Começa o Novembro Negro no TCA

No próximo dia 1º (sexta-feira), às 19h, o Teatro Castro Alves (TCA) será palco da abertura oficial do Novembro Negro, mês emblemático da luta pelos …


Espetáculo infantil O Jabuti e a Sabedoria do Mundo


Fotos divulgação de Diney Araújo

Em um tempo distópico, o Cooxia Coletivo Teatral encena um novo espetáculo O Jabuti e A Sabedoria do Mundo, infantojuvenil dirigido por Guilherme Hunder que estreia no dia 02 de novembro e fica em cartaz no Teatro Sesi do Rio Vermelho até 24 do mesmo mês, sábados e domingos, às 16h. Na história, um quinteto de jabutis-griôs, brasileiros, reúnem-se aos fins de tarde para contar histórias de África, histórias donalem mar que reafirmam e legitimam o passado, para que assim se possa viver e acontecer o presente e o futuro.

“Somos filhos de além mar, somos filhos da diáspora!. O Jabuti e A Sabedoria do Mundo pretende promover este legado encantado vindo de África, o legado ancestral, a Sabedoria oral. Na sombra do pé de Irôko, da árvore sagrada, sábios jabutis espalham fragmentos de sabedoria. As lendas contadas por elas são todas histórias passadas de geração em geração, vividas por seus antepassados em um tempo antes do nosso, um tempo ancestral”, descreve Hunder, diretor do espetáculo.

Esse quinteto de Jabutis retoma a tradição griô, sábios africanos contadores de histórias, para narrar três fábulas: Ossain e o Poder das Ervas, O Jabuti e a Sabedoria do Mundo e O Caçador Serpente, ambas de tradição da nigeriana, país da costa Oeste da África. A construção dramatúrgica, direcionado pelo encenador, foi baseada em contos dos livros O Amuleto Perdido e Outras Lendas Africanas de Magdalene Sacranie, Tem Oba-oba no Baobá de Cláudia Lins, O Jabuti e a Sabedoria do Mundo de Vilma Maria, e As Aventuras de Torty, a Tartaruga de Sunny.

No primeiro conto, Ossain, conhecedor do poder das folhas, detentor de todos os segredos, remédios do próprio Olodumaré, descobre que Xangô quer tomar seu poder. Para esconder as folhas, Ossain contou com ajuda de Aroni (avó dos jabutis-griôs) e preparou uma cabaça com todas as folhas, a colocou no topo do Iróko, árvore sagrada. Xangô fica sabendo dos planos de Ossain e pede a Iansã que assopre uma grande ventania, que derruba a cabaça.

Antes que as folhas caíssem no chão todos os orixás pegam uma delas. É assim que cada orixá se torna dono de ewê (folha) – Omolú pegou canela de velho; Ogum os ramos de abre caminho; Xangô as folhas de Acocô. Este é o enredo do conto Ossain e o Poder das Ervas.Olulu Ofu Ogê, ou seja, “Era uma vez” O Jabuti e a Sabedoria do Mundo – título homônimo da obra, um pequeno Jabuti viaja pelo continente e ao passar por cada reino africano rouba e leva consigo sabedorias e histórias dos lugares.

Acreditava que, com toda a Sabedoria, deteria poder, respeito e dinheiro. Depois de roubar a sabedoria de vários reinos, como Oiô, Keto, Ifê, etc, a guarda no pé de Iróko e, em determinado momento, percebe que ela é “Como o vento, sopra com força … ninguém jamais conseguiu segurá-la”.

Por último, O Caçador Serpente, conta a história de um velho caçador que em África consegue uma porção – dada por uma feiticeira – e ao mergulhar o rosto nela torna-se uma serpente e sai a noite para caçar escondido dos filhos. Certo dia, ao sentirem a ausência do pai, um dos filhos descobre a porção e raivosamente a derruba. Ao retornar para casa, o caçador encontra a cabaça destruída e sem poder mergulhar o rosto na porção passa a ser uma serpente para sempre, sendo jamais reconhecido pelos filhos.

