Acompanhe a programação desta semana do Teatro Gamboa online, a plataforma digital do Teatro Gamboa, localizado no centro de Salvador-BA, que estreou semana passada e …
O público terá acesso à sessões de cinema, shows ao vivo, stand up comedy, programação infantil e palestras, com total estrutura e segurança · PROGRAMAÇÃO …
O público terá acesso à sessões de cinema, shows ao vivo, stand up comedy, programação infantil e palestras, com total estrutura e segurança
Atentos ao que pede o momento, e firmes no exercício da arte de se reinventar, os irmãos Ricardo e Rafael Cal, da Oquei Entretenimento, vão inaugurar em Salvador, o Cine Drive-In Bahia – uma nova aposta de entretenimento, onde as pessoas poderão se divertir sem precisarem sair do isolamento social. O formato drive-in, que fez sucesso nos anos 50 e 60, voltou a ganhar atenção no mundo inteiro durante a pandemia, já que a experiência permite viver momentos compartilhados sem contato, cada um dentro do seu carro.
Previsto para ser inaugurado no início de agosto, no estacionamento externo do Shopping da Bahia, sentido Caminho das Árvores, o Cine Drive-In Bahia contará com sessões de cinema, programação infantil, espetáculos de comédia e shows musicais. O sistema de som será realizado via frequência de radio. Fora do carro, o espaço estará em silêncio para evitar o desconforto da vizinhança.
Os espaços transformados em drive-ins, são considerados seguros, já que o público fica confinado dentro do próprio carro, tendo pouca ou nenhuma interação com o exterior. Seguindo à risca os protocolos e recomendações de segurança e higienização, que garantem a saúde da equipe trabalhadora e do público, a produção avisa que só serão permitidas, no máximo, quatro pessoas por carro.
Ao chegarem ao local, todos os passageiros terão sua temperatura medida. As vagas do estacionamento serão reservadas por ordem de chegada e serão utilizadas de maneira intercalada para manter 2m de distância entre cada carro. Os veículos ficarão estacionados de frente para a tela e os ingressos serão vendidos 100% online.
“Além dos ingressos, cada carro deverá levar 1kg de alimento não perecível, que serão doados parte para as Obras Sociais Irmã Dulce e parte para parceiros da classe de produção cultural, que estão passando por dificuldades nessa pandemia”, acrescenta Rafael Cal.
SERVIÇOS – O Cine Drive-In Bahia oferecerá serviço de alimentação, bar e bomboniere com pedidos feitos através do aplicativo do projeto, para evitar o contato físico. Para o pagamento, a pessoa apontará o celular para o QR Code do cardápio e pagará com a tecnologia de aproximação.
Não será permitida a venda de bebidas alcóolicas para motoristas e menores de 18 anos. Também não será permitida a entrada com comida e bebida no drive-in. A ida ao banheiro será feita através de uma fila digital. O cliente só entrará no local após a outra pessoa sair. Qualquer dúvida que o cliente precise, ele poderá ligar o pisca alerta e será atendido.
O Drive-in já é uma realidade no mundo inteiro quando se fala do novo entretenimento. “Com a bênção do nosso Sr. do Bonfim, demos a volta por cima, nos reinventamos e anunciamos essa grande novidade. A espera acabou, estamos de volta e mais fortes do que nunca. Nosso foco é oferecer total estrutura para que o público possa de divertir em segurança. A prioridade é a segurança humana, vamos zelar por isso”, afirma Ricardo Cal.
Os valores de cada sessão variam de acordo com a programação do dia. O projeto começará a funcionar assim que o Estado esteja com a taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos de Covid-19 abaixo de 75%.
O Cine Drive-In Bahia é uma realização da Oquei Entretenimento em parceria com a D’ Light e People.
