”, que traz grandes homenagens a compositores baianos do gênero.

Terça-feira (25), dia de encerramento do Carnaval do Pelô, um dos grandes mestres da cultura popular, o repentista Bule Bule, se reúne ao cantor, compositor e violonista santamarense Roberto Mendes e à mansa fúria de Josyara para trazer ao palco o “Som Interior – Trovas Violadas de uma Bahia Profunda”. Em seguida, o contrabaixista, compositor e arranjador Luciano Calazans, ao lado de Alexandre Vieira e Cesário Leoni, apresenta “Ivetes, Maria Brasileira”. Encerrando as apresentações do projeto três artistas, Lazzo Matumbi, Skanibais e Duda Diamba apresentam TRIUNIDADE, no qual propõem um passeio musical cheio de misturas e influências mundiais, comprovados pela experiência e trajetórias dos artistas envolvidos.

Gal do Beco. Divulgação

Atrações dos estilos afro, antigos carnavais, arrocha, axé, guitarra baiana, rap, reggae, samba e orquestras, selecionadas via edital, promovem a mistura que promete balançar a folia nos largos Pedro Archanjo, Tereza Batista e Quincas Berro D’Água. Samba do Vai Kem Ké, Bailinho de Quinta, Clécia Queiroz, Dionorina, Mr Armeng, Vandal, Mavi, Gal do Beco e Orquestra Fred Dantas são alguns dos destaques entre os nomes que irão movimentar os cinco dias de programação. Também tem opção para a criançada no Largo Pedro Archanjo, de sábado a terça-feira, sempre às 15h30, com os bailes infantis, que serão comandados por CadeiraDeBrin, Grupo Pé de Lata, Gatos Multicores e PUMM – Por um Mundo Melhor.

Quem ama o Carnaval do Pelô já sabe que não podem faltar os bloquinhos formados por bandinhas, bandões e grupos artísticos de performances, encantando no sobe e desce das ruas e ladeiras do Centro Histórico. Os desfiles acontecem de sábado a terça-feira, das 16h às 21h. Dentre as atrações, têm Escola de Samba Unidos de Itapuã, Folia Mamulengo, Cia de Danças e Folguedos, Filó Brincante e Paroano Sai Milhó.

A comemoração dos 70 anos do Trio Elétrico fica mais completa com a inventividade e o som contagiante dos microtrios e nanotrios que movimentam o folião pipoca. Estão dentro da folia os microtrios Banda Marana, Tuk Tuk Sonoro & Sylvia Patrícia, Los Cuatro, Rural Elétrica, Maíra Lins – Buteco Elétrico, e Microtrio Ivan Huol – Em Águas. Do lado dos nanotrios, a festa por conta de Bike Axé, Pelô Bossa Reggae, Coletivo Di Tambor e Rixô Elétrico.

Banda Didá. Divulgação

Ouro Negro – O Governo do Estado segue fortalecendo o carnaval dos blocos de matrizes africanas através do edital Carnaval Ouro Negro, que comemora 13 anos estimulando a participação de agremiações oriundas das diversas comunidades de Salvador, que tem na folia o ápice para as diversas atividades sociais que são desenvolvidas ao longo do ano. Indumentárias, toques percussivos, danças, performances e cantos fazem parte dos espetáculos, que trazem em si a força da ancestralidade e da tradição. 49 blocos, das categorias afro, afoxé, samba e reggae desfilam este ano com o apoio.

O bloco afro Olodum destaca-se no ano de 2020 com um tema que exalta a força feminina, homenageando as grandes mulheres que fizeram parte da sua história de mais de 40 anos, “Mãe, Mulher, Maria, Olodum – Uma História das Mulheres”. Um momento imperdível de todo ano é a tradicional saída do bloco de sua comunidade, no Pelourinho, na sexta-feira de carnaval, movimentando o circuito Batatinha antes de seguir para a avenida. Blocos afro comandados e formados por mulheres também reafirmam a sua força nos dias de desfile. Homenageando a Mãe Stella de Oxóssi, A Mulherada desfila no circuito Osmar no primeiro dia de carnaval, quinta-feira, às 17h. O bloco afro Didá, que tem um trabalho social e cultural voltado para crianças e mulheres no Centro Histórico de Salvador, acredita no tambor como base educacional, e leva seu samba reggae, que consideram uma ferramenta de transformação social, para o Carnaval Ouro Negro. O tema do desfile será “Didá Iabá Mãe Natureza Guerreira, Natureza Mãe Mulher”.

Da categoria samba, um dos destaques mais celebrados será o bloco Alvorada, com o desfile que comemora os seus 45 Anos. Bloco pioneiro de samba da folia e da sexta-feira de carnaval na capital baiana, que não existia até 1975, a agremiação levará para a avenida este ano o tema “45 anos depois”, contando sua própria história. Na quinta-feira, dia mais movimentado para os blocos de samba do Ouro Negro na avenida, o Alerta Geral abre os festejos esbanjando elegância com o chapéu Panamá. Proibido Proibir, Pagode Total, Fogueirão, Na Moral, Samba e Folia, e o Rodopiô, que integra pela primeira vez o programa, são alguns dos demais blocos contemplados.

Muzenza. Foto/Arquivo

As agremiações Reggae O Bloco e o Ska Reggae levam para a avenida um pedido de paz, em sintonia com os valores divulgados pelo ritmo jamaicano, e mantendo a tradição dos blocos de reggae, que marcam a história da folia carnavalesca.

O Afoxé Filhos de Gandhy, fundado em 1949, sendo a agremiação mais antiga contemplada pelo edital, traz para o carnaval 2020 o tema Omolú – Obaluayê, Deuses da Terra, da Doença e da Cura. O tapete branco da paz se estende na avenida, mas antes disto, no domingo, é tradição o Padê de Exú, que no Largo do Pelourinho abre os caminhos para o desfile do bloco. Entre outros afoxés contemplados este ano, os Filhos do Congo homenageiam ao Herói Negro Juliano Moreira, Pai da Psiquiatria, levando uma importante reflexão e referências históricas para o desfile.

Dentre outras agremiações contempladas pelo Carnaval Ouro Negro em 2020 estão Cortejo Afro, Muzenza, Laroyê Arriba, Quero Ver o Momo, Blocão da Liberdade, Tambores e Cores, Bloco da Saudade, Gera Dois, Mutantes e o bloco infantil Ibeji.