No palco, Genário Neto, Igor Nascimento, Joshy Varjão, Larissa Libório e Nitorê Akadã se revezam interpretando os jabutis griôs, contadores de histórias e as personagens dessas mágicas e engenhosas histórias – avô, avó, bisavô e tataravô, feiticeira, caçador serpente, orixás. Os jabutis refletem características e ações humanas. As histórias contadas nos deixam uma reflexão quanto a nossa conduta e o nosso comportamento em sociedade. Diogo Teixeira integra também o elenco do espetáculo, como stand in.

“A encenação pretende unir ancestralidade e contemporaneidade a fim de acessar o universo da meninada. Para isso, somamos jogos tradicionais africanos, deuses do Panteão Africano, atabaques, agogôs, games, internet, tecnologia e… ALAFIA! Nosso espetáculo pretende provocar os pequenos espectadores acerca da importância da preservação da memória, da tradição oral africana e de como mantê-las vivas cotidianamente. Abrimos o leque para discussões que tangem a construção da nossa identidade negra e temas como racismo e intolerância religiosa”, explica Hunder.

O conceito de distopia do espetáculo estará presente na iluminação de Alisson de Sá, que utilizará recursos alternativos para além dos refletores da caixa cênica. Com trilha executada “ao vivo”, o espetáculo reúne canções originais de Ray Gouveia e Felipe Pires, este último assina a direção musical, que reúne sons tradicionais e ritualísticos ao Hip-hop, música eletrônica e rock.

Apesar de serem jabutis, as personagens não serão animalizadas, conceito poético proposto para o figurino. “O figurino terá uma estrutura de colagem, sobreposição. Traremos signos do Jabuti por meio da roupa, uma delas é uma mochila – o casco -, um repositório que guarda elementos de cena e acumula a Sabedoria do Mundo”, antecipa Hunder. Já o cenário assinado por Zuarte Júnior, trará uma grande árvore, onde serão vividas e contadas as histórias ancestrais.

FICHA TÉCNICA
Texto – Adaptação de Guilherme Hunder a partir dos livros O Amuleto Perdido e Outras Lendas Africanas de MagdaleneSacranie, Tem Oba-oba no Baobá de Cláudia Lins, O Jabuti e a Sabedoria do Mundo de Vilma Maria, As Aventuras de Torty, a Tartaruga de Sunny e Brasil Africano de André Luís Silva.
Encenação e figurinos – Guilherme Hunder
Assistentes de Encenação – Letícia Aranha e Lucas Araújo
Elenco – Larissa Libório, Diogo Teixeira, Joshy Varjão, Nitorê Akadã, Igor Nascimento e Thiago Ribeiro
Canções originais – Ray Gouveia e Felipe Pires
Direção Musical – Felipe Pires
Cenário – Zuarte Jr.
Iluminação – Alison de Sá
Programação Visual – Diego Moreno
Direção de produção – Guilherme Hunder
Produção Executiva – Sidnaldo Lopes e Eric Lopes
Assistente de Produção – Merinha Paixão
Realização – Cooxia – Coletivo Teatral

Serviço
O quê: O Jabuti e a Sabedoria do Mundo – com direção de Guilherme Hunder
Quando: 02 a 24 de novembro, sábados e domingos, às 16h
Onde: Teatro Sesi Rio Vermelho
Ingressos:R$30 (imteira) e R$15 (meia)


Atrizes participam de pré-estreia de filme no XV Panorama Internacional de Cinema


Foto divulgação Bruno Machado

As atrizes Carol Duarte e Julia Stockler, protagonistas de A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, estarão na pré-estreia do filme, dia 30 de outubro, 20h, no XV Panorama Internacional Coisa de Cinema. As atrizes debaterão com o público após a exibição do longa-metragem, escolhido para representar o Brasil na disputa para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Internacional.

Uma adaptação do romance A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha, o filme ganhou o prêmio principal da mostra Un Certain Regard do último Festival de Cannes, uma conquista inédita para o cinema brasileiro.