PROGRAMAÇÃO DO CINE DRIVE-IN BAHIA
Exibição de Filmes
Quarta, quinta e sexta: três sessões de cinema
Sábado e Domingo: duas sessões de filmes à tarde e duas sessões à noite
Programação Geral
– Sábado e domingo à tarde: programação infantil
– Sábado à noite: shows musicais
– Domingo à noite: stand up comedy e shows musicais
“Um bate-papo sobre as muitas faces da loucura e outros desatinos cotidianos” – esta é frase de apresentação do projeto “Loucura Pouca É Bobagem”, que vinha promovendo, desde junho de 2017, encontros presenciais para conversas despretensiosas sobre o assunto central em suas diversas representações: na arte, na política, no amor, no movimento permanente da vida.
Agora, neste momento em que os encontros físicos estão suspensos por conta das políticas de isolamento social para o enfrentamento da Covid-19, o projeto se adapta à virtualidade e estreia a janela “TCA de Braços Abertos”, que oferece o ambiente digital do Teatro Castro Alves (TCA) para iniciativas culturais, assim como ocorria na ocupação dos palcos do Complexo em seu cotidiano.
No dia 17 de julho (sexta-feira), às 16h, será lançada a primeira de três edições semanais, iniciando com o tema “A Cultura Pós-Pandemia”, com os cantores e compositores Dão e Josyara, a atriz e gestora cultural Maria Marighella e a diretora artística do TCA, Rose Lima, mediados pela apresentadora Vânia Dias. O vídeo ficará disponível no YouTube do TCA (www.youtube.com/teatrocastroalvesoficial).
Dão. Divulgação
Com roteiro de Luciana Queiroz, Priscilla Andreata e Thaís Alves, que é também idealizadora do “Loucura Pouca É Bobagem”, a edição também contará com esquetes teatrais dos atores Diogo Lopes Filho e Márcia Andrade. De suas residências, eles interpretam situações cotidianas ligadas à conversa em andamento. O tema propõe falar sobre as incertezas e adaptações do setor cultural pós-pandemia – ao tempo em que ele é um dos mais atingidos pela necessidade do isolamento social, se revalorizou e é apontado como um dos segmentos em alta em tempos de quarentena.
Desde a sua primeira edição, o “Loucura Pouca É Bobagem”, que se sediava no restaurante La Taperia, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, sempre lotado para os bate-papos, debateu diferentes temas e reuniu nomes como o ator João Miguel, a escritora e antropóloga Goli Guerreiro, a cantora e compositora Mariela Santiago, o músico Russo Passapusso, o psiquiatra Antônio Nery Filho, o letrista Capinan, o cineasta Pola Ribeiro, dentre outros.
“TCA de Braços Abertos” apresenta
Loucura Pouca É Bobagem
1ª edição online
Tema: A Cultura Pós-Pandemia
Roteiro: Luciana Queiroz, Priscilla Andreata e Thaís Alves
Mediadora: Vânia Dias
Convidados: Dão, Josyara, Maria Marighella e Rose Lima
Atores: Diogo Lopes Filho e Márcia Andrade
Realização: Baião de Dois
Quando: 17 de julho (sexta-feira), 16h
Onde: Exibição através do canal do Teatro Castro Alves no YouTube
Cisne Negro Cia. de Dança, com Patrícia Alquezar. Divulgação
Enquanto os encontros físicos não podem acontecer, o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) os promove em ambiente virtual. Na série “BTCA Encontros”, a companhia oficial de dança da Bahia investe em trocas com importantes grupos do Brasil e de outros países, seguindo uma tendência do setor que mantém a importância de intercâmbios, mesmo que a distância.
Nestas parcerias, serão realizadas aulas, conversas e outras práticas de compartilhamento de conhecimentos, sempre abertas ao público de profissionais, estudantes e demais interessados pelo universo da dança, através de salas virtuais na ferramenta Zoom Meeting. Quem inicia a temporada junto ao BTCA, no dia 10 de junho (quarta-feira), às 10h, é a Cisne Negro Cia. de Dança, companhia paulista com 43 anos de história, numa aula de barra clássica ministrada por Patrícia Alquezar e piano ao vivo de Maria Inês Vasconcellos.
