Paroano Sai Milhó festeja 60 anos de Carnaval e promete muita animação em 2024


Divulgação

O Paroano Sai Milhó está com tudo e não está prosa. Considerado um dos mais antigos e tradicionais grupos carnavalescos da Bahia em atividade, ele comemora 60 anos, no próximo dia 09 de fevereiro, com festa no largo do Godinho (bairro da Saúde), onde o projeto nasceu, a partir das 16h. Todo mundo está convidado.

Neste Carnaval, os paroaneiros vão animar ainda o bairro do Rio Vermelho na quinta-feira (08/02), e se apresentar no Pelourinho, sábado (10/02) segunda (12/02) e terça (13/02), sempre às 20h30. Mas antes disso, marcam presença, dia 03, no Fuzuê.

Com um repertório focado na boa música popular e momesca, o Paroano não tem trio nem corda, e costuma animar os foliões nos espaços mais alternativos da capital baiana, durante a folia de Momo, com seus instrumentos de cordas, percussão e a trança de vozes. Qualquer folião pode seguir a pé, pelas ruas da cidade, os paroaneiros mais animados, musicais e alegres de Salvador.

Intitulado a ‘joia do Carnaval baiano’, o Paroano Sai Milhó vem se destacando no cenário musical e cultural da cidade desde sua fundação.

“O Paroano é a materialização da diversidade social, econômica e cultural, já que possui 18 integrantes e nenhum se parece com o outro. Esta é uma das riquezas do grupo, conviver em prol de um objetivo comum, que é cantar”, define o arquiteto Chico Ulisses, membro deste exército brancaleônico.

Minibio – Ao lado de amigos que cantavam e tocavam percussão e instrumentos de cordas, Antônio Carlos Mascarenhas, o saudoso Janjão, fundou o bloco. A ideia era sair pelas ruas da Avenida Sete entoando cantos de alegria e liberdade.

Nascido no largo do Godinho em fevereiro de 1964, o grupo musical é composto por integrantes com diversas formações, quase todos profissionais liberais, e desde 1983 decretou a roupa de palhaço como figurino oficial.

“Vi o Paroano nascer, acompanhei e contribuí para seu desenvolvimento e o vejo chegar aos 60 anos continuando a fazer um carnaval diferente e singular, o que também me faz tê-lo como se fosse um filho, me dando orgulho e alegrias”, declara Chico Mascarenhas.

O nome do grupo surgiu quando Janjão tentava justificar as críticas sobre a participação e o figurino do Paroano na folia. Ele dizia sempre: ‘para o ano sai melhor’. A expressão agradou a todos e ficou decidido, então, que seria usado o nome grafado, de forma simples e o mais próximo possível da pronúncia do folião: Paroano Sai Milhó.

Importante dizer que, em fevereiro de 2024, o Paroano passou a ser o segundo grupo musical vocal mais antigo do Brasil, e em atividade por 60 anos ininterruptos, perdendo apenas para o paulista Demônios da Garoa.

“Ele foi fundado antes do Ylê Ayê, Olodum, Muzenza e outros. Registre-se, também, que o belo Afoxé Filhos de Gandhi foi criado em 1949, mas, infelizmente, experimentou uma interrupção de dois anos (1974 e 1975). Assim, podemos afirmar que a cidade do Salvador pôde contar, desde 1964, com as nossas tranças de vozes a ecoar em seus caminhos e trilhas uma saudável e feliz utopia”, relata Quico.

São João e Natal – No entanto, há mais de 26 anos o Paroano já não é mais unicamente um bloco carnavalesco, e, por isso mesmo, tem diversificado suas atividades. Atua também nos festejos de São João, 2 de julho e no Natal, além de eventos diversos, e sempre com repertório próprio para cada ocasião.

O grupo já gravou quatro CDs. O primeiro (1995) e o segundo (1999) composto de canções tradicionais da MPB e do repertório carnavalesco de todos os tempos, especialmente, do Carnaval baiano, como Colombina e Le Foudez Vous.

O terceiro (2002) é uma homenagem especial ao forró, e o quarto, intitulado Paroanizar o Que Há de Bom, lançado em 2007, contém canções da MPB executadas na sonoridade peculiar que distingue o grupo.

