Cachoeira: estreias mundiais e filmes engajados no festival de documentário


Festival de documentário acontece entre os dias 4 e 10 de setembro e também terá uma programação musical, com as atrações Àttøøxxá, Funfun Dúdú, Samba de Chula de São Braz, entre outras. O festival é gratuito e aberto ao público com apoio do Fundo de Cultura.

O VIII CachoeiraDoc – Festival de Documentários de Cachoeira traz nesta edição uma programação de filmes inéditos e engajados. O evento, um dos mais importantes festivais de documentário do país, acontece entre os dias 4 e 10 de setembro, em Cachoeira, no Cine Theatro Cachoeirano e no Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CAHL/UFRB).

O festival é uma realização da Ritos Produções e do Grupo de Estudos e Práticas do Documentário, do Curso de Cinema e Audiovisual da UFRB, e conta com o apoio financeiro do Fundo de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) desde a sua primeira edição, em 2010. Mais informações podem ser obtidas no site www.cachoeiradoc.com.br.

Neste ano, serão exibidos 65 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens. Deste total, cinco são inéditos e vão estrear no CachoeiraDoc: “Por trás da linha de escudos” (PE, 2017, 100 min.), de Marcelo Pedroso, “Escolas em luta” (SP, 2017, 77 min.), de Eduardo Consonni, Rodrigo T. Marques e Tiago Tambelli, “Em Nome da América” (PE, 2017, 96 min.), de Fernando Weller, “Onde começa um rio” (PE, 2017, 75 min.), de Julia Karam, Maiara Mascarenhas, Maria Cardozo e Pedro Severien, e “Quilombo Rio dos Macacos” (BA, 2017, 120 min.), do cineasta baiano Josias Pires, que abre o festival, no dia 5 de setembro, às 19h30, no Cine Theatro Cachoeirano. Entre os destaques desta edição estão as mostras Cinemas de Lutas (Corpos em Lutas, Memórias de Lutas e Sessões Especiais), que exibem documentários nacionais e internacionais, contemporâneos e históricos, de intervenção social, engajados e militantes. As mostras Corpos em Lutas e Memórias de Lutas tiveram a curadoria da renomada pesquisadora francesa Nicole Brenez, de Amaranta Cesar e do crítico de cinema Victor Guimarães (MG).

Homenagem a Luiz Paulino dos Santos – A oitava edição do CachoeiraDoc vai homenagear o cineasta baiano Luiz Paulino dos Santos. No dia 10 de setembro, às 14h, no Cine Theatro Cachoeirano, será exibido o documentário “Índios Zoró: antes, agora e depois?” (Brasil, 2016, 70 min.). O filme é um retorno do diretor Luiz Paulino à comunidade dos índios Zoró, após trinta anos da filmagem de um curta-metragem sobre os costumes e práticas dos índios. A sessão será comentada pelo cineasta Edgard Navarro.

Colóquio e oficina – Na programação do festival acontece também, nos dias 4 e 5 de setembro, o VI Colóquio Cinema, Estética e Política, organizado pelo Grupo Poéticas da Experiência, vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O colóquio busca a inclusão de novos saberes no espaço da universidade, com o convite a mestres, mestras e lideranças das comunidades indígenas, quilombolas e dos terreiros para compor sua programação.

O minicurso “Montagem, uma forma que pensa” será ministrado por uma das mais importantes montadoras do país, Cristina Amaral. A atividade acontece nos dias 6 e 7 de setembro. Cristina trabalhou com importantes diretores do cinema brasileiro, especialmente com Carlos Reichenbach e Andrea Tonacci, e foi premiada em festivais, como Gramado e Brasília.

O festival – O CachoeiraDoc – Festival de Documentários de Cachoeira busca fomentar a difusão e a produção de documentários, assim como a discussão sobre o gênero, por meio de oficinas, debates, ciclo de conferências e exibição de filmes. Nas sete edições anteriores, cerca de 15 mil pessoas assistiram a mais de 260 documentários, muitos deles inéditos na Bahia e Brasil.

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