O projeto nasceu a partir de uma experiência do BTCA com a Cia. Jovem de Jundiaí, que já vem realizando ações deste tipo em suas redes e que promoveu uma aula de balé clássico, no último dia 29 de maio, em conjunto entre os dois grupos. Daí também veio a articulação com a Cisne Negro Cia. de Dança, uma das mais relevantes companhias contemporâneas do país, sob a direção artística de Hulda Bittencourt e Dany Bittencourt. A aproximação com outros corpos artísticos com trajetórias de sucesso é uma oportunidade de qualificação e networking para o próprio BTCA e a classe da dança da Bahia e do Brasil.
“Penso que essa situação de isolamento realmente vem trazendo um olhar diferenciado sobre a palavra ‘encontro’. Por incrível que pareça, é justamente quando somos obrigados a nos afastar que estamos descobrindo estratégias de nos mantermos perto”, opina Wanderley Meira, diretor artístico do BTCA.
Patrícia Alquezar.Divulgação
“O diálogo com diferentes artistas, diferentes companhias, de diferentes cidades, estados e países, tem sido frequente e isto é algo de que não pretendemos mais abrir mão. Com certeza, a partir dessas ferramentas virtuais, vamos encontrar maneiras de realizarmos projetos juntos quando pudermos nos encontrar fisicamente. Qualquer linguagem artística, mesmos as mais solitárias, sempre têm muito mais potência em projetos de coletividade”, completa ele.
As próximas edições do “BTCA Encontros” serão com a Giro8 Cia. de Dança, de Goiânia, no dia 18 de junho, numa aula de dança contemporânea, e com o Ballet Nacional de Panamá, em data a confirmar ainda neste mês.
BTCA – Companhia pública de dança contemporânea fundada em 1981, o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) tem direção artística de Wanderley Meira e é um corpo artístico estável do Teatro Castro Alves (TCA), vinculado à Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e à Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia (SecultBA). Conta no seu repertório com mais de 90 montagens de importantes coreógrafos. Em sua história recente, destacam-se “Lub Dub” (2017), “Urbis in Motus” (2017), “Tamanho Único” (2018), “CHAMA: Coreografia para artistas incendiárixs” (2018) e “A História do Soldado” (2019), esta em parceria com a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA).
Balé Teatro Castro Alves (BTCA) apresenta:
“BTCA Encontros” – 1ª edição
Com: Cisne Negro Cia. de Dança (São Paulo)
Aula de barra clássica ministrada por Patrícia Alquezar e piano ao vivo de Maria Inês Vasconcellos
Quando: 10 de junho (quarta-feira), 10h
Onde: Exibição em sala virtual na ferramenta Zoom Meeting
Necessária inscrição através de link disposto nas redes sociais do BTCA
O #ConexãoFGM desta semana traz de volta as séries financiadas pelo edital Arte na TV: a infanto-juvenil, Tabuh!, com roteiro e direção de Sofia Federico e Saberes Passados, produção da Origem Produtora de Conteúdo, da DPE Produções e da Liberato Produções Culturais.
De segunda (01) a quinta (04), das 08h às 21h, será exibido um episódio por dia, de cada série. Já na sexta (05), serão exibidos todos os episódios, que ficarão disponíveis em horário especial, das 07h às 00h, do domingo (07). É possível assistir do computador, smart TV, tablet, celular… qualquer dispositivo eletrônico com acesso à internet, através do canal do YouTube da FGM ( https://bit.ly/2vQgnJz ).
Tabuh! é uma série de ficção infanto-juvenil, com roteiro e direção de Sofia Federico. Com naturalidade, leveza e humor, crianças refletem e vivenciam histórias sobre morte, sexo, gênero, racismo e outros temas tabu. No episódio, “Canarinho”, a ser exibido na segunda (01), o menino corre atrás da bola, corre atrás da vida e tenta entender a morte. Já na terça (02), em “Monalisa”, para salvar o vizinho, uma menina frágil, que morre de medo do escuro, precisa viver sua fantasia de ser o homem-morcego.
