Quilombo musical Ybytu-Emi lança “O Tempo e o Vento”


Andrea Magnoni/Divulgação

Em mais de cinco séculos de apropriação de Pindorama, resistir é o verbo imperativo usado por povos negros e indígenas e está excessivamente presente no nosso cotidiano. É nesse levante musical, com um grito rasgado, que o Aldeia Coletivo e a produtora musical Aquahertz Beats lançam no próximo dia 6 de maio Ybytu-Emi – O Tempo e o Vento, álbum futurístico composto por corpos quilombos advindos da cena musical “marginal” soteropolitana e baiana, disponível nas plataformas digitais Spotify, Deezer, Amazon e Youtube.

Ação que integra o projeto Areté – Tempo de Festa, Ybytu-Emi é um desejo de reconstrução do sentimento de brasilidade; reconta uma história que não foi registrada, mas está em nós. Concebido pelos artistas músico-performers Caboclo de Cobre e ISSA – que assinam a direção musical e artística, respectivamente -, o álbum com nove canções exalta evidencia, salvaguarda e difundede forma justa a voz indígena, do negro banto e jeje-nagô, do sertanejo, das rezadeiras, benzedeiras, parteiras, a voz ao encanto.

Esta obra é ponto de convergência entre tradição e contemporaneidade, ancestral e hi-teck, popular e ritualístico, eletrônico e sagrado, sintético e orgânico, ciência-histórico-acadêmica e ciência-histórico-oral. Ybytu-emi é um grito rasgado, um sopro da história brasileira e de muitos espalhados por este chão. “Somos a tentativa de escuta de um coração brasileiro, uma outra narrativa, o entendimento de uma outra forma de vida, somos a construção de novos sonhos. Talvez um teatro épico musicado, uma obra do agora, exaltando os que se foram e fortalecendo os que estão vivos em matéria”, Caboclo de Cobre, que também assina .

Com nove canções inéditas, Ybytu-Emi é um território quilombo formado pelos intérpretes Caboclo de Cobre, ISSA, Donna Liu, Mister DKO, Valente Silva, Mariana Damásio, Sérgio, May Pitanga, Marcelo Santanna, além da participação especial de Vandal de Verdade, Juracy Tavares, MC Tipo A e MC Irck. Cantores que trazem potencialidades distintas e que exaltam de forma justa a memória indígena e afro diaspórica.

A musicalidade em Ybytu-Emi é o ancestral e o contemporâneo, o couro e o digital, musicalidade afroindígena em confluência orgânica. A ritualidade das religiões afro indígenas têm o coro como rítmica de convocação, coro este muito comum a espetáculos teatrais de protesto ou épico e como o projeto é formado por artistas da música, do teatro e da performance adotar a teatralidade e ritualização em coro a obra torna-a mais coletiva.

Repertório

Andrea Magnoni/Divulgação

De acordo com Caboclo de Cobre, repertório Ybytu-Emi tem uma liturgia dividida em blocos: Prólogo, que traz um louvor a uma força maior negra e indígena; o nordestino; a negritude e a brasilidade; subdividido em: o anúncio, a saudação, existência e resistência, o nativo, o encontro, o sertão, o negro, o feminino. Palavras e nortes que impulsionam a ritualização e a musicalidade.

1 – Agô de Licença (Caboclo de Cobre) – Uma reflexão sobre o processo de encantamento, fundamento maior da cultura e ritos de caboclos.

2 – Nzambi Que Manda (Donna Liu e Mister DKO) – Dichote na cultura de caboclo é um sotaque/desafio/ameaça cantada. Neste dichote conclama-se uma revolução sob a guarda de Nzambi, divindade maior para os povos de nação banto.

3 – Cobra Coral (ISSA, Caboclo de Cobre e Vandal) – Criação de um referencial simbólico para a articulação entre movimentos negros e indígenas, a própria Cobra Coral, para enfrentamento do sistema vigente, unificando forças e implementando pautas para nichos específicos.