Destarte, lançou um livro biográfico intitulado Paroano Sai Milhó – histórias de amor à música, à alegria, às cores e à vida, escrito pelo médico Archibaldo Daltro Barreto Filho, mais conhecido pelos paroaneiros como Quico.

Agenda para verão de 2024:

03/02 – Fuzuê (Barra) – 16h

08/02 – Rio Vermelho (Largo de Santana) – 20h30

09/02 – Aniversário do Paroano (Largo do Godinho) – 16h

10/02 – Pelourinho (Cantina da Lua) – 20h30

12/02 – Pelourinho (Cantina da Lua) – 20h30

13/02 – Pelourinho (Palco Axé Pelô) – 20h30


Lançamento do Carnaval 2024 que terá tema “Salvador Capital Afro”


O prefeito Bruno Reis com integrantes do bloco Ilê Ayê. Foto: Betto Jr. / Secom PMS

A Prefeitura de Salvador lançou nesta terça-feira (23) a programação do Carnaval 2024, que terá o tema Salvador Capital Afro, exaltando a cultura afro-brasileira da capital baiana. A apresentação ocorreu na Senzala do Barro Preto, sede do Ilê Aiyê, primeiro bloco Afro da folia, que está completando 50 anos. Para a festa deste ano, o Município está investindo mais de R$8 milhões nos blocos Afro e Afoxés, além de apoiar 130 entidades de matriz africana independentes.

O evento teve a presença do prefeito Bruno Reis e de autoridades municipais ao lado de artistas, produtores culturais e lideranças negras da Bahia. Em 2024, a maior festa do planeta volta a investir no movimento Cole no Centro, com diversos palcos temáticos e atrações ‘pipoca’ entre o Campo Grande e o Pelourinho. A abertura oficial do Carnaval, por sinal, será na Praça Castro Alves, com um encontro dos trios de Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, BaianaSystem e Ilê Aiyê. O evento ocorre na quinta-feira (8), a partir das 16h.

Bruno Reis disse que este Carnaval vem para coroar uma estratégia construída desde o início do seu mandato: “Não poderia ser outro o tema, que não Salvador Capital Afro. Não poderiam ser outras as nossas homenagens, que não aos blocos Afro. O ano de 2023 foi para a gente resgatar o Carnaval do Centro, histórico da nossa cidade. Muitos diziam que a festa do Centro ia acabar, e nós mudamos essa lógica. Fizemos, no ano passado, um grande Carnaval no Centro”, disse.

“Já em 2024, chegou a hora de render homenagens e de agradecer aos blocos Afro de Salvador por tudo o que eles representam e pelas transformações que eles fazem nas suas comunidades. E aí está o nosso legado para os blocos Afro. Foram mais de R$8 milhões em investimento”, completou, ao destacar que nos dois primeiros anos da sua gestão a festa não ocorreu por causa da pandemia.

Capital Afro – Além do investimento direto, a Prefeitura isenta as entidades de tributos como ISS, IPTU e TFF. “Antigamente, se cobrava dos blocos até taxa de licenciamento para desfilar. Agora a isenção está na lei. Independentemente de quem venha a ser o prefeito, jamais os blocos Afro vão precisar pagar qualquer valor para desfilar, levar sua beleza para a Avenida. Isso, sim, é valorizar a história. Porque estamos cheios de discurso, promessas, palavras que se perdem ao vento”, disse Bruno Reis.

Fundador do Ilê Aiyê há 50 anos, Vovô do Ilê celebrou a ênfase na cultura negra e o apoio constante, que não ocorre apenas na folia. “Estou muito feliz, prefeito, porque finalmente Salvador está assumindo a sua cara preta. É muito bonito dizer que aqui é a Roma Negra, mas chegar nos eventos e parecer que estamos em uma cidade europeia. O bloco Afro não é só Carnaval, pois todo bloco desenvolve atividades sociais na sua comunidade”, disse.

Pedro Tourinho, secretário municipal de Cultura e Turismo (Secult), destacou o primeiro lugar que Salvador conseguiu em pesquisa divulgada pelo Ministério do Turismo com os destinos mais desejados do país para 2024. Segundo ele, isso ocorre porque a cidade se reposicionou no mundo como Capital Afro.

