A Praça Castro Alves tem uma das melhores vistas do pôr do sol, fica pertinho do Espaço Cultural Glauber Rocha, com cinema, livraria e café, onde outrora era o Cine Guarany, e também junto do Teatro Gregório de Mattos, que se situa no local que funcionava famosa casa noturna Tabaris e ao lado do Espaço Cultural Barroquinha, que já foi uma antiga paróquia, a Igreja da Barroquinha. (Noemi Flores)
Um dos lugares mais belos da cidade, com uma das melhores visões do pôr do sol da Baía de Todos-os-Santos. A Praça Castro Alves ficou conhecida no país e no mundo por Caetano Veloso através da música Um frevo novo: “A Praça Castro Alves é do povo como o céu é do avião…”
Uma referência ao Carnaval de Salvador porque é ali que há o entroncamento e encontro de trios elétricos e blocos que descem pela Avenida Sete e Centro Histórico, em direção a Carlos Gomes. Porém o atrativo da praça não é só no Carnaval, pode ser visitada durante todas as épocas do ano. Ainda mais em uma cidade que, modéstia à parte, tem um clima maravilhoso e superfavorável a passeios e encontros culturais.
Bem em frente à praça o visitante pode usufruir do Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha com sessões periódicas de cinema, uma pausa no café e um momento para se inteirar das novidades literárias na livraria. Além deste há os outros espaços culturais vizinhos que sempre estão sempre de agenda repleta de eventos, tanto em dias de semana como nos finais, com espetáculos, shows e peças teatrais, o Teatro Gregório de Mattos e o Espaço Cultural Barroquinha, ambos ao fundo na lateral direita do Glauber Rocha.
Espaços culturais em locais históricos
A igreja antiga virou espaço cultural
Espaço Cultural Barroquinha – A Igreja da Nossa Senhora Barroquinha,
construída entre 1722 e 1726, foi quase destruída por um incêndio em março de 1984 e se encontrava num estado de grande degradação. No passado, a igreja da Barroquinha, além de um templo católico, era um espaço ligado às tradições das nações africanas, sendo frequentada por mulheres “nagô-iorubás”, da nação Ketu e pela população e trabalhadores locais.
Em 1991, a Fundação Gregório de Mattos (FGM) desenvolveu o projeto do Espaço Cultural Barroquinha, como proposta de transformar as ruínas da Igreja, matriz do sincretismo religioso, em espaço cultural. Depois de uma ampla reforma, recuperação e restauro das ruínas da Igreja, o Espaço Cultural da Barroquinha foi entregue ao público em março de 2009.
O espaço tem capacidade para receber espetáculos de teatro, dança e música e conta com uma estrutura que inclui área para apresentações e plateia para 135 expectadores. Possui também uma sala de administração, foyer, camarins com sanitários exclusivos, área para exposições, memorial e um café de apoio aos eventos.
Espaço Itaú de Cinema – Glauber Rocha – De acordo com a historiadores no final da primeira década do século XX, a Câmara Municipal de Salvador deu o terreno para a construção do “Kursaal Baiano”, cineteatro e cassino destinada à elite da cidade, que mais tarde se transformou no Cine Theatro Guarany fundado em 1919, reinaugurado como Cine Glauber Rocha em 1981 e Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha em 2008. Confira Programação
Teatro Gregório de Mattos – Na década de 40, na área do fundo do Guarany surgiu o Cabaré Tabaris, uma casa voltada para o público boêmio que teve seu auge entre as décadas de 50 e 60, frequentado por artistas e intelectuais da época. A casa era dirigida por Sandoval, citado na música Filho da Bahia, do cantor e compositor Waltinho Queiroz, sucesso na voz de Fafá de Belém: “Sei beber no varanda, foi Sandoval quem me ensinou…”