4- Eu Vi Gemer (Aldeia Coletivo) – O que é ser BRASILEIRO? Não importa a resposta, o que importa é o percurso, não haverá respostas escurecidas e muito menos acobreadas se não percebermos o grande processo de invisibilização da herança e contribuição ameríndia, a expressão afrobrasileira não dá conta de explicitar a contribuição indígena e positiva na construção da diáspora africana no Brasil.

5 – Nação (Valente Silva, Juracy Tavares, Caboclo de Cobre, MC Tipo A e MC Irck) – Um passeio histórico sobre a formação do Brasil, migrações, entrelaçamentos de culturas, além de questionar cientificamente o ódio/racismo religioso na atualidade, financiado e sedimentado pela violência cristã neopentecostal.

6 – Céu Lilás (ISSA e Caboclo de Cobre) – Esta composição dá conta de um mergulho no catolicismo popular nordestino, surgido no seio da nação tupinambá no nordeste do Brasil, dando origem a uma falange de oráculos e novas conformações de zeladores e sacerdotes, criando uma nova religião cabocla-cristã que atrela as divindades a elementos naturais.

7- Banquete do Rei (ISSA, Donna Liu e Caboclo de Cobre) – “Nossa Casa” para mim… Tem cheiro de charuto, de vinho, de suor dançado, tem cheiro de passado, do que veio antes, e é parte do que sou, de onde vim! Esta é uma celebração a fim de evocar a justiça através do grande Rei Xangô.

8 – Marejê (Donna Liu e Mister DKO) – É a voz feminina e as águas encantadas das yabás para vencer a revolução e derrubar os muros para a libertação. É um banhar-se para se reconhecer e para a auto cura!  “Ela pode fluir, ela pode destruir”!

9 – Nzinga (Valente Silva, ISSA e Caboclo de Cobre) – Exaltação a grande Rainha Nzinga Mbandi, a Rainha Guerreira, construindo uma plataforma de belezas presentes em comunidades tradicionais Brasil a fora, utilizando a leveza e o sorriso do Axé baiano como ferramenta para a manutenção e salvaguarda de heranças tão caras.

Ybytu-Emi

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Ybytu significa Vento (ar em movimento, uma divindade) e Emi o sopro (o ar lançado por Olorum para que o Ara-Aiyê, corpo na terra, pulsasse vida). Para muitas culturas indígenas e africanas não há vida sem sopro e existência sem o vento. Ybytu-emi é o resultado do encontro entre as inspirações/expirações/transpirações dos povos pretos e vermelhos, e de uma construção mútua na busca pela reconstituição da liberdade, materializada no elemento ar.

O Vento anuncia o que está por vir e o Tempo dar conta de uma articulação negro-indígena que está para acontecer. O tempo é o trajeto, as perguntas e as respostas que se apresentam no caminho, ou no caminhar; o vento é a liberdade, “condição humana que nos é cerceada, arrancada”. Mas, o Novo Tempo chega com o vento e a informação, que por hora escondida, no tempo certo vai se espalhar. Com ela, a liberdade se torna o próprio vento e não só livre das opressões, mas das auto-opressões, dos vícios destrutivos, livres do orgulho e da avareza ocidental.

Projeto

Areté – Tempo de Festa tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Program Aldir Blanc), via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

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Ficha-técnica

Concepção: Caboclo de Cobre e ISSA

Coordenação de Produção: Mariana Damásio

Produção Musical: AquaHertz

Direção Musical: ISSA

Direção Artística: Caboclo de Cobre

Produção Executiva: Sérgio e Heverton

Designer Gráfico: Cairo Mello

Interpretes – Caboclo de Cobre, ISSA, Donna Liu, Mister DKO, Valente Silva, Mariana Damásio, Sérgio, May Pitanga, Marcelo Santanna,

Participação: Vandal, Juracy Tavares, MC Tipo A e MC Irck

Contribuição: Jocker Guiguio, Luã Jeferson, João Paulo Rangel, Marry Rodrigues, Diana Pinto, Marina Fonseca e Gabriel Carneiro