“Qual é a diferença de 2024 para antes? O que é que mudou? Salvador Capital Afro. Foi o investimento na origem, na força ancestral, e não é só simbolicamente. Representatividade e simbologia são muito importantes, mas também investir, trabalhar a prosperidade, conseguir mais recursos e criar ferramentas para que os blocos e as entidades sejam sustentáveis”, disse.

Por isso mesmo, a marca do Carnaval 2024 ressalta o lado negro de Salvador. “Por uma orientação do prefeito Bruno Reis, a prefeitura de Salvador abraça no seu logotipo e na sua identidade o projeto Capital Afro em homenagem aos 50 anos dos blocos Afro. E nós estamos aqui na sede do Ilê para reforçar que não é só uma ação de comunicação, não é só uma festa de Carnaval; é um compromisso para o ano inteiro”, completou Tourinho.

Histórico – Segundo o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, o investimento no Carnaval 2024 deve superar em torno de 30% do que foi realizado nos anos anteriores. A expectativa é de R$2 bilhões injetados na economia da cidade durante o período e mais de 1 milhão de turistas.

“A gente pegou tudo o que deu certo nos últimos anos e estamos fortalecendo. De forma mais ampliada, diversificamos e investimos no Carnaval do Centro, com o novo palco Salvador Capital Afro, e um novo espaço no Dois de Julho. Todos esses palcos vão ser reforçados com atrações. Vamos ter um Carnaval no Centro como nunca antes na história da cidade, com atrações do quilate de Léo Santana, Ivete Sangalo, Psirico e tantos outros, que vão se apresentar para o folião pipoca”, disse Edington.

Ao longo dos cinco dias de pré-Carnaval e dos seis dias oficiais da festa, serão mais de 2,7 mil horas de música e 1,1 mil atrações. Além dos circuitos oficiais Dodô (Barra/Ondina), Osmar (Campo Grande), Batatinha (Pelourinho), Mãe Hilda (Liberdade), Mestre Bimba (Nordeste) e Riachão (Garcia), a Prefeitura vai montar palcos em 10 bairros e nas três ilhas.

Foto: Valter Pontes/Secom-PMS

Pré-Carnaval – A festa começa no dia 3 de fevereiro, sábado, com o Fuzuê, que levará 42 atrações para o circuito Orlando Tapajós (do Clube Espanhol ao Farol da Barra). Todas desfilam no chão, sem equipamentos eletrônicos. No dia seguinte, domingo, ocorre no mesmo percurso o Furdunço, que reunirá 52 artistas em trios de pequeno e médio portes.

No dia 5, ocorre uma das novidades de 2024. Xanddy Harmonia vai levar para o público, de graça, um dos maiores eventos de ensaios de verão de Salvador: A Melhor Segunda-Feira do Mundo. O trio pipoca sai da Ondina até o Farol da Barra. No dia 6, no mesmo percurso, é a vez de Léo Santana realizar o Pipoco, também de graça. Já na quarta-feira, dia 7, os bloquinhos de fanfarra finalizam o pré-Carnaval com o circuito Sérgio Bezerra, do Farol da Barra até o Morro do Cristo.

Cole no Centro – Com o sucesso do ano passado, a Prefeitura repete o investimento para diversificar as atrações no Centro da cidade. A região vai receber cinco eventos. São eles o Furdunço do Centro, no dia 9, com 18 atrações em torno do Campo Grande; o Pôr do Sol na Praça Castro Alves, com Pitty, Davi Moraes e Pepeu Gomes; o Desfile de Fantasias de Luxo LGBTQIAPN+, no dia 12, na Praça Municipal, e o After Batekoo, esticando os dias de festa na Praça Castro Alves.

Além disso, o Cole no Centro terá oito palcos temáticos. As novidades são o Palco Salvador Capital Afro, só com artistas da música negra, e o Coreto Colorindo Salvador, com artistas, músicos e performistas da comunidade LGBTQIAPN+. Seguem na programação os palcos Donas do Som, só com mulheres; o Axé Pelô, voltado para a tradicional Axé Music; o Varanda da Folia, que tocará entre os intervalos dos trios do Campo Grande; o Palco Multicultural, com diferentes estilos musicais; a Arena do Samba, para o ritmo baiano; e o Coreto das Orquestras.

