Filhos de Gandhy na avenida


O afoxé Filhos de Gandhy desfila com o tema “Diáspora Africana – A travessia não me abateu… Tornou-me forte!!”. . São 68 anos de desfile na avenida e no último dia oficial de folia (28), às 15h, a entidade volta a desfilar da Praça Castro Alves a Carlos Gomes até o Campo Grande para descer a Avenida Sete de Setembro. O bloco conta com 80 percussionistas entre chão e trio e três mil associados.

O objetivo do tema é mostrar que, mesmo diante das dificuldades enfrentadas, o povo negro conseguiu conquistar coisas positivas. “O destaque do bloco é essa essência masculina que foi mantida. Esse ano, esperamos um Carnaval de muita paz”, disse o vice-presidente do bloco, Chico Lima.

O Afoxé Filhos de Gandhy, como reza a tradição, desde os primórdios do bloco, fundado por trabalhadores da estiva,no dia 18 de fevereiro de 1949, em sua maioria afrodescendentes que cultuavam o candomblé, no primeiro dia de desfile (domingo), antes de saírem tem que fazer o ritual “padê”, no Largo do Pelourinho, próximo à sede. Trata-se de um ritual aos orixás, na qual pedem a Exu permissão, oferecendo alimentos e bebidas, com o objetivo de que não perturbe os trabalhos com seu lado brincalhão e que permita a boa vontade dos orixás, invocados no culto.

Após a conclusão da oferenda foi lançado um pombo branco da paz e o grito de saudação dos componentes: Ajayô! E o bloco pôde ir em direção à avenida,  levando as cores dos orixás protetores, o branco de Oxalá e o azul de Ogum. E, conforme a tradição, os componentes jogam alfazemas nas mulheres e oferecem até colares para as fãs.

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