Carnaval da Cultura com tradições, música e diversidade


 

Seja por meio da beleza e história dos blocos do Ouro Negro ocupando a avenida; da tradição e alegria das marchinhas e microtrios que puxam a pipoca, ou dos grandes artistas e expoentes que agitam os palcos do Pelourinho, o Carnaval da Cultura vem agitar a folia durante os seis dias. Assim, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura da Bahia, garante por mais um ano a realização de um carnaval diverso, democrático, voltado para os baianos e visitantes de todos os cantos, afinal, “o Mundo se Une Aqui!”.

Ouro Negro – O Carnaval Ouro Negro, em sua 12ª edição, contempla neste ano blocos dos segmentos afro, afoxé, samba e reggae, nos circuitos Batatinha (Centro Histórico), Osmar (Campo Grande) e Dodô (Barra). Celebrando as matrizes africanas por meio de indumentárias tradicionais, alas de dança, canto e performances, os desfiles das entidades se configuram em verdadeiros espetáculos multi artísticos que encantam com a força da ancestralidade.

Dentre os blocos que participam do programa, alguns têm motivos a mais para comemorar este ano. O Afoxé Filhos de Gandhy, maior afoxé do mundo, completa 70 anos de história. O tapete branco da paz leva para avenida o tema “Êla Tempo”, escolha feita em respeito à ancestralidade e a todos que contribuíram para a evolução da instituição.  O bloco afro Ilê Aiyê, que completa 45 anos em 2019, firmado como uma das mais importantes entidades de referência na luta pela valorização e inclusão da população negra, dá continuidade às homenagens à Década Internacional Afrodescendente e traz no tema a referência a uma das mais famosas citações de seu repertório: “Que bloco é esse? Eu quero saber: 45 anos de Ilê Aiyê”. O objetivo do bloco é mostrar na avenida a musicalidade que deu origem a diversos subgêneros da música baiana.

Já o bloco afro Olodum, dono de um dos mais famosos toques percussivos do mundo, celebra o tema “As Duas Histórias: o Perfume das Rosas – Olodum 40 anos”. O bloco fundado em 1979, na Rua Maciel, do Pelourinho, tem uma trajetória de combate à discriminação racial e de estímulo à auto-estima e orgulho dos afro-brasileiros.

Banda Didá, Foto Sidney Rocharte

Duas entidades comemoram os seus 25 anos de história. De um lado, o bloco afro Didá, mantido pela associação educativa e cultural sem fins lucrativos de mesmo nome, a entidade desenvolve um trabalho que tem como base a percussão, especialmente o samba reggae. Formado por mulheres, o desfile do bloco marca o ápice das diversas atividades desenvolvidas pela instituição ao longo do ano. Também completando o 25º aniversário, o Alerta Geral montou um time de atrações que representa a excelência do bloco de samba, com muita alegria, paz e requinte.  Os cariocas Xande de Pilares, Délcio Luiz e Fundo de Quintal; além das bandas baianas Bambeia e Miudinho, são os nomes já confirmados para arrastar o imenso tapete azul e branco na quinta-feira, tradicional noite do samba na avenida.

Também participam do Carnaval Ouro Negro blocos e afoxés como Cortejo Afro, Filhos do Congo, Alvorada, Amor e Paixão, Pagode Total, Bloco da Capoeira, Reduto do Samba, Banana Reggae, Fogueirão Samba Folia, Bloco da Capoeira, Laroye Arriba, entre outros.

Carnaval do Pelô 

O Tapete Branco: Filhos de Gandhy, que completa 70 anos neste Carnaval

A programação da folia no Centro Histórico reúne grandes referências da música e artistas que vem conquistando cada vez mais espaço na nova geração. Começando na sexta-feira (01), até a terça-feira (05) os foliões poderão conferir encontros musicais no palco principal do Largo do Pelourinho; shows e bailes nos palcos dos largos Pedro Archanjo, Tereza Batista e Quincas Berro d’Água; além do carnaval de rua, movimentado por bandas, performances, microtrios e nanotrios. Para compor a programação do Carnaval do Pelô, foram selecionados 80 projetos e atrações por meio de seleção pública.