O Circuito Osmar estará repleto de blocos pipoca. Além da tradicional Pipoca das Cores de Saulo, Ivete Sangalo vai se apresentar de graça na Super Terça, fechando o Carnaval. Também saem em trios sem corda Psirico, Xanddy Harmonia, Léo Santana, Parangolé, Oh Polêmico, La Furia, O Poeta, Thiago Aquino, O Kannalha, Timbalada, entre outros.

Bairros – Mais uma vez, a Prefeitura vai levar o Carnaval até os bairros de Salvador, com palcos montados em Cajazeiras, Itapuã, Boca do Rio, Plataforma, Pau da Lima, Periperi, Liberdade e nas três ilhas. Além disso, o Espaço Mix, com atrações de diferentes estilos musicais, será a atração do Largo da Mariquita, no Rio Vermelho.

Como novidade, o Parque da Cidade, no Itaigara, vai receber o palco Bailinho da Cidade, com atrações voltadas especialmente para as crianças, entre os dias 10 e 11. Também como parte da programação, o tradicional Palco do Rock reunirá diferentes tribos no bairro de Piatã.

Apoio – O Carnaval 2024 é patrocinado por Brahma, Beats, Aposta Ganha, Guaraná Antarctica, iFood, Mercado Pago, 99 Moto, Zé Delivery e apoio da Rede Bahia. ( Texto:Thiago Souza, Vitor Villar e Rodrigo Aguiar / Secom PMS)


“As Musas do Amado Jorge” desfilam no Centro Histórico


Foto: Divulgação/Secom-PMS

Dona Flor, Teresa Batista, Gabriela, Tieta e Perpétua vão ganhar as ruas do Centro Histórico, na última semana de janeiro. As personagens, que fazem parte das obras do saudoso escritor baiano Jorge Amado, dão vida ao espetáculo teatral itinerante “As Musas do Amado, Jorge”

Em uma apresentação interativa e cheia de movimento, elas prometem colocar todo mundo para andar, dançar e cantar, nos largos e ladeiras do Pelô. A partir desta quarta (24) até o sábado (27), o grupo se apresenta sempre a partir das 19h.

Esta é a segunda montagem do Circuito Jorge Amado, concebido pela produtora cultural Eliana Pedroso em 2017 e que faz parte da programação do Viva o Centro, da Prefeitura de Salvador. “O projeto Circuito Jorge Amado foi criado dentro da ideia de produzir espetáculos que unissem a linguagem do teatro, da dança e da música em encenações itinerantes, que preenchessem as ruas, sacadas e janelas do Pelourinho.

Com um elenco de alto nível profissional, agregamos durante três verões um grande público que se encantou com as apresentações. Estamos voltando com uma segunda montagem, enaltecendo importantes personagens da literatura amadiana, com criatividade, humor e uma encantadora trilha sonora”, declara Eliana Pedroso.

Cenas famosas – O espetáculo reúne um elenco com mais de 30 integrantes entre artistas, atrizes, atores, produção e direção. Tudo começa com a chegada das musas no Terreiro de Jesus, gloriosas, em carro aberto.

De lá, seguem para as sacadas do Casarão 17, onde o narrador, que estará presente durante todo o percurso, dá início ao espetáculo. Em cortejo, elas e os homens das suas vidas – Vadinho, Teodoro e Nacib – seguem pelas ruas descendo a ladeira até o Largo do Pelourinho, onde as musas são devidamente apresentadas ao público.

Do Largo do Pelourinho, o grupo de artistas sobe à Rua Gregório de Mattos, sempre puxando o público. Quatro cenas ícones são realizadas, tendo como foco cada uma das personagens: na primeira, Dona Flor, Teodoro e Vadinho e os conflitos desta traição paranormal; na segunda, a força de Teresa Batista cansada de guerra; na terceira, Gabriela, em toda sua formosura; e, na quarta, Tieta, num embate fenomenal com Perpétua.

