Lauro de Freitas: Caravana da Música apresenta samba chula


Do suingue da Caravana Black ao Samba Chula do Recôncavo com toda malemolência do samba de raiz, a 7ª parada da Caravana da Música será na Praça da Matriz, em Lauro de Freitas, no dia 16 de dezembro (sábado), às 16h. O projeto realizado e concebido pela Maré Produções Culturais, com patrocínio da Vivo, através do Programa Fazcultura, leva o Samba Chula de João do Boi para fazer uma grande roda no dia 16 de dezembro, às 16h, em Lauro de Freitas.

O Caravana da Música recebe em seu segundo ano, além dos outros sete artistas que já passaram nessa edição, Bando Velho Chico, Grupo Botequim, Lucas Santtana, que circularão pelos 3 últimos municípios. A chamada pública contou com a participação de 250 bandas e músicos, sendo avaliados por uma curadoria formada pelo jornalista Luciano Matos, os produtores culturais Luizão Pereira e Ivanna Souto. O projeto promete contribuir para difusão da produção artística do Estado, permitindo o deslocamento e interiorização dos artistas, chegando a praças em que nunca se apresentaram.

 

 

 


Domingo no TCA encerra 11º ano com espetáculo “De Um Tudo”


Peça dirigida por Fernando Guerreiro discute baianidade com músicas inéditas de Gerônimo na  Sala Principal do Teatro Castro Alves (TCA), dia 17 de dezembro, às 11h com ingressos a R$ 1,00 (inteira) e R$ 0,50 (meia), e são vendidos apenas no dia do evento, a partir das 9h, com acesso imediato ao teatro.

​Em mais um ano de sucesso e potencialização do público frequentador da Sala Principal do Teatro Castro Alves (TCA), o Domingo no TCA encerra 2017 com o espetáculo musical “De Um Tudo”, dirigido por Fernando Guerreiro. A peça discute a baianidade para além dos rótulos e, com muito humor, propõe uma reflexão sobre a linguagem, as heranças e os costumes do povo baiano. A sessão será no dia 17 de dezembro, às 11h. Os ingressos custam R$ 1,00 (inteira) e R$ 0,50 (meia), e são vendidos apenas no dia do evento, a partir das 9h, com acesso imediato ao teatro.

Para representar este “modus vivendi” baiano, Guerreiro escolheu um elenco de peso, como a cantora Ana Mametto – em sua estreia como atriz –, Alexandre Moreira, Denise Correia, Diogo Lopes Filho, José Carlos Júnior e o cantor e compositor Gerônimo Santana, que também criou as músicas inéditas da produção. “Este é um trabalho de reconhecimento da nossa maneira de ser e reflexo de uma baianidade construída a partir de Jorge Amado, Caribé, Caymmi e também de todos nós”, ressalta o ator Diogo Lopes Filho. Assinam o roteiro Alan Miranda e Daniel Arcades (reconhecido como Melhor Autor no Prêmio Braskem de Teatro 2017), livremente inspirados no livro “Dicionário de Baianês”, de Nivaldo Lariú. A direção musical é de Yacoce Simões, que é ainda responsável pelos arranjos e execução das músicas.

O cenário, por Euro Pires – também criador do figurino –, reproduz e resgata um lugar tipicamente baiano: as coloridas barracas de festas populares. A direção coreográfica é de Rita Brandi e a iluminação, de Fernanda Paquelet. “De Um Tudo” é uma realização da Via Press Comunicação e Eventos com parceria de Paula Hazin e produção executiva de Rodrigo Almeida.

Domingo no TCA – O Domingo no TCA é uma iniciativa do Teatro Castro Alves, equipamento vinculado à Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), que se compromete em ampliar e diversificar o seu público frequentador, oferecendo-lhe acesso a espetáculos qualificados, das mais diversas linguagens artísticas. Ao longo de 11 anos e mais de 100 edições, o projeto engloba apresentações de música, teatro, dança, circo, cinema, de variados estilos e proposições estéticas, da Bahia, do Brasil e do mundo.

Domingo no TCA apresenta: “De Um Tudo”
Espetáculo musical
Onde: Sala Principal do Teatro Castro Alves
Quando: 17 de dezembro (domingo), 11h
Quanto*: R$ 1,00 (inteira) e R$ 0,50 (meia)
* Vendas somente no dia, a partir de 9h, com acesso imediato do público.


Exposição e espetáculo teatral movimentam a CAS


Exposição Varal das Memórias em foto divulgação de Leonardo Pastor

O Grupo de Teatro Finos Trapos residente da Casa de Artes Sustentáveis – CAS realiza exposição Varal das Memórias – ano II e o espetáculo teatral Mós Aí Quê, durante o mês de  dezembro e janeiro. O grupo que está desde março realizando atividades de forma interrupta, no interior da Bahia e em Salvador e visa celebrar a nova fase do coletivo na atual sede da CAS, no Largo Dois de Julho.
Até o dia 31 de janeiro de 2018, o público terá acesso à exposição fotográfica, Varal das Memórias – ano II que retrata momentos de bastidores, espetáculos, ações de formação e projetos executados e idealizados pelos integrantes do Grupo de Teatro Finos Trapos. Sendo uma oportunidade para celebrar a vida, a permanência, os sabores e dissabores deste fazer e os aprendizados. A exposição já esteve no ano de 2016 no Espaço Xisto Bahia e no Teatro Gamboa Nova e no ano de 2017 circulou por cinco cidades do Estado da Bahia.

