Dia do Escritor e Julho das Pretas com bate-papo virtual pela FGM


Jenyffer Nascimento. Divulgação

Bate-papo virtual ao vivo, próximo sábado (25), às 16h, no canal do YouTube da Fundação Gregório de Mattos, para celebrar o Dia do Escritor e o Julho das Pretas, com o tema “A Escrita da Letra M.”, em homenagem à escritora imortal da Academia de Letras da Bahia e personalidade emblemática de importante representatividade religiosa, enquanto Iyalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá, Mãe Stella de Oxóssi.

Além da Iyalorixá homenageada, a letra M de Mulher reverenciará outras mulheres negras e baianas que vêm se destacando na cena literária para além das fronteias da Bahia e do Brasil, as escritoras Maria Alice Pereira da Silva, Helena Nascimento, Jenyffer Nascimento e Sara Messias. A mediação será feita pela Gerente de Bibliotecas e Promoção do Livro e Leitura da FGM (GBPLL), Jane Palma.

O Dia do Escritor começou a ser comemorado em 1960, quando realizado o primeiro Festival do Escritor Brasileiro, promovido pela União Brasileira de Escritores, quando o então presidente da Instituição, João Peregrino Júnior e o vice-presidente, Jorge Amado, decidiram criar, naquele 25 de Julho, a data que iria homenagear todos os escritores.

Maria Alice. Divulgação

Todo ano, a Gerência de Bibliotecas e Promoção do Livro e Leitura da FGM, em parceria com diversas instituições, adere à campanha nacional “Esqueça um livro e espalhe conhecimento”, distribuindo livros em pontos de grande circulação de pessoas na cidade, como a Estação da Lapa, o Largo Dois de Julho e com o apoio de bibliotecas comunitárias em vários bairros de Salvador. Este ano, em decorrência das medidas de distanciamento social, devido a pandemia da covid-19, a mobilização precisou se adequar e migrou para o ambiente virtual.

Além do bate-papo ao vivo, a FGM vem intensificando a campanha de incentivo à leitura e publicação de obras na plataforma virtual “Caminhos Digitais da Leitura” (caminhosdigitaisdaleitura.salvador.ba.gov.br). No site é possível ler os livros na estante virtual, como clássicos da literatura brasileira, coleções do Selo Literário João Ubaldo Ribeiro e contribuições de outros escritores, como de Maria Alice Pereira da Silva com a Pedra de Xangô.

Jane Palma, gerente de Bibliotecas e Promoção do Livro e Leitura, cita o poema de Fabrício Roberto Veiga para reiterar a importância da leitura na formação do indivíduo e, consequentemente, a relevância do papel do escritor: “Ler é bom, estimula o raciocínio. Leia desde a bula de um remédio a um livro de fábulas, verás o fascinante
mundo da leitura. Uma vez dentro, é difícil sair, como uma droga ele vicia, sua vantagem que só faz bem à sua saúde mental…”.

Helena Nascimento. Divulgação

Palma ressalta que “a FGM vem homenagear as escritoras baianas, que enfrentam com força e determinação a batalha contra o medo do desconhecido, contra as dificuldades do dia a dia, mantendo a autoestima, a graça e leveza nas suas linhas. Com isso, o tema foi pensado para comemorar o Dia do Escritor, a partir de um ícone, além de religioso, literário: a escritora, membro da Academia de Letras da Bahia, Mãe Stella de Oxóssi.

Além da homenagem ao legado e a representatividade dessa guerreira na literatura, o Julho das Pretas também foi lembrado e, por meio da imagem da Iyá, que também representa a mulher e a negritude, iremos trazer outras mulheres que levantam com maestria, o poder e a força das palavras e estão desbravando o mundo com seus livros!”.

Sobre as convidadas:

Sara Messias. Divulgação

Helena Nascimento

Escritora, educadora, idealizadora do projeto “ O que tem atrás da porta”.

Jenyffer Nascimento

Mulher negra periférica, escritora, mãe, estudante, educadora, boêmia, raiz, ventania e liberdade… Participou da coletânea Sarau do Binho e tem poemas publicados na antologia Pretextos de mulheres negras (2013), coletânea que contou com a participação de vinte e duas autoras. Seu primeiro trabalho individual é Terra fértil (Editora Mjiba, 2014).

Sara Messias

Escritora baiana lançará sua primeira obra, o livro “Aqualtune: Um sonho chamado liberdade”, sexta-feira (24), na Itália. Sua obra resgata história da lendária princesa do Congo e traduz a relação repleta de dor, crueldade e mortes do povo africano. Através de uma leitura leve e tocante, a autora convida o leitor a fazer uma verdadeira viagem no tempo nesse romance histórico, perpassando por cenários que evidenciam o sofrimento ao qual a população negra foi submetida: o Holocausto Africano e Índigena, um dos maiores crime perpetrados contra a humanidade.

Maria Alice Pereira da Silva

Maria Alice Pereira da Silva é advogada, mestra e doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA. Ex-Secretária Municipal da Reparação da Cidade de Salvador, foi a primeira presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Direitos dos Afrodescendentes – OAB/BA. É sócia efetiva do IGHB (Instituto Geográfico e Histórico da Bahia) e membro do IAB (Instituto dos Advogados da Bahia). Estudiosa das questões afro-brasileiras, atua na área de direitos humanos, inclusão social e políticas públicas. Dentre suas obras de maior destaque, está o livro “Pedra de Xangô – Um Lugar Sagrado Afro-Brasileiro”, publicado pela Fundação Gregório de Mattos e que serviu como base para o processo de tombamento da Pedra.

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