Percussão: Heverton e Mister DKO

Guitarra: Mayale Pitanga e ISSA

Baixo: Ejigbô Oni

Comunicação: Nsanga Comunicação | Rafael Brito

Realização: AquaHertz Beats e Aldeia Coletivo


Juazeiro: ‘Conexões Teatro e Juventude’ discute ações


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O Teatro produzido para jovens e as artes cênicas como espaços criativos para a juventude são os eixos temáticos do projeto ‘Conexões Teatro e Juventude’, que realiza uma série de ações entre quarta (28) e sexta-feira (30).

A programação conta com videoperformances, espetáculo, mesa-redonda, mediação cultural com escolas públicas, leitura dramatizada e oficina de interpretação teatral. Todas as atividades são gratuitas e disponibilizadas de forma online.

Os detalhes da programação podem ser acessados no link https://abre.ai/mostraconexoes. Todos os dias, às 15h e às 18h, serão postadas videoperformances com atores da peça ‘Músicas Para Amar Demais’ no IGTV. Eles recitam músicas brasileiras que falam de amor, como fazem no processo de pesquisa do espetáculo. A peça também ficará disponível para o público durante a mostra, no canal Youtube a partir das 20h da quarta (28).

Na quinta-feira (29), será realizada uma mesa-redonda com o tema “Teatro e juventude em Juazeiro-BA”, contando com a participação da atriz Ananda Mariposa e dos atores Liniker Pereira e Pablo Luan. A mediação será feita por Andrezza Santos em uma Live no Instagram.

Já na sexta-feira (30), será transmitida uma leitura dramatizada do texto ‘Brevidades ou relembramentos de Maria Medeia’, ao vivo no Youtube. A leitura será com as atrizes Taís Veras, Zuleika Bezerra, Andrezza Santos e a também autora Fernanda Babel, que assina o texto com Thom Galiano.

O projeto ainda conta com atividades de mediação cultural para estudantes da rede pública de ensino de Juazeiro. Na quarta (28) e quinta (29), os alunos do Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães participam da oficina “Alimentando Personagens:

Processos de criação e preparação cênica”, ministrada online pelo ator e diretor Rafael Moraes. Ainda na quinta (29), será realizado um bate-papo virtual com os estudantes do CETEP Sertão do São Francisco.

O público pode acompanhar as atividades no Instagram (https://www.instagram.com/musicasparaamardemais/) e no canal do Youtube do Portal Culturama (https://abre.ai/youtubeculturama). O projeto foi aprovado no Edital Usinas Culturais 2020 da Prefeitura Municipal de Juazeiro com recursos da Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

 


“A Sagração da Primavera” reúne bailarinos africanos no Vivadança


Créditos: Dancing at Dusk [© polyphem Filmproduktion]
Estreia no Brasil remontagem de “A Sagração da Primavera”, de Pina Bausch, reunindo 38 bailarinos de 14 países africanos. Obra promovida pelo Goethe-Institut abre a programação da 14ª edição do Vivadança Festival Internacional em temporada online, no período de 29 a 7 de maio.

Com versão criada em 1975 pela coreógrafa alemã Pina Bausch (1940-2009), um dos maiores nomes da história mundial da dança, “A Sagração da Primavera”, baseada na mais célebre obra do compositor russo Igor Stravinsky (1882-1971), tem remontagem produzida com um elenco de 38 bailarinos de 14 países africanos, reunidos no Senegal para o registro em vídeo que agora estreia no Brasil.

O trabalho, que originalmente estava sendo preparado para uma turnê internacional, se reverteu em filme quando, em março de 2020, as medidas para conter a pandemia do coronavírus fizeram os planos se alterarem. Na praia senegalesa de Toubab Dialaw, a última passagem foi capturada pelo cineasta Florian Heinzen-Ziob, documentando um momento único.