Mas antes terá que combater muito preconceito. Na quarta (03), em “Algodão Doce”, Nino quer saber de onde vêm os bebês, mas não está fácil encontrar todas as respostas. Uma pista pode estar guardada num algodão doce azul, como o céu. Quinta (04), em “Mestiça” mostra uma menina e um menino muito comuns. Entre eles, uma boneca super diferente e o desejo de estar juntos.
Divulgação
O projeto foi contemplado pelo edital Arte na TV, com realização da Docdoma Filmes, produção associada da Benditas Projetos Criativos, produção executiva de Marcos Povoas e Tatiana Carvalho, direção de produção por conta de Karina Paz, assistência de direção de Rita Vieira. No elenco: Luca Moura (Vicente), Cristiane Ferreira (Lúcia), Rui Manthur (Zelador), Ainá Regnier (Monalisa), Malu Vale (Menina Robin), Felipe Pires (Joaquin), Sócrates Barreto (Garoto Vizinho), Ítalo Parras (Magrelo), Zion Marley (Nino), Yure Duane (Guto), Felícia de Castro (Mãe / Palhaça), João Lima (Pai / Palhaço), Victória Paquelet (Garota Adolescente), Gabriel Vieira (Peu), Iasmin Simões (Alice) e participação especial de Rui Manthur (Homem) e Analu Tavares (Mãe Malévola).
Saberes Passados é uma produção da Origem Produtora de Conteúdo, da DPE Produções e da Liberato Produções Culturais, realizada a partir do edital Arte na TV, da Fundação Gregório de Mattos, em parceria com o FSA/Ancine. A série, produzida ao longo de 2017, trata da ancestralidade africana, mostrando personagens importantes da cultura brasileira e baiana que são mestres em seus respectivos ofícios e como eles enxergam a passagem do conhecimento que possuem para quem deseja levar adiante tradições por vezes milenares.
Mateus Aleluia. Foto Vinicius Xavier.Divulgação
A primeira temporada com 4 episódios traz Ana Célia Batista Santos, notória chef de cozinha do restaurante Zanzibar, Mestre Olavo da Paixão, famoso mestre de capoeira e fabricante de berimbaus, Zé Diabo, artista conhecido internacionalmente por seu trabalho com ferro e ferramentaria de santo, e o grande Matheus Aleluia, brilhante músico e pensador da cidade de Cachoeira. Junto com eles brilham seus diversos aprendizes, com destaque para Neide Santos, Jones Santos, José dos Santos e Rebeca Tarique, talentos que despertaram a partir do convívio com seus respectivos professores.
Em paralelo a tudo, Saberes Passados também traz à tona a relação mística que esses mestres e aprendizes cultivam com seus santos africanos, os orixás, laureados em seus relatos pessoais e narrados em lendas extraídas do livro Mitologia dos Orixás, de Reginaldo Prandi, pelo fantástico ator, lenda viva do cinema novo, Antonio Pitanga.
A série conta com direção e roteiro de Ducca Rios, Produção Executiva de Maria Luiza Barros e Maurício Xavier, tendo Direção de Produção de CandidaLuz Liberato. Além disso conta com a Direção Assistente de Lula Oliveira, Direção de Fotografia de Lico Pimentel, Alberto Iannuzi e Hans Herold, Montagem Marcos Lé, Som Direto de Haydson Oliveira, Desenho de Som e Trilha de Luciano Silva e as participações especiais de Margareth Menezes e do cantor Carlos Barros.
Carta de Koffi Mensah Akagbor para Émilie B. Guérette. Divulgação
“Repensando relações de poder – por um mundo decolonizado e antirracista” – este é o lema da Latitude, revista digital do Goethe-Institut que vai gerar o primeiro Festival Digital Latitude, entre 4 e 6 de junho, totalmente em ambiente virtual, a partir do site www.goethe.de/latitude-festival. Durante os três dias, a programação totalmente gratuita inclui contribuições artísticas e teóricas, centrada no questionamento sobre como as estruturas coloniais surtem efeito até o presente e como elas podem ser superadas.