A trama se desenrola a partir das cartas de Guida encontradas por Eurídice (Fernanda Montenegro), aos 80 anos. As correspondências trazem o passado das irmãs, vividas por Carol (Eurídice) e Júlia (Guida) na juventude. Jovens de temperamentos opostos submetidas a um rígido regime patriarcal, no Rio de Janeiro da década de 1940, elas acabam separadas pela opressão. Guida resolve fugir com o namorado, enquanto Eurídice cede a um casamento sem amor e se esforça para virar musicista.

O XV Panorama acontece entre os dias 30 de outubro e 6 de novembro, em Salvador; e Cachoeira. O festival conta com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, e do Ministério da Cidadania, por meio do Fundo Setorial do Audiovisual.


Mal invisível até dia 27 no Vila Velha


Foto divulgação de Saulo Robledo

O ator e diretor teatral Marcelo Sousa Brito e a equipe do Coletivo Cruéis Tentadores ajustam os últimos
preparativos para estreia do espetáculo Mal invisível, marcada para 10 de outubro de 2019, às 20h, no
Teatro Vila Velha. A curta temporada segue em cartaz sextas e sábados 20h e domingos 19h, até dia 27,
com ingressos no valor de R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
O projeto faz parte de uma longa pesquisa do encenador iniciada em Paris em 2002, ao conhecer a obra La
supplication, da autora bielorrussa Svetlana Alexievitch, que fala das vítimas de contaminação radioativa
em Chernobyl. Prêmio Nobel de Literatura em 2016 e homenageada na Festa Literária Internacional
de Paraty no mesmo ano, a escritora começa a ter seus livros traduzidos no Brasil.
Foi a atualidade dessa obra que fez Brito construir uma dramaturgia forte, que traz também
dados, relatos e informações de canais de notícias, além de passagens do livro “Holocausto
brasileiro”, da autora Daniela Arbex, como fonte de pesquisa para a escrita do texto,
potencializando as histórias de males muitas vezes silenciados, mas densos da trajetória humana.
Em 2009, Brito passou uma temporada de pesquisa em Berlin, convivendo com ativistas e
frequentando lugares destruídos por conflitos ambientais e sociais. Em 2015 ele retorna a Paris,
dessa vez para presenciar o silêncio e a invisibilidade de corpos estrangeiros na parte subterrânea
do metrô.
Agora, em 2019, a convite do Teatro Vila Velha, o encenador dribla as dificuldades por falta de
patrocínio e decide que é o momento de tocar nessa ferida, que está cada vez mais próxima de
nós: o mal que o ser humano causa a si mesmo ao se colocar no lugar de prioridade.
Para isso o diretor reuniu uma equipe de artistas que está, desde março deste ano, dividindo o
espaço de criação juntamente com os moradores da Comunidade do Solar do Unhão. “Ali, é
possível ouvir o grito dos invisibilizados pela sociedade e fazer com que a comunidade ouça o
clamor de artistas-personagens que querem problematizar nossa estadia na Terra e pensar o que
será das civilizações futuras. Qual é a nossa real responsabilidade para com o mundo onde
vivemos?” – questiona Brito.
Os ensaios são sempre repletos de emoção e questionamentos a cada dia, sobre cada
acontecimento noticiado pela imprensa. “Não se pode falar do cotidiano, da vida real, sem vivê-la,
preso em salas de ensaio. Meu desejo é que o elenco viva na pele as dores e delícias das
personagens e para isso é comum ensaiar com chuva, sol, crianças, moradores de rua, moradores
locais, que esperam socorro diante de um desabamento de terr; a mãe aflita aguardando