Dançarinos e cantores – Acompanhado do público, o cortejo segue para encerrar a apresentação no Largo do Cruzeiro do São Francisco. Além dos intérpretes, um elenco de dançarinos e grandes nomes da música baiana também integram a montagem. O som fica por conta da batucada dos Meninos da Rocinha do Pelô, regidos pela maestrina Elem Silva, com participação da cantora Denise Correia cantando músicas temas das musas, e alguns músicos tocando instrumentos de sopro.

Para o diretor de Turismo da Secretaria Municipal de Turismo (Secult), Gegê Magalhães, a peça tem forte relação com a história do Centro Histórico. “A vida de Jorge e Zélia se confunde com o Pelourinho, frequentemente citado em suas obras”, disse ele, lembrando que o legado dos escritores permanece vivo na região através da Fundação Casa de Jorge Amado, localizada no Pelô, e ainda nas praças que carregam nomes em homenagens às obras de Jorge Amado. O gestor destaca que o Centro Histórico, além de ser um ponto turístico atrativo, tem sido palco de apresentações culturais durante toda a semana, gerando grande movimentação de visitantes e baianos.

Elenco e produção – O texto da trama é de Cleise Mendes, com direção de Elisa Mendes, direção musical de Luciano Salvador Bahia, coreografia de Sonia Gonçalves e os figurinos e adereços são de Maurício Martins. Em cena estarão quatro consagradas atrizes baianas: Cristiane Mendonça (Dona Flor e Perpétua), Mariana Freire (Teresa Batista), Dani Souza (Gabriela) e Márcia Andrade (Tieta). No elenco masculino, estão os atores Paulo Borges (Vadinho), Eddie Marques (Teodoro e delegado), Joseph Caio (Bafo de Bode) e Saulus Castro (Nacib e narrador).

Também integram o espetáculo os dançarinos Angel Martins, Laiane Carmo, Jennie Costa, Maju Passos, Dudé Conceição e Clodô Santana, além da cantora e atriz Denise Correia, que estará puxando o cortejo cantando ao vivo. A produção executiva é de Ila Vita e Cris Correia, sonorização e iluminação assinadas pela M2 Soluções Audiovisuais e a realização é do Núcleo de Ações Culturais Estratégicas (Nace).


Carnaval Ouro Negro de 2024


Cortejo Afro.Divulgação

O Carnaval de 2024 terá 132 blocos afros nos circuitos de Salvador e interior; 70 a mais em relação a 2023, maior Ouro Negro da história. Dentre estes, Ilê Aiyê, Filhos de Gandhy, Olodum, Malê Debalê, Cortejo Afro, Bloco Alvorada, Bankoma e Banda Didá. O tema da festa popular é uma homenagem aos 50 anos da presença dos blocos afros nos circuitos: “Nossa energia é ancestral”.

Para a festa, além dos tradicionais circuitos Dodô, Osmar e Batatatinha, as agremiações também participam dos circuitos Orlando Tapajós, Sérgio Bezerra, Riachão, Mestre Bimba e Mãe Hilda Jitolú. O programa também amplia a participação dos grupos para os carnavais do interior, Micareta de Feira de Santana, Lavagem de Itapuã e de Santo Amaro, outra novidade do Ouro Negro.

Malê de Balê. Foto: Lucas Rosário/Divulgação

O coordenador do carnaval Geraldo Júnior lembrou que o Ouro Negro é a valorização dos artistas da Bahia e da cultura afro brasileira. “Nós tivemos mais de 130 propostas aprovadas, e isso me traz uma felicidade muito grande como coordenador-geral do Carnaval. São quase 15 milhões de investimentos no axé, no afro, no reggae, no samba, no samba de roda, ou seja, é a valorização dessas pessoas, músicos, artistas, do nosso povo, que faz a nossa história”, frisou.

A ampliação do Programa Ouro Negro, que apoia blocos de matriz africana, dos segmentos afro, afoxé, samba, reggae e indígena da capital e do interior, também conta com uma política de inclusão para  inserção de entidades que tiverem no seu quadro diretivo pessoas LGBTQIAPN+, além de jovens negros e/ou mulheres negras. Mais faixas também foram incluídas para que mais grupos participassem e ampliar o número de beneficiados.