O evento reúne posições internacionais da arte, ciência, cultura e política, com convidados de vários países. Entre os participantes, estão a politóloga Nanjira Sambuli (Quênia), a filósofa Denise Ferreira da Silva (Canadá), a performer Trixie Munyama (Namíbia), o historiador Ciraj Rassool (África do Sul) e o pesquisador de migração Mark Terkessidis (Alemanha).
Quão fortemente estruturas de poder influenciam o nosso dia-a-dia e a nossa convivência? Quais estruturas racistas atuam sobre nosso presente? Quais são as narrativas que intencionamos criar quando falamos sobre a desigualdade entre norte e sul? A restituição de objetos usurpados em contextos coloniais precisa ocorrer de maneira mais decidida?
Qual a relevância social que os museus do futuro têm como meta? Quais são as visões de uma internet do futuro partindo da perspectiva do Sul Global? Estas são algumas das perguntas que direcionam o festival, que foi inicialmente pensado para acontecer fisicamente e que amplia seu alcance ao ser transformado para o ambiente digital.
O evento se divide em quatro complexos temáticos que abordam a perpetuação de estruturas coloniais, refletindo sobre assimetrias e injustiças sociais: desigualdade econômica; racismo, identidade e memória; conduta frente a bens culturais; e (des)igualdade digital global. Ao lado de discussões, debates e entrevistas, se apresentam filmes, performances, concertos e shows ao vivo através de streaming e por vídeos gravados. Os trabalhos advêm de projetos de arte e discursos iniciados ou apoiados pelo Goethe-Institut em diversos países nos últimos anos.
Açúcar sobre capela. Tiago SantAna. Divulgação
Instituto cultural da República Federal da Alemanha, o Goethe-Institut, fundado em 1951, se dedica a fomentar o diálogo entre culturas e é a maior instituição de ensino de alemão no mundo. Com 159 unidades em 98 países de todos os continentes, cultiva a colaboração cultural internacional e transmite uma representação atual da Alemanha. Para a realização do Latitude Festival, diversas de suas filiais estão ativadas. No Brasil, o Goethe-Institut Salvador-Bahia se destaca pelo seu Programa de Residência Artística Vila Sul, que oferece diversos conteúdos ao evento.
DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO – A analista e consultora política Nanjira Sambuli (Quênia) vai discursar sobre as chances de inovações digitais apresentadas pela perspectiva africana. A teórica Denise Ferreira da Silva (Canadá) falará sobre racismo no pensamento ocidental moderno. A jurista Leora Bilsky (Israel) pergunta sobre o potencial da restituição de bens culturais para o Transitional Justice. As performers Laís Machado (Brasil) e Trixie Munyama (Namíbia) contribuirão com trabalhos digitais, especificamente desenvolvidos para o evento, que se preocupam de maneiras diversas com a questão de rituais. A coreógrafa Joana Tischkau (Alemanha) convidará, com o seu programa “Colonastics”, a decolonizar o corpo, o espírito e a alma. A blogueira gastronômica Ozoz Sokoh (Nigéria) perseguirá as interligações (pós-)coloniais de comidas. A abertura será feita pela ministra de Política Cultural do Estado Alemão Michelle Müntefering.
Outros nomes confirmados são Alex Herman (jurista, Inglaterra/Canadá), Ayisha Osori (escritora, Nigéria), Diego Araúja (artista transdisciplinar e diretor de teatro, Brasil), Eric 1key (poeta, Ruanda), John Nakuta (jurista, Namíbia), Keyna Eleison (curadora e crítica de arte, Brasil), Larissa Förster (antropóloga, Alemanha), Latika Gupta (historiadora da arte, Índia), Léontine Meijer-van Mensch (diretora de museu, Alemanha), Mi You (curadora e professora, Alemanha), Nelago Shilongoh (teatróloga e perfomer, Namíbia), Nikita Dhawan (cientista política, Alemanha), Pasacale Obolo (cineasta, França), Rachel Nyangombe (cantora, Congo), Renata Ávila Pinto (jurista e ativista, Guatemala), Souleyman Bachir Diagne (filósofo, Estados Unidos), Tonya Nelson (jurista e historiadora da arte, Inglaterra) e Urvashi Butalia (escritora e editora, Índia).