ambulância para socorrer filho afogado, a polícia em busca de chefe de tráfico e por aí seguimos
nos alimentando até o dia da estreia” – destaca.
Sobre Marcelo _Os trabalhos do diretor e autor Marcelo Sousa Brito, que realiza estágio de pós-
doutorado em Artes Cênicas pela Ufba, com dois livros lançados em seu Mestrado (O Teatro
Invadindo a Cidade – 2012) e Doutorado (O Teatro que Corre nas Vias – 2017), já percorreram
cidades do interior baiano, do Brasil e da Europa, sempre com um traço performático diferenciado
em relação ao meio. Sua peça de graduação também, Guilda (2006), ganhou o prêmio Braskem de
Teatro na categoria Revelação.
Agora ele se une a artistas experientes como Márcia Andrade (“Em Família), José Carlos Jr
(“Compadre de Ogum”), Irema Santos, Nilson Rocha (“A Bofetada”), Paulo Paiva e Saulo Robledo,
para sua nova estreia. A ideia vem sendo amadurecida nos últimos anos para debater a
responsabilidade humana com o planeta e ganhou força com o convite de Márcio Meirelles para
que a estreia acontecesse no Teatro Vila Velha.
Vale ressaltar que a comunidade do Solar do Unhão está apoiando o espetáculo e os interessados
terão acesso ao teatro na ocasião da estreia. Outro ponto é que Marcelo volta com uma proposta
pessoal forte, em um teatro convencional, depois de mais de uma década sem realizar este perfil
de obra em sua carreira.
Mal Invisível – Coletivo Cruéis Tentadores, direção Marcelo Sousa Brito
Data: 10/10 (única quinta da estreia – 20h) + 11, 12, 13, 18, 19, 20, 25, 26 e 27 de outubro de 2019
(sextas e sábados 20h e domingos 19h)
Local: Teatro Vila Velha – Passeio Público (Salvador)
Valor: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia com comprovante)
Informações: (71- 98823-2787 Marcelo / 71- 98824-2978/ 99274 0136 Tatiane)
https://www.facebook.com/crueis.tentadores
https://www.ingressorapido.com.br/event/31384-1/
Realização: Coletivo Cruéis Tentadores
Classificação: 16 anos

Ficha técnica:
Dramaturgia, direção e responsável pelo projeto: Marcelo Sousa Brito
Elenco: Márcia Andrade, Paulo Paiva, Irema Santos, José Carlos Jr., Nilson Rocha, Marcelo Sousa
Brito, Saulo Robledo
Cenografia: Haroldo Garay
Figurino: Silverino Oju
Trilha sonora: Daniel Nepomuceno
Iluminação: Marcos Dedê


Exposição “O Preço do Sorriso” no Palacete das Artes


A exposição “O Preço do Sorriso”, do artista João Neto, terá abertura na terça-feira, 1º de outubro, das 19h até 21h, no segundo pavimento do Palacete das Artes. A mostra apresenta um conjunto de peças em cerâmica, modeladas na figura do palhaço, refletindo sobre o cotidiano de muitas pessoas, uma exteriorização do grande circo da vida. São figuras contemporâneas baseadas em lembranças, vivencias e intenções de mudanças.
Alguns resultados do percurso criativo e de investigação do artista sobre os processos cerâmicos são apresentados em 49 cabeças inquietantes. Um grito de tudo que ficou preso ao longo dos anos ecoa. Cada cabeça é modelada assim como a personalidade de cada um. Com paciência, aprendizado, e sentimento.

João Neto (Minas Gerais – Bahia), Artista, Arquiteto e Urbanista vive e trabalha em Salvador – Bahia. Graduado pela FAUFBA em 2006, há quatro anos vem se dedicando exclusivamente às artes plásticas. Inicialmente desenvolveu várias atividades artísticas com a pintura e a partir de 2016 desenvolve processos cerâmicos e uma produção de séries escultóricas, nas quais seu principal motivo criativo está relacionado com as questões do homem contemporâneo. Tendo participado de exposições coletivas, feiras de arte e recentemente integrou um programa de TV na rede GNT.

A exposição poderá ser conferida pelo público até o dia 24 de novembro. O Palacete das Artes é um órgão vinculado ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC)/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA). Funciona de terça a sexta, das 13h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h. Mais informações no tel. 71 3117 6987.