Esta realização resulta do investimento da Fundação Pina Bausch de fazer as coreografias da artista alcançarem novos públicos e gerações de bailarinos, agrupando este elenco, em colaboração com a École des Sables (Senegal) e Sadler’s Wells (Inglaterra), especialmente para a empreitada.

É assim que surge o “Dancing at Dusk – Um momento com A Sagração da Primavera de Pina Bausch”, que o Goethe-Institut Salvador-Bahia promove como espetáculo de abertura da 14ª edição do Vivadança Festival Internacional, com estreia no dia 29 de abril, Dia Internacional da Dança, às 20h, na plataforma Festival Scope, acessível pelo site www.festivalvivadanca.com.br.

Nos últimos anos, a Fundação Pina Bausch vem transmitindo coreografias de Pina Bausch para companhias internacionais, porém os ensaios tiveram de ser suspensos e as apresentações, adiadas, por conta da pandemia.

Enquanto as datas da turnê presencial não podem ser reagendadas, a versão audiovisual está sendo disputada por festivais de todo o mundo e é trazida com exclusividade ao Brasil para curta temporada de exibição nacional, com patrocínio do Goethe-Institut Salvador.

O evento baiano Vivadança Festival Internacional, que este ano se apresenta integralmente em formato online, é o palco escolhido. A obra ficará disponível ao público até o dia 7 de maio, com ingressos a R$ 10.

Germaine Acogny, fundadora da École des Sables e conhecida como a mãe da dança africana contemporânea, e Malou Airaudo, ícone de primeiro escalão no Tanztheater Wuppertal, assinam a coreografia. Na peça, as duas lendas da dança, ambas com mais de 70 anos, exploram suas heranças artísticas.

A música é de Fabrice Bouillon LaForest e a dramaturgia de Sophiatou Kossoko. Compõem o elenco: Amadou Lamine Sow, Amy Collé Seck, Anique Ayiboe, Aoufice Junior Gouri, Armel Gnago Sosso-Ny, Asanda Ruda III, Astou Diop, Aziz Zoundi, Babacar Mané, Bazoumana Kouyaté, Brian Otieno Oloo, Carmelita Siwa, D’Aquin Evrard Élisée Bekoin, Didja Kady Tiemanta, Estelle Foli, Florent Nikiéma, Franne Christie Dossou, Gloria Ugwarelojo Biachi, Gueassa Eva Sibi, Harivola Rakotondrasoa, Inas Dasylva, Khadija Cisse, Korotimi Barro, Luciene Cabral, Oliva Randrianasolo (Nanie), Pacôme Landry Seka, Profit Lucky, Rodolphe Allui, Rokhaya Coulibaly, Sahadatou Ami Touré, Serge Arthur Dodo, Shelly Ohene-Nyako, Sonia Zandile Constable, Stéphanie Mwamba, Tom Jules Samie, Vasco Pedro Mirine, Vuyo Mahashe e Zadi Landry Kipre.

Este projeto foi financiado por German Federal Cultural Foundation, Ministry of Culture and Science of the German State of North Rhine-Westphalia e International Coproduction Fund do Goethe-Institut e gentilmente apoiado pelo Tanztheater Wuppertal Pina Bausch.

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Vivadança Festival Internacional – Tendo sua abertura em 2021 no Dia Internacional da Dança (29 de abril), o Vivadança Festival Internacional vem reafirmando a cada ano seu lugar de encontros, difusão e conexões no universo da dança, com uma programação que coloca a Bahia no circuito de festivais internacionais, abrindo possibilidades artísticas e mercadológicas.

Neste momento delicado, o Vivadança oferece soluções criativas para continuar com sua missão de conectar profissionais da dança ao redor do mundo, bem como trazer para o Brasil o melhor da dança contemporânea. O Vivadança Festival Internacional é uma realização da Baobá Produções Artísticas. O projeto foi selecionado pelo Edital Eventos Calendarizados com apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.

Abertura do Vivadança Festival Internacional 2021

Dancing at Dusk – Um momento com A Sagração da Primavera de Pina Bausch (40 min.)

