Um Patrimônio Imaterial da Bahia desde 2010, a Festa de Nossa Senhora da Boa Morte, na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Bahiano, que começou na terça-feira termina na próxima sexta-feira (17). Uma tradição secular celebrada pela Irmandade da Boa Morte, formada por mulheres negras, descendentes de escravas africanas, que fundaram a instituição há mais de 200 anos.
Esta festa é um espetáculo de devoção e cores com muitas rendas brancas e faixas vermelhas sempre usando várias joias e levando muitas flores para Nossa Senhora da Boa Morte, a santa que elas prestam homenagem. A festa desde 2010 é considerada Patrimônio Imaterial da Bahia. Para fazer parte, as irmãs precisam descender de escravos africanos e possuir mais de 50 anos de idade.
Contam os historiadores que a confraria surgiu quando um grupo de ex-escravas reuniu-se para conseguir a alforria de outros escravos ou facilitar-lhes a fuga. E que as irmandades proliferaram com o país independente, mas ainda escravocrata. Atualmente, a Irmandade da Boa Morte se encontra sem recursos para arcar com a festa.
Programação
15/08 (quarta-feira)
6h – Alvorada com fogos de artifício
10h – Missa solene da assunção de Nossa Senhora na Igreja Matriz
11h – Procissão festiva em homenagem a Nossa Senhora da Glória e posse da comissão organizadora
12h – Valsa e Samba de Roda no Largo d’Ajuda
13h – Almoço das irmãs, convidados e pessoas da comunidade na sede da Irmandade
16h – Samba de Roda no Largo d’Ajuda
16/08 (quinta-feira)
18h – Suculento Cozido seguido de Samba de Roda no Largo d’Ajuda
17/08 (sexta-feira)
18h – Caruru seguido de Samba de Roda e encerramento da Festa 2018.