Um programa exclusivo de rádio será realizado em colaboração com a rádio independente de artistas reboot.fm e com a Radio-Netzwerk Berlin, transmitido continuamente durante o festival. Em cooperação com o Arsenal – Instituto de Cinema e a Videoarte, será exibido um programa de filmes através da plataforma Arsenal 3. Para ter um alcance ainda maior, a emissora Deutschlandfunk Kultur será um meio de comunicação parceiro e contribui com o festival com dois programas: um sobre o tema “Decolonializem-se!” e um debate sobre “Participação Digital”. E a revista virtual Latitude continuará publicando, a longo prazo, debates e colaborações de especialistas internacionais.
PROGRAMAÇÃO DO GOETHE-INSTITUT SALVADOR-BAHIA – Através de seu Programa de Residência Artística Vila Sul, o Goethe-Institut Salvador-Bahia promove variada programação dentro do Latitude Festival. Oficialmente inaugurada em novembro de 2016, a Vila Sul é a terceira residência artística no âmbito geral das unidades do Goethe-Institut e primeira e única da rede no Sul Global.
A sua proposta é fortalecer interlocuções entre o Brasil e demais países do hemisfério Sul a partir da presença de artistas de todo o mundo, genuinamente interessados em perspectivas sociopolíticas e culturais desta metade do planeta. Noventa agentes culturais foram acolhidos ao longo destes anos, incluindo os quatro atuais que estão vivenciando uma experiência diferente de trocas culturais, numa prática a distância: a cineasta Émilie B. Guérette (Canadá), o artista visual Koffi Mensah Akagbor (Togo/Burkina Faso), a jornalista, crítica de arte e curadora Renata Martins (Brasil/Alemanha) e o artista visual Thó Simões (Angola).
As atividades apresentadas pelo Goethe Salvador têm curadoria do artista visual baiano Tiago Sant’Ana. “A Vila Sul apresenta projetos que têm como eixo de investigação as possibilidades de trocas estéticas e políticas entre artistas num momento de exigência de distanciamentos”, conta ele. “Os projetos foram pensados especificamente para a exibição e acesso pela internet. Sendo assim, respeita as regras de distanciamento social físico e acredita no poder da criação e da união para além da separação obrigatória em tempos de pandemia global. A curadoria se dá por meio de uma insistência afetiva, mesmo que o toque seja substituído por pixels. Trata sobre como, apesar da clausura, é possível pensar para além dos muros”, completa Tiago.
Velas para barcos feitos para fundar, de Rebeca Carapiá. Divulgação
Projetos nas áreas de artes visuais, artes dramatúrgicas e cinema trazem a experiência de pessoas criadoras do Sul Global, levando em conta o que une as diferentes nações pertencentes a este eixo: seu passado de exploração colonial e a capacidade de resistência e de criação de linhas de fuga. Os materiais, gravados ou para visitação, ficam acessíveis durante toda a temporada do festival, e dois bate-papos serão realizados ao vivo.
A exposição “TransAções” exibe trabalhos de 10 artistas visuais do Brasil, selecionados por meio de um mapeamento público que vai lançar um espaço virtual inédito no país para a divulgação do trabalho de artistas transgêneros em suas mais variadas linguagens nos campos das artes visuais. O projeto nasce da proposição de Renata Martins, uma das atuais residentes da Vila Sul, que assina a seleção das obras junto com o Goethe-Institut Salvador, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), o Movimento Nacional de Artistas Trans (MONART) e a Casa Aurora – Centro Cultural e de Acolhimento LGBTQI+.
