Lançamentos do livro “Jimú: Memória das Águas” em Paulo Afonso


Divulgação

A publicação, que será distribuída gratuitamente nos dias de lançamento, é uma imersão nas tradições religiosas afro-brasileiras dos orixás e egunguns

Em cada canto, um conto e encantado. É borrando as fronteiras e deixando rastros de memórias ancestrais ficcionadas das andanças pelos caminhos encantados da velha Ilha de Itaparica, que a escritora Aislane Nobre tem espalhado seu mais novo livro “Jimú: Memória das Águas”. Primeiro, em águas nascentes, na Ilha de Itaparica. Em seguida, nas águas de Conceição de Feira (Recôncavo Baiano). Aportou em Salvador e finaliza em Paulo Afonso.

A publicação, que vem sendo distribuida gratuitamente em formato impresso e virtual (www.universojimu.com.br), será lançada dias 18, 22 e 23 de novembro, em Paulo Afonso, no Colégio Democratico Quiteria Maria de Jesus, no Instituto Federal de Ciências e Tecnologia da Bahia (IFBA Paulo Afonso) e no Instituto Ser Tão Cultural (no Povoado Juá), respectivamente. Sempre às 09h. Vale pontuar que, após os lançamentos, o livro será vendido no site.

“Jimú: Memória das Águas” se baseia nas memórias de Edith Nobre, que desde a infância vivencia os mistérios da religiosidade afro-brasileira no seu cotidiano e que é inspiração para a personagem principal, a menina Jimú, cuja trajetória permeia cada narrativa, oferecendo ao leitor uma imersão nas tradições religiosas afro-brasileiras – orixás e egunguns.

As narrativas – que capturam a rica conexão espiritual e cultural familiar – foram escritas e ficcionadas pela artista visual Aislane Nobre, sua sobrinha e, vez por outra, testemunha ocular dessas andanças ficcionadas. “As histórias de Jimú fazem parte de quem eu sou. A história da Blusa Bordô, por exemplo, aconteceu comigo; eu sou Ada, a sobrinha de Jimú. E, muitas vezes, sou a própria Jimú”.

Nesta reedição, revisada e ampliada, o livro conta com 22 textos e estão sendo disponibilizados 10 vídeos que narram algumas das histórias presentes no livro, que podem ser acessados no site oficial do projeto e no YouTube, com áudio e tradução em Libras, ampliando a experiência de leitura para um público mais inclusivo.

A edição conta com a apresentação de Juliana Piauí, o prefácio de Cléo Martins, diagramação de Thais Mota e Andréia Silva, capa e grafismos de Tassila Custodes, e ilustrações de Ludmila Mendes de A. Nobre, Nathália Nobre da Silva, Luiza da S. Nobre, Isabelle Mendes de A. Nobre, Maria Júlia Nobre da Paixão e Aislane Nobre e posfácio de Edith Nobre e Maisa Paulo.

Memória

Foto: Daniel Pita/Divulgação

A autora de “Jimú: Memória das Águas” conta que o culto a Egungun sempre trouxe um quê de magia para sua vida e sempre a fez enxergar a vida e a morte de forma poética. “Meu avô Arivaldo B. Nobre, falecido em 1994, é Egungun do Omô Ilê Agboulá, minha tia Ditinha tem posto nesse terreiro também. Fomos iniciadas na casa fundada por meu tio Avô, Moacyr B. Nobre (Oguntosí), o Ilê Axé Ogun Alakayiê, que em vida tinha o cargo de Balogun do Omô Ilê Agboulá”, descreve Aislane Nobre,

Nascida na Ilha de Itaparica, Aislane é uma artista visual, escritora e candomblecista, cujas obras são profundamente influenciadas pela espiritualidade e tradição afro-brasileira. Atualmente realiza seu doutorado no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV-UFBA). Em sua atual pesquisa, intitulada “Ewás, uma poética da transformação: cor da pele e afetividade de uma família inter-racial no processo criativo contemporâneo”, investiga questões de cor e afetividade, utilizando como base a cosmovisão Yorubá.

O projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.

FICHA TÉCNICA DO LIVRO

autora Aislane Nobre

colaboradores Edith Nobre, Eduardo Barbosa e Maisa Paulo

transcrição Eduardo Pereira

edição e revisão Deisiane Barbosa

projeto gráfico Deisiane Barbosa e Thais Mota

diagramação Thais Mota e Andréia Silva

comunicação Lucas Morassi e André Silva

edição de áudio e vídeos João Acácia

intérprete de libras Lucas Sol

prefácio Cléo Martins

apresentação Juliana Piauí

glossário Eduardo Barbosa

posfácio Edith Nobre e Maisa Paulo

ilustrações Aislane Nobre, Ludmila Mendes de Andrade Nobre, Nathália Nobre da Silva, Luiza Nobre da Silva, Isabelle Mendes de Andrade Nobre e Maria Júlia Nobre da Paixão

ilustração de capa e grafismos Tassila Custodes

 

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