Lançamento de “Segundo Sol” com ritmos e sabores da Bahia


André e Beto Macêdo, Gerônimo, Márcia Short, Luiz Caldas e Saulo/ Divulgação

O maior teatro de Salvador, o Teatro Castro Alves, se tornou palco de um grandioso evento na noite de segunda-feira (14/05). Abriu as portas para o lançamento da nova trama da Globo, a novela Segundo Sol. O evento, que reuniu quase 2 mil pessoas, contou com a presença do staff da TV Bahia, cantores, influenciadores digitais, cineastas, professores, bem como o público geral que foi brindado mais uma vez com a oportunidade de participar dos eventos voltados para lançamento de novela realizados pela TV Bahia.

 A abertura do evento foi marcada por uma exposição fotográfica, em homenagem ao carnaval da Bahia, com fotos de Osmar Gama e do acervo do jornal Correio. Quem conferiu a exposição também foi presenteado com o cheiro e os sabores da terra. Com um coquetel regado a comidas típicas da região, foi impossível o público não se deliciar com os famosos quitutes (acarajé, abará e cocada), que estão no tabuleiro de toda baiana.

Margareth Menezes e Olodum (Divulgação)

 O show : Ambientada na Bahia, a novela conta a história de um cantor de Axé music. A musicalidade baiana foi representada pelos convidados Luiz Caldas, Olodum, Margareth Menezes, Saulo e Filhos de Gandhy, que embalaram o público com um repertório temperado com muita alegria, axé e dendê.

De azul e branco, representando o orixá Oxalá, o tradicional bloco de afoxé Filhos de Gandhy subiu ao palco entoando cânticos de reverência a história da Bahia e respeito à religião de matriz africana. Para Altamiro Alves, um dos diretores do bloco, a novela vai mostrar a cultura do estado, valorizar os baianos e a nossa forma de receber e abraçar. “É também uma valorização da cultura afro, que está em efervescência. Ao dar uma mostra dessa cultura, quebra um pouco a intolerância, abre um pouco a mente das pessoas”, afirma.

 Em seguida, quem subiu ao palco foram os Irmãos Macêdo. Símbolos da história do carnaval da Bahia, da criação do trio elétrico e da guitarra baiana, Armandinho, Aroldo, André e Beto Macêdo apresentaram músicas que se transformaram em verdadeiros hinos da cultura baiana. Para André Macêdo, novela na Bahia sempre é um sucesso. “É muito bom mostrar a Bahia e divulgá-la para o restante do país. Esse movimento tem a ver com a cultura, a música”, explica.

A noite continuou com a presença de Luiz Caldas, que levou para o público o clima dos antigos carnavais com homenagens à Moraes Moreira, à Caetanave e ao Tapajós. Considerado o pai do axé, ele ainda animou a plateia com seus hits consagrados como ‘Magia’ e ‘É tão bom’.

 “A novela fala sobre axé music, minha criação. Todas as vezes que a dramaturgia se uniu à Bahia, ao Nordeste em geral, foi sucesso. Tanto com as criações de Jorge Amado, Ariano Suassuna e outros que trouxeram esse universo que é bem diferente. Fico muito feliz em estar aqui com meus colegas, que contribuíram para ajudar a axé music chegar ao ponto em que chegou. Aqui a gente também está mostrando de uma forma cronológica, todo o movimento, a sonoridade do carnaval”, declarou Luiz Caldas, o pai do axé.

 O primeiro bloco afro do país, Ilê Aiyê, não apenas marcou presença no espetáculo como também teve suas canções selecionadas para a trilha sonora da novela. As músicas ‘Um Canto de Afoxé para o Bloco Ilê Aiyê’ e ‘O Mais Belo dos Belos’ compõem o disco nas vozes de Moreno Veloso e Alcione, respectivamente. Para o mestre Mário Pam, do Ilê Aiyê, é muito  importante estar no evento representando a Bahia. “Somos precursores desse movimento da música baiana. O axé music, o samba reggae, tudo começa de certa forma com o Ilê Ayê. Existem outras expressões do Carnaval, como os Irmãos Macêdo, com o advento do trio elétrico, os grupos que faziam apresentações de samba. O Ilê Ayê é parte disso, então ficamos orgulhosos de fazer parte desse contexto, levando uma música de qualidade e forte”, ressalta.

“Essa novela traz a Bahia de volta ao cenário nacional, numa posição de horário nobre, que é inquestionável o valor disso. Espero que no percurso seja retratada a verdade da Bahia como ela é”, declarou Márcia Short, que subiu ao palco junto com o Ilê.

As músicas ‘Eu sou Negão e ‘É Doxum’, deram sequência à apresentação na voz de Gerônimo, conhecido por representar a Bahia com as sonoridades das identidades do sincretismo, dos ritmos de matriz africana e também sua marca, a latinidade. Gerônimo afirma que “uma grande força está sendo gerada entre a Rede Globo e os artistas baianos, fazendo com que a música baiana volte a ter representação no estado”, defende.

O Samba Reggae e Neguinho do Samba estiveram presentes através da homenagem prestada pelo Olodum juntamente com a participação de Margareth Menezes. Para o cantor do Olodum, Lazinho (foto), estar nesse evento é um orgulho. “Não é todo dia que temos um lançamento de novela cujo foco é a Bahia, retratando o nosso estado para o Brasil. Representa também um resgate de uma coisa que estava esquecida e pode ser fortalecida – o Axé! É representatividade para a Bahia”, declara. Margareth Menezes também compartilha desse orgulho. “A novela fala sobre a nossa terra e participar levando a música que a gente faz aqui é muito importante, especialmente porque é uma novela que tem dimensão nacional e internacional também”.

 O show continuou com cantores timbaleiros que entraram em cena com todo o ritmo e energia. “É uma honra estar participando do evento, até porque o nosso mestre maior, que é Carlinhos Brown, tem uma música na novela. A trilha sonora valoriza o som que produzimos aqui e nos referencia em qualquer lugar que tocamos”, destaca Flávio Sá, produtor da Timbalada.

A série de apresentações foi encerrada com a chegada de Saulo, que cantou ‘Raiz de Todo Bem’ e, em seguida, convocou todos os artistas a retornarem ao palco para entoar a canção ‘Muito Obrigado Axé’. “Minhas fontes são justamente as pessoas que estão aqui esta noite, Gerônimo, Olodum, Ilê, então quando me vejo ao redor deles me sinto pequeno e ao mesmo tempo muito honrado”. Saulo revelou ainda que está na torcida pelo ator Emílio Dantas, que teve imersão com ele para interpretar o cantor Beto Falcão na trama. “Vou querer dar uma acompanhada na novela de vez em quando. Sou baiano besta. Se fala da Bahia eu fico feliz”, completa. (Texto e fotos divulgados pela Comunicativa Associados)

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