Inspirado nas imagens do fotógrafo e etnólogo franco-brasileiro, Pierre Verger, e do artista plástico argentino-brasileiro, Carybé, o espetáculo musical ‘Tradições de uma Bahia’ com nova temporada até 28 de março, às 19:30h, na Casa XIV, localizada na Rua Frei Vicente, nº 14, no Pelourinho, anexo ao Teatro XVIII, Centro Histórico de Salvador (CHS). Teve início dia 7 e apresentam-se ainda no dia 14, e após o Carnaval, nos dias 7, 14, 21 e 28 de março. A Casa XIV é uma das unidades imobiliárias do Estado administrada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). Cedido contratualmente, o espaço está em constante movimento cultural e, por isso, integra o Projeto ‘Dei Valor’ do IPAC que dissemina boas ocupações de imóveis no Pelourinho, com atividades que movimentam o bairro.
Produzido pela Companhia de Dança Tradições, o musical é dirigido pelo bailarino Denys Silva e fica em cartaz na Casa XIV durante as terças-feiras de fevereiro e março, sempre às 19:30h. A atração traz roupagem contemporânea e utiliza recursos tecnológicos que permite ao público conhecer de maneira lúdica as obras desses artistas e a cultura baiana em geral. Segundo o diretor, as imagens são projetadas no cenário, durante o espetáculo, para proporcionar experiência estética e sensorial mais profunda.
BAIRRO VIVO – Simone Carrera, diretora da Sole Produções e coordenadora do espaço, lembra que a ocupação da Casa XIV é um dever. “Isso mantém o Pelourinho em movimento e deixa o bairro vivo”, diz. Ela explica que as manifestações culturais fazem com que a frequência aumente. “Grupos de diversas linguagens artísticas nos procuram para ensaios, oficinas e espetáculos”, relata. Com sua produtora, Simone também promove shows nos largos do Pelourinho, como o do cantor Gerônimo que acontece às terças-feiras no Largo Pedro Archanjo.
O produtor Alê Freitas comenta a importância da ação. “É um resgate e fortalecimento da cultura popular para não perdermos nossa identidade. Precisamos conhecer nossas origens”, comenta Alê. Dentre as atrações do espetáculo, ele destaca a beleza e a história dos orixás, rodas de capoeira, dança afro, puxada de rede, maculelê e samba de roda.
ÁREA TOMBADA – Graduado em dança moderna e balé clássico pela Fundação Cultural (Funceb), o coreógrafo Denys Silva fala do resgate das tradições. “Mesmo com tanta luta ainda sofremos preconceito, a falta de conhecimento faz com que surja intolerância. Precisamos alcançar a população via arte e cultura”, finaliza.
O projeto ‘Dei Valor!’ do IPAC dissemina boas ocupações. O IPAC administra 286 unidades imobiliárias no CHS, ou cerca de 2% do total de imóveis na área tombada pelo IPHAN. O restante de 98% pertence a particulares, outros órgãos e secretarias municipais e estaduais, além de congregações e irmandades da Igreja Católica.
Dias: Fevereiro (14) e Março (07, 14, 21, 28).
Onde: Casa XIV – Rua Frei Vicente, nº 14, no Pelourinho, anexo ao Teatro XVIII, Pelourinho.
Horário: Às 19H30.
Ingressos: R$30 (inteira) R$15 (meia)