As mulheres negras estão em destaque no palco principal, levando talento e potência a três grandes encontros.  Dentre os projetos, na noite de abertura, sexta (01), a cultura popular é o centro do Samba das Yabás, projeto da cantora Maryzélia com as sambadeiras Dona Chica do Pandeiro (Quixabeira da Matinha) e Mestra Ana (Samba de Roda Dona Dalva). Na terça-feira (05), o Aya Bass reúne três das mais expressivas cantoras da música brasileira contemporânea, as baianas Larissa Luz, Xênia França e Luedji Luna. O projeto estreou em janeiro no Festival Sangue Novo, e chega com tudo ao carnaval.  Na mesma noite, tem muita força e Black music no show “Lindas Pretas Carnavalizando”, com a baiana Nara Couto, a paulista Paula Lima e a brasiliense Ellen Oléria. Além destes, mais nove projetos promovem encontros musicais diversificados no Largo do Pelourinho ao longo dos cinco dias de festa.

Nos largos do Centro Histórico, a programação tem como marca a variedade de ritmos, com shows de afro, antigos carnavais, arrocha, axé, guitarra baiana, hip-hop, reggae, samba, além de orquestras e bailes infantis. Sine Calmon, Skanibais, OQuadro, Pradarrum, Magno Santé, Renata Bastos, Samba Chula de São Braz e Orquestra Sérgio Benutti são alguns dos destaques nos largos Pedro Arcahnjo, Tereza Batista e Quincas Berro d’Água durante a folia. Pela primeira vez, a seleção deste ano contou também com a categoria novos talentos, que selecionou a banda Zuhri, que mistura rap e jazz num som original e envolvente.

Carnaval para crianças

Foto divulgação Aline Simonetti

Para o público infantil, a programação começa sábado (02), no Largo Pedro Archanjo, e continua até terça-feira, sempre a partir das 15h30. As atrações para os pequenos foliões serão Cadeiradebrim, Ray Gramacho, Canela Fina e PUMM – Por um Mundo Melhor.

Considerado por muitos como um dos principais atrativos da folia no Pelourinho, o carnaval de rua promete bastante animação e música com os bandões, bandinhas e grupos de performances.  As atrações podem ser vistas no vai e vem das ruas do Centro Histórico a partir de sexta-feira, às 18h, e nos demais dias com desfiles iniciados às 10h, às 16h e às 19h.

As ruas também serão ocupadas pelo colorido dos microtrios e nanotrios, agitando o folião pipoca no Carnaval do Pelô com muita música e empolgação. Serão dez desfiles com atrações como Microtrio de Ivan Huol, Bloquinho Banda Marana e o Faraó, Sylvia Patrícia & Tuk Tuk Sonoro, Banda Arapuka no Bicicletrio Toca Raul, Coletivo di Tambor, entre outros.

Carnaval da Cultura – É o carnaval dos blocos afro, de samba, de reggae e dos afoxés, apoiados por meio do Edital Ouro Negro para desfilar nos três principais circuitos da folia: Batatinha, Dodô e Osmar. É a folia animada, diversa e democrática do Carnaval do Pelô, que abraça o carnaval de rua, microtrios e nanotrios, além de promover nos palcos grandes encontros musicais e variados ritmos numa ampla programação. Tem Afro, Reggae, Arrocha, Axé, Antigos Carnavais, Samba, Hip-hop e Guitarra Baiana, além de Orquestras e Bailes Infantis. Promovido pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura (SecultBA), o Carnaval da Cultura é da Bahia. O Mundo se Une Aqui!

 

 

Aviso: Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não reflete a opinião deste site. Todos os comentários são moderados e nos reservamos o direito de excluir mensagens consideradas inadequadas com conteúdo ofensivo como palavrões ou ofensa direcionadas a pessoas ou instituições. Além disso, não serão permitidos comentários com propaganda (spam) e links que não correspondam ao post.