“O Balé que Você Não Vê” retorna ao palco do TCA


Coreografia Okan. Foto: Célia Santos/Divulgação

A volta por cima. Depois de mais de dois anos sem se apresentar e de quase encerrar definitivamente suas atividades, o Balé Folclórico da Bahia realizou durante o ano de 2022 o Festival Balé Folclórico da Bahia com grande sucesso.

As apresentações no Teatro Castro Alves tiveram as cinco sessões com lotação esgotada. Devido a este enorme sucesso, a pedido do público e a convite do TCA, a companhia retorna com o espetáculo “O Balé que Você Não Vê” para apenas duas apresentações, nos dias 3 e 4 de fevereiro, às 21h.

Considerado um dos principais embaixadores culturais do Brasil no mundo, o grupo de dança afro-brasileira, que já se apresentou em mais de vinte países, quase encerrou suas atividades durante a pandemia. A companhia contou com a ajuda de artistas, admiradores e da população através de uma vaquinha virtual, para se manter nos dois últimos anos.

“Agora, graças à Lei de Incentivo, ao patrocínio da iniciativa privada e a inúmeros apoios, o Balé Folclórico da Bahia voltou com uma programação extensa, robusta, que contempla da formação do seu novo corpo de baile a uma estreia mundial apresentada em novembro, no TCA”, declara Walson Botelho, mais conhecido como Vavá Botelho, fundador e diretor geral da companhia.

“O espetáculo ‘O Balé que Você Não Vê’ é inspirado na luta diária de uma companhia profissional para se manter, tanto financeira como tecnicamente. Além de toda preparação técnica para dança, música, capoeira, canto e teatro, os bailarinos da companhia não aprendem apenas dança afro-brasileira, eles recebem preparação para dança clássica, dança moderna e contemporânea.

É um trabalho árduo e permanente”, conta Vavá. “Poucas companhias de dança privadas sem patrocinador regular conseguem existir por tanto tempo, mantendo um nível de excelência técnica tão elevado e respeito do público e da crítica”, afirma o diretor geral do Balé.

Reconhecimento – Além do reconhecimento do público e da crítica especializada, o Balé coleciona inúmeros prêmios e conquistas importantes. Em novembro de 2013, durante sua 12ª turnê pela América do Norte, o BFB foi homenageado em Atlanta, capital da Geórgia (EUA).

A prefeitura de Atlanta declarou o dia 1º de novembro como o Dia do Balé Folclórico da Bahia no calendário oficial da cidade. Em dezembro do mesmo ano, a companhia ganhou nome de rua na cidade de Aného, no sudeste do Togo, perto da fronteira com o Benim, durante curta temporada na África.

O Balé ganhou inúmeras matérias de página inteira no The New York Times e foi notícia de destaque em vários outros jornais do mundo. Já foi também capa do The Village Voice, uma das mais importantes publicações culturais em Nova York.

O grupo arrebatou a admiração da poderosa Anna Kisselgoff, crítica de dança do The New York Times. “O prazer dos dançarinos, músicos e cantoras em fazer o que eles fazem sobre o palco é tão obviamente parte da vida deles que contagia todo o teatro”, escreveu Kisselgoff.

“Eu já assisti seus maravilhosos bailarinos em diferentes países, sempre se comunicando com o público. Crianças e adultos são tomados de imediato pelos ritmos e encantos de sua arte”, declarou a jornalista numa das suas criticas para o jornal norte-americano.

Em 1994, a Associação Mundial de Críticos reconheceu o BFB como a melhor companhia de dança folclórica do mundo. Ao longo da sua trajetória, o Balé conquistou vários prêmios e reconhecimento. Dentre eles: o Prêmio Fiat (oferecido pela Fiat do Brasil como a melhor companhia de dança do país em 1990); o Prêmio Estímulo (oferecido pelo Ministério da Cultura como a melhor companhia de dança do país e melhor espetáculo de dança do país em 1993).

O Prêmio Mambembão (oferecido pelo Ministério da Cultura como a melhor pesquisa em cultura popular e melhor preparação técnica de elenco em 1996); o Prêmio Bom do Brasil (oferecido pela Varig como um dos cinco mais importantes projetos sócio-culturais existentes no país em 2004); e o Prêmio Mérito ao Turismo (oferecido pela ABRAJET – Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo pelos serviços prestados ao turismo no estado).

Desde 1993, sob a direção artística de José Carlos Arandiba (Zebrinha), a companhia atingiu um nível de aprimoramento técnico-interpretativo, que despertou a atenção dos mais exigentes profissionais e críticos da área de dança. A Bahia, celeiro das manifestações populares no país, tem sido a maior inspiração para as pesquisas do Balé, que, através da dança, música e de outras expressões que compõem o espetáculo, consegue legitimar o folclore baiano em suas coreografias.

“O nosso grande objetivo é a educação. Meu princípio é que cada pessoa faz seu caminho. No Balé, há pessoas de todas as faixas etárias e de todas as classes sociais. A partir do momento que alguém entra por nossa porta, deixa fora um monte de estigma”, afirma o diretor artístico.

Em 2018, quando completou 30 anos, o Balé Folclórico da Bahia foi homenageado pela Assembleia Legislativa da Bahia e pela Câmara Municipal de Salvador. A companhia foi homenageada pela Comissão Especial de Promoção da Igualdade. Na Câmara Municipal de Salvador, por iniciativa do vereador, jurista e professor Edvaldo Brito, a Fundação Balé Folclórico da Bahia também foi homenageada em sessão solene e recebeu da Câmara o título de Utilidade Pública Municipal.

Sobre o Balé Folclórico da Bahia – O premiado Balé, que completou 34 anos em agosto de 2022, já se apresentou em mais de trezentas cidades e 27 países, incluindo Estados Unidos, Itália, Inglaterra, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Nova Zelândia, Austrália, Alemanha, França, Holanda, Suíça, México, Chile, Colômbia, Finlândia, Suécia, África do Sul, dentre outros. “Seguramente, somos um dos principais embaixadores da cultura popular brasileira e afro-baiana para o mundo”, destaca Vavá.

Com sede no Pelourinho, em Salvador, o BFB é a única companhia de dança folclórica profissional do país. Os integrantes da companhia – dançarinos, músicos e cantores – recebem preparação técnica para dança, música, capoeira, canto e teatro. Para preservar e divulgar as principais manifestações folclóricas da Bahia, o Balé desenvolveu uma linguagem cênica que parte dos aspectos populares e atinge questões contemporâneas.

O Balé também possui um segundo corpo de baile, que, durante 27 anos, realizava apresentações diariamente, no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho, tendo como público, principalmente, turistas estrangeiros e de outros estados do Brasil. Com a pandemia, essas apresentações foram suspensas e e serão agora retomadas.

SERVIÇO
Balé Folclórico da Bahia – “O Balé Que Você Não Vê”
Quando: 3 e 4 de fevereiro de 2023 (sexta e sábado), 21h
Onde: Sala Principal do Teatro Castro Alves
Quanto:
R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia), filas A a P
R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia), filas Q a Z11
Classificação indicativa: Livre
É terminantemente proibida a entrada após o início da sessão

VENDAS
Os ingressos para o espetáculo podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Castro Alves (clique aqui para informações de funcionamento) ou no site e aplicativo da Sympla (www.sympla.com.br).

Aviso: Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não reflete a opinião deste site. Todos os comentários são moderados e nos reservamos o direito de excluir mensagens consideradas inadequadas com conteúdo ofensivo como palavrões ou ofensa direcionadas a pessoas ou instituições. Além disso, não serão permitidos comentários com propaganda (spam) e links que não correspondam ao post.