Na abertura da exposição, o público presente terá oportunidade de prestigiar gratuitamente a produção musical do grupo Kiki e os Amores Clandestino, que dialoga com o mundo subjetivo dos intérpretes, que é transpassado pelas culturas LGBTQ, afro-brasileira e pela necessidade dos corpos estarem à luz, dando visibilidade aos (des)afetos e urgências.

Espetáculo Mós Aí Quê em foto divulgação de Leonardo Pastor

Ainda como ação integrante do projeto de Ocupação da CAS será encenado no dia 14,15 e 16 de dezembro, às 19h, o espetáculo Mós Aí Quê. A trama se passa no interior de uma companhia de teatro, que em crise, revisita seus antigos trabalhos em busca de uma nova e inspiradora história para ser encenada e trazer outro fôlego para os artistas que trabalham juntos a longa data.

Determinados, João das Dores – o dramático, Zé Galhofa – o cômico e Armando Trama – o Poeta buscam em seus imaginários criativos motivações para superar as dificuldades e, a partir do mosaico de seus espetáculos de repertório, o grupo encontra a sua obra-prima. Mós Aí Quê é indicado para pessoas a partir de 16 anos e possui 60 min de duração, R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).

O Grupo Finos Trapos trabalha no desenvolvimento continuado de repertório de espetáculos e realização de atividades de pesquisa, produção de eventos culturais e fomento das Artes Cênicas na Bahia. Seu teatro contemporâneo com sotaque regional fundamentado na filosofia do trabalho em grupo e no imaginário da cultura de tradição popular nordestina já possui reconhecimento de público e crítica registrado nas indicações a Prêmios e aprovações em Editais Públicos Estaduais e Nacionais. Fazem parte do Fino Repertório os espetáculos: “Sussurros…” (2004), “Sagrada Folia” (2005), “Sagrada Partida” (2007), “Auto da Gamela” (2007), “Gennésius – Histriônica Epopéia de um Martírio em Flor” (2009), Berlindo (2011) e “O Vento da Cruviana” (2014), “Mós Aí Quê” (2016).

Exposição Varal das Memórias │ Espetáculo teatral Mós Aí Quê
Quando: Exposição Varal das Memórias –até 31 de janeiro de 2018, das 16h às 20h. │ Espetáculo teatral Mós Aí Quê – 14, 15 e 16 de dezembro, às 19h.
Quanto: Exposição Varal das Memórias – Gratuito │ Espetáculo: Mós Aí Quê – R$ 10,00 (inteira) / R$ 5,00 (meia)
Onde: Casa de Artes Sustentáveis – CAS, localizada na Rua Democrata, nº 21, Dois de Julho.
Classificação: Exposição Varal das Memórias – livre │ Espetáculo: Mós Aí Quê – 16 anos


Balé Teatro Castro Alves estreia “Urbis in Motus”


Fotos divulgação de Fábio Bouzas

 “Urbis in Motus”, um projeto multimídia que une dança, vídeo e intervenção urbana para discutir racismo, LGBTfobia e misoginia em espaços públicos da cidade tem sua estreia em uma temporada de quatro apresentações que iniciou na Esplanada da Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), no dia 30 de novembro, seguindo para o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), em 1º de dezembro, Forte de Santo Antônio Além do Carmo, em 7 de dezembro, e finalizando mais uma vez na Esplanada do TCA, no dia 8 de dezembro, sempre às 19h e livremente aberta ao acesso do público.

Companhia pública de dança da Bahia, o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) se posiciona nos tempos contemporâneos e estreia um projeto artístico que, aliando tecnologia, redes informacionais e audiovisual, desenvolve temas urgentes que resguardam a diversidade e mobilizam lutas de minorias sociais.

“Urbis in Motus” resulta de um processo criativo em dança que engajou os dançarinos em reflexões continuadas a respeito de racismo, LGBTfobia e misoginia. Em cena, o público presenciará a interação de performance e coreografia ao vivo, videomapping e intervenção urbana, em circulação em espaços públicos de Salvador, incorporando assim também pensamentos a respeito de cidade, ocupação, patrimônio histórico-cultural e memória.

Flexa II

 

“Urbis in Motus” (“cidade em movimento”, em latim) é uma proposição de David Cavalcanti (VJ Gabiru) juntamente com o diretor artístico do BTCA, Antrifo Sanches, e a assessora artística da companhia, Dina Tourinho, com o suporte do Núcleo de Pesquisa do Balé. Dois artistas-pesquisadores foram convidados para desenvolver as coreografias com a companhia: os professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e diretores teatrais Djalma Thürler, instigado pelas questões de LGBTfobia, e Meran Vargens, com o tema da misoginia. Já a pauta do racismo será abordada em um videodança, exibindo um solo do bailarino Renivaldo Nascimento (Flexa II).

