Jequié: Apresentação do espetáculo “O Santo e a Porca” de Ariano Suassuna


Espetáculo indicado ao Prêmio Braskem de Teatro 2017, “O Santo e a Porca”, uma montagem da Cia. Acordada, estará em cartaz  no próximo sábado (21), às 20h, no Centro de Cultura ACM – espaço cultural administrado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) em Jequié. A proposta tem o apoio institucional do Governo do Estado, através da convocatória Ocupe Seu Espaço. A entrada custa R$ 20 e R$ 10.

A montagem da Cia. Acordada da obra de Ariano Suassuna traz à cena o teatro de máscaras conhecido como commedia dell’arte que surgiu na Itália no começo do século XVI, que mistura o teatro literário culto com o popular. Um teatro itinerante que se apresentava e se adequava a qualquer espaço, sejam vilas, cidades ou lugarejos na Europa. A peça escrita por Suassuna é uma adaptação da “Comédia das Panelas” do autor romano Plauto e do Avarento do francês Molière. Os personagens são arquétipos baseados em três categorias: a dos criados, dos patrões e dos enamorados.

O velho avarento, Euricão Engole Cobra (Ed Paixão), guardou todo dinheiro acumulado em sua vida dentro de uma porca de madeira, enquanto engana a todos em sua volta gritando a todos os cantos que é um pobre miserável. Ele sonha em casar sua única filha com um homem rico e explora sua empregada, mantendo-a apenas com teto e comida. Ele é devoto de Santo Antônio e enxerga a divindade como um herói protetor da sua porca. O velho apresenta todas as características típicas de um vilão, mas é tão bobo em sua forma de agir e enxergar o mundo que o público não consegue odiá-lo, ele faz parte do núcleo dos patrões e sua máscara é conhecida como Pantaleão.

A criada Caroba (Ivana Nístico) é muito esperta e ligeira em suas tramoias, sonha em ter um pedaço de terra para morar com seu par romântico Pinhão e para esse fim, ela joga, manipula e usa as pessoas como marionetes, muito similar ao personagem João Grilo do Auto da Compadecida. O grande desafio da criada é manter as suas mentiras, e na trama, a verdade pode vim à tona num piscar de olhos. Por isso em nenhum momento a personagem relaxa, sempre inventando novas mentiras quando corre perigo de ser descoberta e tudo vim por água baixo. Sua máscara é fundamentada na Colombina.

O criado Pinhão (Mateo Crevatin) segue pelo caminho da máscara do Arlequim, que como práxis na commedia dell’arte, ama Colombina e deseja se casar com ela. Ele é o antagonista do velho Euricão e é aquele que desfere o golpe mais violento no avarento durante a peça.

A história é contada com sete personagens em cena e um músico executando a trilha sonora, os atores também cantam e tocam durante o espetáculo. Nessa nova apresentação, a máscara da personagem Benona, irmã mais nova de Euricão, é assumida pela atriz e diretora Paulina Ojeda.

A Cia. Acordada é composta por atores argentinos, chilenos e brasileiros e há dois anos tem trabalhado colaborativamente em todos os setores de produção para chegar ao resultado final.

 

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