Dique do Tororó: caminhada, passeio de barco, pescaria e muito mais lazer


Foto de Hans Sterkendries

Um dos locais mais belos e atrativos de Salvador, um verdadeiro encontro com a natureza, praticamente no centro da cidade é o Dique do Tororó. A lagoa, onde patos, gansos, garças, pássaros e flores azem parte da paisagem natural, é também rodeada por árvores centenárias e possui 110m³ de água, 25 mil m²  de área, extensão de 1,6km e profundidade máxima de 5,6m. (Por Noemi Flores)

Inúmeras pessoas, que desejam uma ótima preparação física, preferem as pistas ao redor da lagoa para realizarem suas corridas e caminhadas em meio a uma vegetação saudável. E também para a prática da pescaria, uma boa opção para quem visita a cidade com familiares, dentre estes crianças e adolescentes. Inclusive tem quem alugue varas e iscas para aqueles que só querem praticar o esporte.

A pescaria no Dique é permitida, onde o pescador pode encontrar alguns peixes como tilápia, surubim, pacu e tucunaré. Esporadicamente a Bahia Pesca, vinculada à Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia (Seagri), faz repovoamento do manancial de tilápia, geralmente solta cerca de cinco mil peixes. Uma iniciativa que tem como objetivo estimular o fortalecimento da pesca esportiva e a atividade de subsistência no local.

Próximo à Arena da Fonte Nova o dique é o único manancial natural da cidade, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Ótimo lugar para o visitante passar momentos deliciosos em plena natureza, pois tem equipamentos de lazer e ginástica, a ciclovia,  além da opção de passeio em pedalinhos  e pequenos barcos em plena lagoa, apreciando tudo de mais belo que a natureza oferece.

Pode-se passar horas e horas sem se preocupar com o que comer ou beber porque lá e ao redor encontra-se bares e restaurantes que servem pratos apetitosos e bebidas a gosto. E tem também quiosques e vendedores ambulantes com coco verde, refrigerantes e cervejas em lata.

A beleza das esculturas na paisagem

Apreciar a beleza do Dique, um local de reverência a Oxum, a Rainha das Águas Doces, crença do Candomblé, religião de raiz africana, seguida por seus descendentes e adeptos. E foi assim que o artista Tati Moreno quis homenagear este sincretismo baiano produzindo 12 esculturas com sete metros de altura cada, que representam 12 orixás.

Oito estão nas águas do dique formando uma visão bela do local, são elas: Oxum, orixá da água doce, prosperidade e riqueza; Xangô, orixá do fogo, do trovão, do raio e da justiça; Ogum, orixá da guerra; Oxalá, pai  de todos os orixá e mortais; Oxossi, orixá da caça e da fartura; Nanã, senhora da morte e da ressurreição; Iansã, orixá dos  raios e do fogo; e Iemanjá orixá das águas salgadas.

As esculturas citadas formam a Roda dos Orixás no dique, segundo os seguidores do sincretismo estão em posição de Xirê. Já na terra estão as esculturas de Oxumaré, orixá da chuva e da riqueza; Ossanha ou Ossain, orixá das folhas sagradas; Logun-Edé, orixá jovem da caça e da pesca e Ewá, orixá da beleza e dos mistérios.

 

 

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