Show inédito: Paulinho da Viola encontra Marisa Monte


Os dois artistas em foto divulgação de Leo Aversa

Sucesso unânime de crítica, o show Paulinho da Viola encontra Marisa Monte acontece em Salvador no dia 22 de outubro, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves.

Este show ganhou mais dez apresentações em oito capitais do Brasil para atender à intensa demanda do público. Um histórico acontecimento da música brasileira que mobilizou o público no primeiro semestre deste ano de 2017, o reencontro de Paulinho da Viola com Marisa Monte em show inédito passa essencialmente pela nobreza do samba. Ambos são naturais do Rio de Janeiro (RJ), estão envolvidos com o passado glorioso da Portela, pioneira agremiação carnavalesca carioca que gerou alguns dos maiores bambas do Brasil, e são cantores, compositores e músicos que interpretam, fazem e tocam samba, entre outros ritmos.

A cumplicidade entre os artistas em cena é fruto tanto da admiração recíproca entre eles quanto da ligação genuína com o samba. “Estar com o Paulinho é como encontrar a alma do samba”, resume Marisa, que completa 30 anos de carreira em 2017. “Para mim, também é muito prazeroso compartilhar essa experiência. O canto de Marisa faz parte de minha memória musical”, ressalta Paulinho, referência no universo do samba e do choro desde a década de 1960.

A afinidade entre ambos vem de longa data. Marisa e Paulinho já haviam dividido o palco em um festival em 1993, um ano antes de a cantora gravar pela primeira vez uma música do compositor – no caso, “Dança da solidão”. A composição, que batizou álbum de Paulinho em 1972, ganhou a voz da intérprete em antológica gravação feita com a participação de Gilberto Gil para o CD “Verde, anil, amarelo, cor-de-rosa e carvão” (1994). Em 2000, Marisa registraria no álbum “Memórias, crônicas e declarações de amor” (2000) outro samba de Paulinho, “Para ver as meninas” (1971).

As duas composições estão no roteiro do show, ao lado de títulos do cancioneiro da própria Marisa que giram ao redor do universo do samba, casos de “Carnavália” (Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, 2002) e “De mais ninguém” (Marisa Monte e Arnaldo Antunes, 1994). Contudo, se existe um eixo no qual o roteiro se sustenta, além da obra de Paulinho, é o samba produzido pelos compositores da Velha Guarda da Portela.

Esse universo musical, de riqueza melódica e poética, soa íntimo para os cantores. Paulinho frequenta a escola desde os anos 1960 e é, ele mesmo, lenda viva da azul e branco, situada na fronteira entre os bairros de Madureira e Oswaldo Cruz, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.

Marisa é filha de Carlos Monte, um dos diretores que gerenciaram a agremiação, e bebeu tanto nessa fonte límpida de inspiração que produziu e editou em 2000, por seu selo Phonomotor, um álbum com composições dos bambas da Velha Guarda da escola, “Tudo azul”, disco descendente da linhagem nobre do histórico LP “Portela, passado de glória”, produzido em 1970 por Paulinho da Viola para registrar sambas que corriam o risco de se perderem na tradição oral passada de geração para geração.

Não por acaso, antes que os artistas entrem em cena para iniciar a apresentação propriamente dita, o show começa com a reprodução, com som de vinil, desse álbum “Portela, passado de glória”.

Paulinho da Viola encontra Marisa Monte
Quando: 22 de outubro (domingo), 19h
Onde: Concha Acústica do Teatro Castro Alves
Quanto:
Arquibancada: R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia)
Camarote: R$ 280 (inteira) e R$ 140 (meia)
Classificação: 14 anos
Realização: TIME FOR FUN

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