Para este trabalho coletivo e reflexivo, o BTCA e sua equipe, diretores e coreógrafos, assim como os criadores do figurino e da trilha sonora, atuaram de forma dialógica por um período de três meses, desde o último mês de agosto. Questionar intolerâncias e acionar diferentes linguagens artísticas para expressar poeticamente a defesa das liberdades foram os guias desta produção.

Urbis in Motus – Balé Teatro Castro Alves
Concepção: David Cavalcanti (VJ Gabiru), Antrifo Sanches e Dina Tourinho
Direção Coreográfica: Djalma Thürler, Meran Vargens e Renivaldo Nascimento (Flexa II)
Locais e datas:
= Esplanada da Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA)
30 de novembro (quinta-feira)
= Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA)
1º de dezembro (sexta-feira)
= Forte de Santo Antônio Além do Carmo
7 de dezembro (quinta-feira)
= Esplanada da Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA)
8 de dezembro (sexta-feira)
Horário: Sempre às 19h
Classificação indicativa: 12 anos
Acesso livremente aberto público


“Woyzeck – Zé Ninguém” no Teatro Goethe – ICBA


Simone Brault e Felipe Viguini em Foto divulgação de Diney Araújo

Relações de poder e antagonismos sociais conduzem a montagem de Woyzeck – Zé Ninguém, adaptada do original de Georg Büchner, no Teatro Goethe-Institut Salvador-Bahia/ICBA, no Corredor da Vitória. O espetáculo dirigido pelo ator e encenador Caio Rodrigo, com co-direção de Guilherme Hunder, estreia no dia 29 de novembro, às 20h, e fica em cartaz até o dia 10 de dezembro , de quarta a domingo.

Concebida a partir do original de Georg Büchner, obra-prima deste dramaturgo, esta peça faz uma reflexão sobre a exploração do homem pelo próprio homem. Baseada em fatos reais, a história conta a vida de um homem que luta desenfreadamente pela sobrevivência e desenvolve imperativamente várias atividades (soldado/fuzileiro, barbeiro e cobaia de um médico). As inúmeras tarefas não permitem que ele fique muito tempo num espaço, o que impõe o fim abrupto e precoce das cenas, influenciando na linearidade da dramaturgia.

Executadas no ritmo da urgência e do desespero, essas atividades o tiram da convivência familiar e social. Em algumas cenas, Woyzeck se despede da esposa Marie sem sequer ter entrado em casa ou logo depois de chegar. “A construção da individualidade de Woyzeck é feita a partir das relações de opressão, dos antagonismos sociais”, reforça Caio Rodrigo.

Com cortes abruptos e cenas ritmadas cinematograficamente, a adaptação é composta de elementos que reforçam a aproximação desta história com a realidade social e cultural brasileira. Em algumas cenas, Woyzeck é chamado de “Zé”. Interpretado pelo ator Felipe Viguini, esta personagem é o primeiro protagonista proletário da literatura alemã. Escrita em 1837, a obra influencia dramaturgos como Bertold Brecht, em Tambores na Noite e Um homem é um homem.

Musicalidade

Além das composições que já estão no texto original, muitas delas jocosas, Caio Rodrigo traz para sua adaptação músicas do cancioneiro popular brasileiro, que ganham novos arranjos orquestrados pelo diretor musical Elinas Nascimento – Os atores cantam e tocam os instrumentos ao vivo.

Em sua maioria, as músicas sugeridas pela dramaturgia original são aproveitadas, mas reescritas para se adequarem à atualidade musical dada a adaptação. A música assume um lugar de potência afetiva e conduz a dramaturgia. Entre as composições do imaginário nacional estão “Pois é, seu Zé”, “Comportamento Geral” e “O Preto que satisfaz”, de Gonzaguinha.

Circo e Horror

Com objetivo de mostrar a diferença muito sutil entre realidade e ficção, a direção utiliza-se das estéticas do circo e do horror show, que reforçam ainda a personalidade de “Zé” e as relações de poder que estão incrustadas em sua trajetória. A alegoria circense fica a cargo de personagens como o Capitão (Caio Rodrigo), o Médico (Wanderley Meira), o Tombeiro-mor (Rui Mantur) e o “fiel companheiro” André (Marcos Lopes). Tem ainda uma tenda circense, em que um charlatão (Elinas Nacimento), traz o recurso da metalinguagem para sublinhar a ação dramática.

Já Woyzeck e Marie/Maria (Simone Brault) são a “personificação” do horror social. “Fica evidente na repetição das falas das personagens quanto as características que Woyzeck carrega. Ele é uma pessoa que não tem vontade própria, que vive numa condição de profunda opressão e exploração. Já o Capitão e o Médico são máscaras das instituições que representam”, explica Caio Rodrigo.

Woyzeck – Zé Ninguém
Quando: 29 de novembro até 10 de dezembro – quarta a sábado, 20h e domingo, 19h
Onde: Teatro Goethe-Institut Salvador-Bahia/ICBA, no Corredor da Vitória
Ingresso: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Classificação: 18 anos