Na mostra “Metal contra as nuvens”, são reunidas obras dos artistas visuais Koffi Mensah Akagbor, residente da Vila Sul, e da brasileira Rebeca Carapiá. Os trabalhos, em fotografias e vídeos, têm como eixo de investigação a possibilidade de reaproveitamento de materiais com objetivos escultóricos e partem de processos colaborativos com pessoas de suas comunidades.
Já na mostra “Best regards”, as relações, as distâncias, as comunicações e seus ruídos são postos em tangência com o objetivo de entender a capacidade de intercâmbios interpessoais como estratégia de criação visual. Cartas escritas à mão e trocadas pelos atuais residentes da Vila Sul são tomadas como subterfúgio e como documentos que são aproximados de outros trabalhos artísticos, como “Carta para o Futuro”, do gaúcho Eduardo Montelli, e “Navio de emigrantes” e “Ao sul do futuro”, da carioca Leila Danziger, justapondo-se num tempo em que as relações humanas vivem momentos contraditórios diante da obrigatoriedade da distância e da necessidade da presença.
Aldri Anunciação. Divulgação
Os dramaturgos brasileiros Aldri Anunciação, Diego Araúja, Jhonny Salaberg, Maria Shu e Mônica Santana apresentam em leitura cênica, com os atores Caboclo de Cobre, Filipe Ramos, Laís Machado, Márcia Limma e Marina Esteves, o resultado do seu trabalho coletivo para a escrita de um texto inédito para teatro, criado ao vivo e publicamente em arquivo digital durante um mês de dedicação em meio às atuais condições de isolamento social. Com o título de “Ar-f-ar”, a obra foi produzida através da “Sala de Dramaturgia Virtual Brasil”, um projeto do Goethe-Institut Salvador-Bahia em parceria com a plataforma Melanina Digital.
No bate-papo “Crítica de arte como exercício de escrita: diálogo sobre a obra de Tho Simões”, Renata Martins e Tho Simões, residentes da Vila Sul, conversam ao vivo sobre o workshop de crítica de arte ministrado virtualmente por ela com participantes de distintos lugares do Brasil, tendo como tema análise das obras dele. Em um momento tão delicado para as relações humanas, essa atividade criou pontes geográficas e interpessoais entre Brasil-Angola-Alemanha. A live será no dia 4 de junho, às 12h15 (horário de Brasília).
Em outro bate-papo, “Alianças feministas e decoloniais no cinema”, também ao vivo, se encontram mulheres cineastas, de diversas origens, que têm em comum o desejo de questionar a ordem colonial e patriarcal do mundo através do seu trabalho artístico, no dia 5 de junho, às 12h15 (horário de Brasília). Émilie B. Guerétte (Canadá), residente da Vila Sul, Graciela Guarani (Brasil), Peggy Nkunga Ndona (Congo/Canadá) e Sabrina Fidalgo (Brasil) buscam responder como transcender as dinâmicas de poder tradicionais, tanto nas narrativas produzidas quanto no processo de produção, e como formar alianças saudáveis entre pessoas com privilégios e lugares de fala distintos, para potencializar narrativas críticas ou subversivas.
Para completar, será exibido vídeo de “Açúcar sobre capela” (2018), obra de Tiago Sant’Ana. As ruínas de uma capela rural pertencentes ao antigo Engenho Paramirim são cobertas por 100 quilos de açúcar. Na ação, o artista utiliza do açúcar como uma maneira destacar o engenho – hoje esquecido e deteriorado pelo tempo – como um espaço que catalisou os processos de violência racial escravocrata no Brasil.
Para fotos da programação da Vila Sul, acesse:
https://bit.ly/latitude-vilasul
Latitude Festival
Quando: 4 a 6 de junho (quinta a sábado)
Onde: www.goethe.de/latitude-festival
Programação online
Totalmente gratuita e aberta ao público
Página disposta em Alemão e Inglês
Conteúdos da Vila Sul em Alemão, Inglês e Português