Conteúdo extra: Pina Bausch The Rite of Spring – Rehearsals at École des Sables (7 min.)

Lançamento: 29 de abril (quinta-feira), 20h

Encerramento: 7 de maio (sexta-feira), 23h59

Plataforma de exibição: Festival Scope (acessível pelo site www.festivalvivadanca.com.br)

Quanto: R$ 10

Vendas: Pelo site www.festivalvivadanca.com.br

Classificação indicativa: Livre


“Inaê, a menina que nasceu água”, livro gratuito virtual


Inêa e Marcos. Foto Júnior Assis

A escritora e atriz baiana, Inaê Sodré, brincando com simbologias mitológicas e arquétipos que permeiam o imaginário de diversas sociedades do mundo afora, lançou recentemente seu segundo livro autoral, intitulado “Inaê, a menina que nasceu Água”.O livro, que trata da água personificada em uma jovem sereia e foi imaginado e escrito a partir do mergulho nas simbologias do seu nome, Inaê, que significa Rainha das Águas, em Iorubá, está disponível gratuitamente e pode ser acessado pelo link https://pt.calameo.com/books/006654487d791b794e717.

No livro, Inaê nasce do ventre de Iemanjá, dezesseis dias depois de sua festa, comemorada no dia 02 de fevereiro, no Rio Vermelho, em Salvador. A Sereinha conquista então os habitantes dos mares, mas sonha conhecer a antiga morada de sua mãe, o Rio Ogum, na Nigéria, em África. “Uma história que mistura belezas simbólicas do nosso imaginário e das forças de nossas ancestralidades”, conta Inaê. O lançamento aconteceu de forma virtual, através do YouTube, no canal inaeameninaquenasceuagua.

Lançado pela Editora VERNASE, com ilustrações de Marcos Costa, o livro de temática infantojuvenil conta com o apoio financeiro do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e da Fundação Pedro Calmon (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal. A Editora VERNASE, criada em 2014, pertence ao design gráfico Lino Greenhalgh.

Sobre Inaê Sodré– Escritora, poeta, dramaturga, atriz e professora da Língua Portuguesa do Brasil, graduada em Letras-UFBA e mestre em Estudos de Linguagem- PPGEL-UNEB, Inaê Sodré nasceu em 18 de fevereiro de 1976, em Ipirá, Sertão da Bahia, iniciando sua carreira artística como cantora aos 16 anos. Em 2000, começa a estudar teatro com Meran Vargem no TCA.

Em seguida, assume dois papéis na peça Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto, direção de Marcos Machado, no Espaço Xisto. Como dramaturga e atriz, cria e interpreta Fêmeas; Mirante dos Astros; Palavra há Tempo; Estrela da quarta dimensão do Espaço: Tempo. Em 2016, coordena o projeto Garagem Literária (SECULT-BA), em Ipirá. Em 2018, lança o livro de poesia erótica Ardor e Ardências (2018). Em 2019, estreia Ardor e Ardências: Teatro.

Sobre Marcos Costa – Nascido em São Félix, no Recôncavo Baiano, Marcos Costa é Artista Visual formado em Artes Plásticas pela Escola de Belas Artes da UFBA. Grafiteiro, com 20 anos de experiência, possui Prêmios com trabalhos em Ilustrações, Cenografia, Pintura Corporal e também com Arte Educação.

Recentemente, o artista foi premiado em 1° lugar no II Desafio criativo Quarentena Ilustrada, promovido pela Mil Muros e assinou contrato de parceria com a Cia. Francesa Eskis; é autor do estilo, por ele denominado, Afrograffiti, inspirado na arte africana tradicional e do enigmático cachorrinho “Boca Preta” que já é considerado uma de suas marcas. Marcos Costa administra O Cabuloso, Atelier de Arte e Cultura de Rua no Pelourinho, em Salvador-Bahia.