Domingo no TCA tem o espetáculo “O Velho Homem Rio”


Celo Costa em foto divulgação de Ricardo Prado

Em setembro, o projeto Domingo no TCA apresenta para o público a articulação entre os universos musical e literário na obra “O Velho Homem Rio”. Inspirado no conto “A Terceira Margem do Rio”, do autor Guimarães Rosa, o solo é protagonizado pelo cantador, multi-instrumentista e compositor Celo Costa. Entrelaçando a arte da cantoria com a beleza da narração de histórias, o espetáculo tem direção artística de Jackson Costa e conta com direção musical de André Tiganá. A Sala Principal do Teatro Castro Alves (TCA) receberá o artista no dia 29 de setembro, às 11h. Os ingressos custam R$ 1,00 (inteira) e R$ 0,50 (meia) e serão vendidos apenas no dia do evento, a partir das 9h, com acesso imediato à plateia do teatro.

Em “O Velho Homem Rio”, Celo Costa mergulha os espectadores em composições inspiradas no imaginário atemporal do sertão. O músico inspirou-se na riqueza de significados e simbolismos do sertão para criar o show, levando para o palco canções de Elomar, Dominguinhos, Chico Buarque e Mauro Aguiar, articuladas com o repertório autoral do artista. “Esse projeto traz uma singularidade bem especial, porque vamos contar uma história no meio de um show musical, sob o olhar de um contador de histórias. Então, no palco, serei um cantador, tocador de viola e também um contador dessa história tão profunda, que é ‘A terceira margem do rio’”, afirma Celo Costa.

A apresentação garante uma aproximação com instrumentos característicos da música nordestina, mas em diálogo com as tantas possibilidades musicais: sanfona e viola convivem com percussão e piano num ambiente de sonoridade acústica. Jackson Costa afirma que essa é uma boa oportunidade para o público se deleitar com a prosa poética de Guimarães Rosa, na voz de um cantador que ousa se aventurar com a palavra falada, assim como a personagem do conto, em busca do desconhecido, dessa terceira margem.

“O Velho Homem Rio” traz à tona os imaginários dos sertões, transitando entre muitos simbolismos evocados pela palavra e música. “O sertão de Elomar é seco, com pouca água, com o bode. Ele tem uma paisagem, uma fauna, aquela coisa de chuva rara, o sofrimento do nordestino, alimentação escassa, a carne seca. Mas ele traz também alguns elementos que estão no conto, como a solidão, o isolamento, a saudade e, de certa forma, traz também o abandono, presente em ‘A Terceira Margem do Rio’”. Já Guimarães Rosa, descreve ainda Celo, traz um sertão colorido, de vida, com água abundante. “É outro sertão. A narrativa acontece na beira de um rio, não tem tanta miséria, embora compartilhe elementos em comum, como abandono e solidão. São dois sertões presentes aí”, explica.

Celo Costa foi criado na beira de um rio, na cidade de Santa Maria da Vitória, situada no oeste da Bahia, banhada pelo Rio Corrente. Ele também encontrou nas suas memórias de infância a relação com as expressões artísticas que apresentará em cena. “O narrador do conto é o filho que fica. É a história de um pai que manda fazer uma canoa para si e passa a viver no meio do rio. Mas quem conta essa história é o filho. Eu me identifico com essa narrativa porque fui criança também dentro de uma família, e os meus pais se separaram. Eu vi o meu pai, falando de uma maneira metafórica, mandar fazer pra si uma canoa e viver no meio desse rio. É uma memória forte que eu tenho”, conta.

DOMINGO NO TCA – O Domingo no TCA é uma iniciativa do Teatro Castro Alves, Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), que se compromete em ampliar e diversificar o seu público frequentador, oferecendo-lhe acesso a espetáculos qualificados, das mais diversas linguagens artísticas. Desde 2007, com mais de 140 edições e cerca de 200 mil espectadores, o projeto engloba apresentações de música, teatro, dança, circo, cinema, de variados estilos e proposições estéticas, da Bahia, do Brasil e do mundo.

Celo Costa

No espetáculo “O Velho Homem Rio”

Onde: Sala Principal do Teatro Castro Alves

Quando: 29 de setembro de 2019 (domingo), 11h

Quanto*: R$ 1,00 (inteira) e R$ 0,50 (meia)

* Vendas somente no dia, a partir de 9h, com acesso imediato do público.

Classificação indicativa: Livre