A titular da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais, Ângela Guimarães, explicou que um dos objetivos é também estimular o equilíbrio na presença de mulheres e pessoas LGBT na direção dos blocos. “Colocamos como sugestão para ampliar a pontuação, porque são princípios democráticos de justiça social, de integração da diversidade, que consideramos fundamentais no conjunto das políticas públicas. Então, a nossa forma é estimular, pontuando mais aqueles que atendam a esses pressupostos. É desse jeito que a gente vai reequilibrando a presença de mulheres e LGBT nos espaços de direção”, reforçou a secretária.

Um dos afoxés contemplados foi o Filhas de Gandhy  (Foto Pedro Moraes – Sepromi), que dá destaque especial às mulheres negras. Nesse carnaval, o grupo completa 45 anos. Para a diretora do Filhas de Gandhy, Cherry Almeida, é um reconhecimento da resistência e da história das mulheres negras no carnaval. “É uma honra para nós. E ter um governo que reconhece, fortalece e empodera esse olhar das mulheres no carnaval é extremamente importante. Só um governo democrático consegue entender a importância de fortalecer as mulheres, em especial os blocos de mulheres. Nosso tema esse ano, inclusive, será o empoderamento das mulheres de axé”, afirmou.

História do Ouro Negro

O programa começou como edital em 2008. Em 2014, com a publicação da Lei nº 13.182, que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa do Estado da Bahia, o Programa Ouro Negro foi reconhecido como política pública.

Além de participarem dos desfiles, as entidades desenvolvem projetos que estimulam a cultura cidadã nas suas comunidades.
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1ª edição do “Palhaços – A Festa”, no Rio Vermelho


Bailinho de Quinta: Divulgação

1ª edição do evento, 27 de janeiro, abre alas para o Carnaval e promete ser o ponto alto da temporada, unindo cultura, tradição e alegria no coração do Rio Vermelho.

O movimento cultural vibrante  e festivo dos Palhaços do Rio Vermelho, que há muito encanta e toma as ruas  do bairro com suas cores, alegria e irreverência, ganha um novo capítulo. A Oquei Entretenimento tem a honra de apresentar a 1ª edição do “Palhaços – A Festa”, um evento que promete transformar o pós-desfile das ruas em uma noite inesquecível, unindo tradição, cultura e muita alegria.

No dia 27 de janeiro, sábado, a partir das 18h, o Estacionamento da Vila Caramuru (ex-Mercado do Peixe) será o palco dessa celebração que traz shows do cantor Faustão, com toda sua irreverência, do divertido Bailinho de Quinta e os ritmos contagiantes da banda Batifun. Os ingressos estão disponíveis para compra no Sympla, na TicketMaker e na sede da Oquei Entretenimento.

É importante destacar que este evento não representa uma responsabilidade direta do movimento Palhaços do Rio Vermelho, mas sim  uma adição à tradição já estabelecida. A parte do desfile e a atmosfera nas ruas permanecerão inalteradas, mantendo a essência do que Os Palhaços sempre foram. A única diferença é a introdução de um evento oficial dos Palhaços após o encerramento do desfile.

“Ao longo do tempo, percebemos o anseio do público em prolongar a diversão após o encerramento do desfile. Diante disso, trouxemos a proposta de preencher essa lacuna e decidimos oferecer essa oportunidade aos participantes. Trata-se de uma festa da Oquei  chancelada pelo movimento cultural dos Palhaços. Não é de responsabilidade deles, mas sim um evento que complementa o desfile, atendendo a uma antiga demanda do público por uma continuação animada após a festa da rua. Estamos entusiasmados em proporcionar essa nova dimensão à experiência dos Palhaços do Rio Vermelho”, afirma animado Ricardo Cal, sócio da Oquei Entretenimento.

SERVIÇO

PALHAÇOS – A FESTA

ATRAÇÕES: Faustão, Bailinho de Quinta e Batifun

DATA: 27 de janeiro, sábado

HORA: às 18h

LOCAL: Estacionamento da Vila Caramuru (ex- Mercado do Peixe),  Rio Vermelho
VENDAS: TicketMaker, Sympla e na sede da Oquei (Shopping da Bahia, 3º Piso)