Crédito da fotografia: Júnior Assis


Clipe e documentário sobre samba de Cabaceiras do Paraguaçu   


Fotos/Divulgação

O projeto “Agora os netos vão sambar!” lançou o clipe “O Samba Não Pode Parar!” e exibe o documentário “Nossas Mestras e Nossos Mestres” no canal do Youtube Raízes do Paraguaçu, onde o público poderá assistir a produção até dia 15. A proposta é preservar a memória do samba de roda através das vivências entre os mestres e mestras da Cultura Popular com as crianças e jovens da cidade de Cabaceiras do Paraguaçu. O registro dessas histórias em audiovisual visa respeitar todos os protocolos de segurança do estado e município, unindo gerações de pessoas negras para discutir, preservar e vivenciar sua cultura.

Segundo os idealizadores do projeto, a preservação da cultura negra perpassa pela forma como ela atinge as futuras gerações e, “incutir nelas o amor que os mais velhos possuem por seus saberes e fazeres, é fundante para perpetuação da prática cultural.” A ideia é aproximar crianças e jovens das mestras e mestres para ouvir, aprender e despertar sobre a importância de alimentar a cultura da cidade, reconhecendo e valorizando aqueles que vieram antes, através de vivências realizadas entre fevereiro e março.

Essa é uma forma de resgatar a tecnologia ancestral baseada na oralidade, onde os mestres e mestras contaram suas histórias e experiências, objetivando inspirar as crianças e juventude da cidade, principalmente aquelas que integram o Grupo de Samba de Roda Mirim Raízes do Paraguaçu.

A iniciativa quer registrar essa experiência e manter vivas essas histórias, construindo um material referencial para se compreender a história e cultura local. O projeto busca ainda visibilizar mestres e mestras negros que, por ora, ainda são invisíveis quanto a sua trajetória de vida e resistência. Por isso, o minidocumentário Nossas Mestras e Nossos Mestres, produzido pela Souz Empreendimentos e o Grupo de Samba de Roda Mirim Raízes do Paraguaçu,cumpre o papel de, cada vez mais, partilhar narrativas e torná-las perenes aos mais novos.

De acordo com Naiane Araújo, “mobilizar crianças, adolescentes e jovens a se inspirar nos mais velhos, é reafirmar que o povo negro pulsa vida e resistência”, afirma a intrutora do Samba de Roda Mirim Raizes do Paraguaçu.

Para valorizar o trabalho realizado e estimular a autoestima das crianças e jovens, acontece o lançamento do clipe da música “O Samba Não Pode Parar!”, composta por Naiane Araújo e Priscila Sales, que busca convocar essas crianças e jovens a se ver como co-responsáveis pela continuidade da nossa cultura, a cultura do povo negro.

O Grupo de Samba de Roda Mirim Raízes do Paraguaçu é um grupo que nasce para trabalhar com a preservação do samba de roda por meio das crianças e adolescentes. Atualmente, conta com 45 membros e tem atuado diretamente para fortalecer e manter a cultura negra viva da cidade de Cabaceiras do Paraguaçu.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e do Centro de Culturas Populares e Identitárias (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Programa Aldir Blanc Bahia – Criado para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, o Programa Aldir Blanc Bahia (PABB) visa cumprir os incisos I e III da Lei Aldir Blanc (Lei Federal nº 14.017, de 29 de junho de 2020) e suas regulamentações federal e estadual. As ações são: a transferência da renda emergencial para os trabalhadores e trabalhadoras da cultura, e a realização de chamadas públicas e concessão de prêmios.

O PABB tem execução pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, geridas por meio da Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura e do Centro de Culturas Populares e Identitárias; e as suas unidades vinculadas: Fundação Cultural do Estado da Bahia, Fundação Pedro Calmon, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural.

 Agora os Netos Vão Sambar! 

Onde: Canal do Youtube (Grupo de Samba de Roda Mirim Raízes do Paraguaçu)  https://www.youtube.com/channel/UC6dqcScVusml5CvBMTZqYag

Quanto custa: Gratuito

Informações? @raizesdoparaguacu https://www.instagram.com/raizesdoparaguacu/

https://facebook.com/raizesdoparaguacu